O Imperador do Ipiranga viveu um momento histórico em sua preparação rumo ao Carnaval 2026. Pela primeira vez, as escolas que estão no Acesso 2 participaram das gravações ao vivo promovidas pela Liga-SP e a agremiação da Zona Sul não apenas celebrou o feito, como aproveitou a oportunidade para mostrar evolução técnica, unidade interna e um projeto musical construído com cuidado e sentimento. Em seu segundo ano como comandante da bateria, mestre Fuskão não escondeu a emoção com o formato e a chance de levar o trabalho da escola para um produto oficial.
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“É um sentimento, antes de tudo, de gratidão, principalmente pela Liga das Escolas de Samba, que este ano incluiu o Acesso 2 nas gravações ao vivo”, disse.
O Imperador chegou à Fábrica do Samba com um trabalho preparado ao longo de meses, algo bem diferente da temporada passada, quando o mestre assumiu já próximo de fevereiro.
“Faz alguns meses que começamos a preparação. Como começamos antes, deu para criar bossas bem encaixadas na melodia do samba”.

Entre as novidades está a bossa “na palma da mão”, que promete se tornar uma das assinaturas da bateria: “Vamos parar a bateria e deixar só o som das palmas. Acho que vai ficar bem legal”.
Ao avaliar a experiência da gravação, Fuskão reforçou o quanto o modelo “ao vivo” aproxima o público da verdadeira identidade da escola: “A gravação ao vivo permite mostrar o que realmente fazemos nos ensaios. Fica algo mais verdadeiro, mais vivo, com todo mundo tocando junto”.
Hélber Medeiros: entrosamento antigo e confiança renovada para 2026

A voz oficial da escola, Hélber Medeiros, vive um momento especial no Imperador. Ele elogiou o trabalho desenvolvido pela Liga-SP e destacou a mudança de ambiente dentro da agremiação: “O presidente Tomate está fazendo um trabalho maravilhoso. A escola está diferente, o clima, o momento, tudo mudou”.
Essa mudança, segundo ele, será refletida diretamente no próximo desfile: “Depois de dois, três anos batendo na trave e fazendo grandes carnavais, este ano será diferente. Vamos vir com um carnaval grandioso, digno de escola do Grupo Especial”.
Hélber também celebrou a parceria intensa com mestre Fuskão, uma relação construída há décadas: “Nós começamos juntos no Rosas de Ouro. Eu tocava tamborim e o Fuskão estava na bateria. Temos uma amizade de décadas”.

Essa sintonia, afirma o intérprete, tem sido um dos pilares da preparação musical: “Essa conexão entre mestre de bateria e intérprete é rara. Nos reencontramos agora na Imperador do Ipiranga e isso tem feito toda a diferença”.
Diego Zulão ressalta integração da equipe e reforça profissionalização

Responsável pela harmonia da escola, Diego Zulão destacou o impacto que a gravação terá para o Acesso 2: “Para o Imperador e para as escolas do Acesso 2, essa gravação audiovisual é uma novidade e um grande atrativo. É uma forma de mostrar que a escola está ensaiada, conectada e com todos os departamentos trabalhando juntos”.
A preparação envolveu bateria, canto, coral, musas e o casal de mestre-sala e porta-bandeira: “Tivemos um período intenso de ensaios para tornar esse material o melhor possível”.

Sobre a bossa “na palma da mão”, ele confirmou que a ideia surgiu naturalmente: “O som da palma traz um clima leve, um samba gostoso. Talvez valha a pena pensar nisso com carinho para o desfile”.
Zulão também enfatizou o momento de reorganização interna da escola: “A escola está passando por uma mudança importante na diretoria. Estamos todos mais próximos, porque já tínhamos uma boa relação fora do carnaval. Isso facilita o diálogo, o entendimento mútuo, e é isso que pudemos ver na gravação”.









