Por Victor Amancio. Fotos: Magaiver Fernandes

Cerimônia tradicional e esperada pelos sambistas, a Lavagem da Marquês de Sapucaí acontece todo domingo antes do final de semana dos desfiles oficiais. Durante a celebração deste ano caiu um verdadeiro dilúvio na cidade do Rio e lavou, literalmente, a alma do sambista que passou por tantas dificuldades e desmandos durante o pré-carnaval.

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“Eu acho que é o carnaval mais difícil que passamos mas as escolas de samba não aceitaram que pisassem na sua cultura. Nossas mães baianas, tias rezadeiras estão aqui junto com São Sebastião para pedir todas as bençãos para o nosso carnaval e manter o título de maior espetáculo da terra. Quem viver verá um dos maiores espetáculos em todos os tempos. Nossos ingressos estão todos vendidos, será uma grande festa”, falou o diretor de carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos.

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O festejo contou com a presença de baianas das agremiações do carnaval carioca, casais de mestre-sala e porta-bandeira, velha guarda, escolas mirins e destaques. Novidade este ano foi uma homenagem aos grandes destaques de luxo do carnaval, Milton Cunha vinha em frente a ala e diversas pessoas traziam placas com fotos e nomes de grandes destaques como Clóvis Bornay.

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O início foi em torno das 20h com a música “Coisa de Pele”, de Jorge Aragão, interpretada por Zé Paulo Sierra. O hino do padroeiro da cidade, São Sebastião também foi cantado durante a abertura, o santo teve sua imagem levada em cima de um carro decorado com muitas flores.

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Diferente dos últimos anos em que o ator Milton Gonçalves fazia o discurso de abertura que desta vez por motivos de saúde não pode estar presente. Ficou sob a responsabilidade de discursar e abrir os trabalhos o carnavalesco e comentarista Milton Cunha. Os intérpretes do Grupo Especial foram homenageados no início da celebração e ganharam placas de honra por serviços prestados ao carnaval. Neguinho da Beija-Flor, que completa 45 anos na agremiação neste carnaval, foi o homenageado da noite e comandou os interpretes das outras escolas. Cada um cantou um samba histórico da agremiação e o samba deste ano.

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“Estar aqui representa a nossa união, a nossa força. Estamos sendo desprestigiados e é muito importante que estejamos integrados e unidos. Ser homenageado nessa festa é gratificante. 50 anos de samba, 45 anos de Beija-Flor, sendo fiel a escola e ao samba. Estou muito feliz”, disse Neguinho.

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No comando da bateria, o mestre Casagrande que dividiu o espaço com os outros mestres presentes. Eram em torno de 130 ritmistas que tocaram durante a Lavagem.

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