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Fotos: S1 Comunicação

Em um minidesfile de energia constante e clima de afirmação, a Estácio de Sá apresentou uma comissão inspirada nas danças dos orixás, um primeiro casal de bailado tradicional e regular, forte participação no canto e uma evolução mais leve, que promete superar os problemas do último carnaval. A ala de passistas e a bateria “Medalha de Ouro”, do mestre Chuvisco, reforçaram o bom desempenho da noite. A Estácio será a quinta escola a desfilar no sábado de Carnaval com o enredo “Tata Tancredo: o papa Negro no terreiro do Estácio”, assinado pelo carnavalesco Marcus Paulo.

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Sob a direção de Júnior Barbosa, a comissão de frente surgiu com figurinos em azul-claro e branco, com pinturas corporais que reforçaram a referência estética ao universo afro-brasileiro. Os movimentos evocavam a dança dos orixás com vigor, em alguns momentos distribuídos de forma espelhada pelos dois lados da pista, o que gerou boa leitura visual. Um dos momentos mais bonitos da apresentação ocorreu quando toda a comissão se abaixou e a pivô girou ao centro, incorporando a homenagem que a agremiação faz a Tata Tancredo. O primeiro casal, Feliciano Junior e Raphaela Caboclo, apresentou um bailado leve e gracioso, de caráter mais tradicional. A apresentação foi regular ao longo de toda a pista, com estabilidade e sintonia suficientes para traduzir a proposta coreográfica da dupla.

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A Estácio apresentou um canto constante e bem distribuído entre os componentes. Tanto o primeiro refrão, “Atabaques no terreiro, na porteira o guardião…”, quanto o refrão principal, “Macumba é Macumba, canjerê, mojubá…”, foram cantados com explosão, sustentando o samba com firmeza ao longo do percurso. A evolução da vermelho e branco foi uma das melhores da noite: a escola desfilou com leveza, fluidez e alegria, sinalizando a intenção de superar os problemas enfrentados no quesito em 2025.

A ala de passistas da Estácio teve grande destaque, mostrando categoria e domínio absoluto do samba no pé, reforçando a tradição da escola mais antiga do Carnaval carioca. Já a bateria “Medalha de Ouro”, sob comando do mestre Chuvisco, mostrou segurança e identidade rítmica, com a bossa no trecho “Chegou general da banda, azeitado no dendê” trazendo tempero particular à apresentação e dialogando bem com o clima do enredo, que homenageia Tata Tancredo.