Figura emblemática do período colonial e enredo do Salgueiro de Fernando Pamplona em 1963, Xica da Silva é recorrente no carnaval carioca. Isso pela sua importância para a representação do empoderamento feminino e do contexto de escravidão do negro no Brasil colônia. Com o enredo sobre a posição histórica do elemento pedra, a escola encaixou em sua sexta ala a figura de Xica da Silva que sabiamente tinha uma grande volúpia por receber pedras preciosas, o que também marcava a sua posição social já que teve uma união estável com um rico contratador de diamantes na cidade mineira de Diamantina.

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Com o já conhecido bom acabamento de Rosa Magalhães, a fantasia vem em tons em vermelho e rosa, representando a vestimenta de uma fidalga. A aposentada Rita de Cássia mostrou que estudou direitinho a história de Xica antes de desfilar na ala que a representa.

“Eu fico honrada. Eu li um pouco sobre e ela foi uma escrava que teve alforria e depois de um tempo casou com um cara que mexia com diamantes e chegou a ter 104 escravos. Alguns ela deu alforria, outros não. Os que trabalhavam pra ela, ela deu alforria. Mas ela não teve uma vida muito difícil pelo o que eu li”.

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Já a instrumentadora cirúrgica, Conceição dos Santos, que desfilou na mesma ala afirmou que a fantasia representou bem todo o glamour da escrava alforriada.

“Eu achei a fantasia interessante porque está falando de uma negra e ela teve bastante exposição no início das épocas e eu achei elegante. Achei a cor bastante delicada, bem feminina para a escola. Também gostei de falar dela, pois ela também teve esse contato com o ouro. Achei linda”, finalizou.

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