Compositores: Samir Trindade, Alexandre Moreira, JR Beija-Flor, Rômulo, Thiago Alves, Zé Nogueira e Chiquinho L.S
Me chamam de “Preto Véio”
Zambi é meu pai maior
São Benedito me guia
E nunca me deixa só
Candeeiro, candeeiro
Acende que eu vou contar
A saga do mirongueiro
Da África ao “cafezá”
Fui pisado, pilado e vendido em leilão
Já chorei no cativeiro (ôô) no meio da plantação
Ê ê ê ô ê á …. Preto era cor do ouro
Sol a sol a lavorar
Casa grande era riqueza
Na senzala era chibata
Liberdade era jongo
E meu povo se alegrava
Ayê um novo dia, auê me alumia
Na estrada o progresso …. imigração
Mãos calejadas ergueram essa nação
Já sonhei com o regresso, fui o poder dos barões
Artista em poesia, manhã de inspirações
Negro leva fé no meu cachimbo
Desenha e faz seu destino
Planta a missão de Oxalá
Levanta que é hora de acordar
Vou voltar pra Aruanda, o agogô vai ressoar
Ê samborê! O louvor, as palmas, meu irmão café
Ê saruê!, Adorê as almas! Saravá Tatuapé!