O público que esteve na quadra da Acadêmicos do Grande Rio para assistir à final da disputa de samba-enredo teve uma intensa experiência de introdução ao enredo “A Nação do Mangue”. Desde a apresentação de Nanã, orixá da lama e da sabedoria, até os hits de Chico Science e Nação Zumbi, sem esquecer sambas marcantes da história da escola, os segmentos da agremiação e grupos performáticos mostraram para a comunidade caxiense o tom do que a Grande Rio quer levar para a Avenida em fevereiro. Todo o espetáculo foi coreografado e conduzido pelo trio Allan Bastos, Ananda Dias e Caroline Mota, crias da Pimpolhos da Grande Rio, que estão no cargo de diretores desde 2024. Allan Bastos comentou o aumento da relevância da função nos últimos anos.
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“Esse cargo de diretor artístico é novo, não existe há tanto tempo. As escolas estão apostando nas apresentações, nas finais e quando vão às coirmãs. Uma final de samba com uma boa apresentação é a cereja do bolo”, disse o diretor.
A Noite dos Enredos, promovida pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), foi a base para a criação da apresentação da final da disputa. O frevo, o maracatu e o manguebeat, que dominaram o palco da Cidade do Samba em 8 de agosto, foram adaptados ao palco tricolor. Além de “Maracatu Atômico”, “Rios, Pontes e Overdrive” e “Do Caos à Lama”, os segmentos da escola performaram ao som de “No Mundo da Lua” (1993), “Caxias – O Caminho do Progresso, um Retrato do Brasil” (2007), “Tatalondirá” (2020) e “Pororocas Parawaras” (2025).
“Este ano foi mais tranquilo que o ano passado. Nós apresentamos o que foi mostrado na Cidade do Samba e construímos outras coreografias dentro de sambas que a gente já conhece. Como foi uma apresentação não muito longa, foi mais tranquilo, foi o que já tínhamos em mente”, explicou Allan Bastos.
Para o diretor, a coreografia da Noite dos Enredos contribuiu em 80% para a construção do espetáculo do último sábado:
“Eu amei a apresentação na Cidade do Samba! Deu muito trabalho construir. Foi bem bonito e trouxemos para cá, para a comunidade assistir. Ajudou porque, quando pensamos na apresentação do enredo, a gente estuda o enredo. Quando veio para a quadra, já estava mais ‘mastigado’. Ajudou uns 80%”, comentou.
O enredo “A Nação do Mangue” está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Antônio Gonzaga, que assina seu primeiro carnaval pela Grande Rio. Allan Bastos falou sobre como ele, Ananda Dias e Caroline Mota estão em sintonia com o artista:
“A troca com o Antônio foi ótima desde a primeira vez que nos encontramos para falar sobre a apresentação do enredo. Tivemos uma troca muito boa. As ideias dele bateram com as nossas e está sendo muito gostoso trabalhar com ele. O Antônio é um excelente profissional, muito inteligente. Nós gostamos de trabalhar com ele”, declarou Allan.









