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Entrevistão com Renato Lage: ‘Existe uma intolerância e um ódio gratuito com a Grande Rio’

Renato Lage tem a mesma medida de personalidade que tem de talento. Campeão do carnaval quatro vezes é o personagem da série ‘Entrevistão’. Renato não tem medo de falar se quisesse a Grande Rio poderia ter recorrido do resultado em 2018 pois a escola perdeu pontos em uma alegoria que não desfilou. Confirma que a relação com a ex-presidente do Salgueiro, Regina Celi, era ruim e admite a frustração pelo desfile de 2018.

O desfile de 2018 foi sua maior frustração na carreira?

“Eu saio do Salgueiro por problemas de desgaste e aí pego um caminho novo que é a Grande Rio. Tivemos muito mais liberdade aqui do que lá no final. Viemos com uma vontade tremenda de fazer um trabalho bonito. E fica a frustração pelo ocorrido. Muita gente achou ótimo e maravilhoso, se vingou né? Mas a frustração passou e estamos agora focados no desfile de 2019”.

Como você lida com essas frustrações?

“Quantas vezes saíamos na Mocidade ovacionados, manchetes de jornal e às vezes não chegávamos nem nas Campeãs. Esse balde de água gelada que levamos vão nos deixando escaldados com frustrações”.

Acha que a Grande Rio sofre preconceito?

“Eu acho que existe uma intolerância e um ódio gratuito. O que aconteceu foi em um ano atípico. A escola poderia ter impetrado um recurso pois foi julgado a falta de uma alegoria, o que pelo manual do julgador é um equívoco. Pedir desculpas no Grupo de Acesso? A Grande Rio é muito associada ao poder, a escola de artistas. Essas pessoas que pediram isso não sabem a dificuldade que se tem para colocar um carnaval na rua no acesso. Uma escola estrelada e poderosa se quebrando causa um prazer enorme nas pessoas. Eu acho tudo muito estarrecedor”.

Como é a relação com a Márcia Lage?

“A Márcia me completa. A gente briga com relação a opiniões, como todo casal. Tem momentos que a criação não vem e é muito difícil você confiar as suas dúvidas a qualquer um. Somos uma comissão de carnaval. (risos). A Márcia possui um olhar muito próximo de gosto e qualidade com o meu. E ela é sincera quando mostro um trabalho para ela. Isso me dá um parâmetro correto. Um elogio às vezes vindo de fora pode não ser sincero, só para me agradar. Uso minha família como público”.

Vocês temeram não permanecer na escola após o desfile?

“Assistimos a apuração na casa do Jayder. Ele ligou para a gente e sugeriu assistirmos lá. Talvez tenha sido um convite por querer dizer que estaríamos juntos novamente no ano seguinte. Teve gente que pulou fora por achar que desfilaria no Acesso”.

E como é trabalhar com três presidentes de honra?

“Os presidentes da Grande Rio são empreendedores. Nós pegamos uma vaca mais magra, a situação não está assim tão boa quanto parece. O mais legal é serem corretos conosco e nos dão toda a liberdade para trabalhar. O Jayder é um cara entusiasmado, incentivador, nos dá força e a todos os departamentos da escola. Ele nos convidou para a casa dele logo depois da operação no fígado”.

Quais trabalhos na nova geração de chamam mais atenção?

“Acho muito complicado falar isso, comentar o trabalho de outras pessoas. É deselegante. Mas eu tenho minha forma de ver, tem muita coisa que eu não gosto. Assim como muita gente também não gosta do meu estilo. Eu acho que os carnavalescos da nova geração precisam ter uma cara, um estilo característico. O Leandro Vieira foi um que chegou com personalidade, uma marca já estética bem definida”.

Muitos falam que sua relação com a Regina no Salgueiro era ruim. É verdade?

“Eu acho que no final havia um desgaste muito grande. Eu poderia ter ganho vários carnavais no Salgueiro, mas ganhamos um só. O problema foi de relação com a direção. Quem os levou para a escola foi o Maninho. Quando a Regina assumiu a escola nós já estávamos. A relação de algumas pessoas com ela foi minando a relação. Eu sou um profissional que me valorizo pois não cheguei agora no carnaval”.

O desfile de 2016 causou grande expectativa e não aconteceu. Hoje você consegue explicar o que houve?

“Cada desfile tem a sua história, eu não gosto de comprar. Um que eu não gostei foi a ‘Ópera do Malandro’. Ali já começou errado. O enredo seria patrocinado e quando fui ver já vieram com o enredo pronto, escrito. O desenvolvimento ficou conturbado. A Regina imaginava uma coisa que o enredo não seria. O tema exaltava uma entidade, não era a Ópera dos Malandros. Tivemos uma série de problemas”.

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