A Acadêmicos do Tatuapé segue construindo sua trajetória no carnaval de São Paulo com trabalho e um olhar firme para o futuro. Vice-campeã em 2025, a escola reforça a sensação de que o sonho da próxima estrela está cada vez mais próximo. Esse clima de entrega e seriedade também se reflete na bateria e em sua corte. À frente dela, Muriel, rainha engajada e profundamente ligada à escola, traduz em palavras o sentimento que move a comunidade. Segundo ela, o envolvimento com a Tatuapé é algo que só cresce com o tempo.

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muriel tatuape
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

“Esse engajamento com a escola é algo surreal. Durante os meus quatro anos à frente da bateria da Acadêmicos do Tatuapé, isso nunca muda, sempre melhora”, afirma.

A busca constante pelo título, segundo Muriel, vai muito além da disputa na Avenida e acaba se tornando combustível para todos que fazem parte do desfile. “A seriedade por buscar o título, lógico que contagia a corte de bateria”, explica, reforçando como o foco e a responsabilidade coletiva fortalecem o conjunto apresentado pela escola.

Entre tantas experiências marcantes, Muriel destaca um momento especial que carrega até hoje. O desfile de 2018 ocupa um lugar único em sua memória, quando atravessou o Sambódromo à frente da bateria ao lado da filha, que havia superado um grave problema de saúde. “Foi um ano muito especial na minha vida”, relembra, emocionada.

Para o Carnaval de 2026, a Acadêmicos do Tatuapé levará para a Avenida o enredo “Plantar para Colher e Alimentar – Tem muita terra sem gente, tem muita gente sem terra!”, que propõe uma reflexão sobre reforma agrária, agricultura familiar e o direito à terra como base da dignidade social. A narrativa aborda a desigualdade no acesso à terra e valoriza o trabalho no campo, ressaltando a importância estrutural da produção agrícola para o Brasil.

Com um enredo de forte impacto social, um conjunto cada vez mais maduro e a confiança de quem esteve a poucos detalhes do título no último carnaval, a Tatuapé entra em 2026 mirando alto. Muriel resume o sentimento que prevalece na quadra e na comunidade: a esperança pelo título permanece viva. “A gente bateu na trave em 2025, mas tudo acontece no momento certo e na hora certa”, conclui, projetando um desfile marcado por força, consciência e emoção.