A Acadêmicos do Salgueiro encerrou o fim de semana dos minidesfiles do Grupo Especial em clima de nostalgia e muita felicidade. Uma passagem agradável, com um samba extremamente gostoso de ouvir e que obteve ótimo rendimento. A vermelho e branco mostrou toda a força de seus quesitos: uma comissão de frente alegre e bem ensaiada, um casal de primeira categoria, ótima bateria e uma comunidade que cantou com toda a alegria. Resultado, o “Torrão Amado” fez sua melhor apresentação desde o início dos minidesfiles no Rio de Janeiro. A homenagem à Rosa Magalhães encerrou a temporada de minidesfiles no mais alto nível. O Salgueiro fechará a terça de Carnaval com o enredo “A delirante jornada carnavalesca da professora que não tinha medo de bruxa, de bacalhau e nem do pirata da perna-de-pau”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, em seu segundo ano na agremiação.

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COMISSÃO DE FRENTE

O coreógrafo Paulo Pinna trouxe uma comissão que apresentou uma coreografia divertida e jocosa, com uma bonita vestimenta representando arlequins. Foi uma apresentação descontraída, no espírito bufão do personagem. No ato final da comissão, os arlequins apresentaram as bandeiras das escolas pelas quais Rosa Magalhães passou. Foi um bom cartão de visitas.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA

Sidclei e Marcella formam um casal garantia de nota máxima no Salgueiro. É a segurança de um grande desempenho, e, neste minidesfile, o padrão de excelência se manteve, com uma exuberante apresentação. Marcella se exibiu com muita elegância e postura, girando com o corpo ereto e esticado, enquanto Sidclei mostrou seu sapateado marcante. A roupa em tom rosa foi outro destaque, muito bonita. Desempenho à altura do talento e do histórico do casal.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

EVOLUÇÃO

O Salgueiro se mostrou solto na pista, resolveu brincar o Carnaval e conseguiu com êxito. As alas coreografadas não travaram a evolução da escola; ao contrário, deram um “molho” na passagem, com mais movimentação. Poucos componentes apenas andavam; a grande maioria pulou, dançou e se divertiu na pista. Um desempenho muito agradável, com uma pitada de nostalgia, com destaques de alegorias vindo no chão com suas enormes fantasias, além de alas com adereços que remetiam a desfiles antigos de Rosa Magalhães.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

HARMONIA E SAMBA

A vermelho e branco apresentou um canto excelente, na esteira de sua evolução leve e alegre. A primeira ala, que tinha adereços de mão, sustentou um canto muito intenso em toda a sua passagem, já colocando um sarrafo alto para o restante da agremiação, que segurou com a mesma competência. Foi um canto linear dos componentes, sem uma ala se destacando negativamente.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval

E, se o samba foi cantado com força e naturalidade, em parte se deve ao ótimo desempenho do mesmo, com firme interpretação de Igor Sorriso, bastante confortável na condução da obra, e à brilhante atuação da bateria “Furiosa”, comandada por Guilherme e Gustavo. Como cereja do bolo, o violino que acompanhou o samba valorizou a bela melodia que a obra possui. Um grande desempenho harmônico do Salgueiro.

OUTROS DESTAQUES

O numeroso time de musas do Salgueiro chamou a atenção do público presente; a maioria estava com o samba na ponta da língua.

O tripé trazido pela escola contou com membros da velha guarda, representando um bar com várias placas de ruas onde ficam as quadras das escolas nas quais Rosa Magalhães trabalhou.

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Foto: Thais Brum/Divulgação Rio Carnaval