A Mocidade Independente de Padre Miguel deu início aos seus ensaios de rua neste sábado, na Avenida Ministro Ary Franco, em Bangu. O momento também marcou a estreia de Igor Vianna na rua, intérprete que assumiu o microfone principal da escola este ano e que já demonstrou muita força ao conduzir a Estrela Guia de Padre Miguel neste primeiro treino. Outro destaque da noite foi a frente da escola, com as apresentações da comissão de frente de Marcelo Misailidis e do casal “iluminado”, Diogo de Jesus e Bruna Santos. A escola da Zona Oeste levará para a Avenida, em 2026, o enredo “Rita Lee — A Padroeira da Liberdade”, em homenagem à grande estrela da música brasileira, desenvolvido pelo carnavalesco Renato Lage. A Mocidade abrirá o segundo dia de desfiles do Grupo Especial, na segunda-feira de carnaval.
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Comissão de Frente
Com visual inspirado em “Doce Vampiro”, um dos grandes sucessos de Rita Lee, a comissão de frente, comandada por Marcelo Misailidis, apresentou um trabalho leve, marcante e com ótima leitura para quem acompanhou o ensaio na noite de sábado. A coreografia explorou momentos do samba com movimentos vampirescos que chamaram atenção, potencializados pelo uso de capas, que deu ótimo efeito cênico. A apresentação voltada para o que seria a cabine dupla foi montada majoritariamente para a frente, mas com os bailarinos se virando para os dois lados quando necessário, criando uma solução interessante para a novidade que será implantada no próximo carnaval.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Diogo e Bruna chegaram ao primeiro ensaio de rua com uma coreografia muito forte, potente e bem sincronizada, destacando a química do casal em diferentes momentos da dança. No treino de cabine, demonstraram grande segurança, com passos e gestos marcados em versos e frases da melodia, como os braços estendidos e a mão apontando para o público em “Agora só falta você”, além do encontro dos braços e o gesto do instrumento em “Dedilha a guitarra”, sempre com muita comunicação visual entre eles.

Samba e Harmonia
Igor Vianna estreou na rua com segurança e firmeza, conduzindo muito bem o ensaio. O intérprete mostrou domínio total da obra que a Mocidade levará para a Avenida em 2026. O carro de som Independente também teve atuação muito positiva, servindo como grande apoio ao intérprete. Os componentes mostraram um canto forte ao longo de todo o percurso, especialmente nos trechos de preparação para os refrões, como em “Vem, seja ‘Pagu’, se entrega” na segunda parte do samba, e “Transo rock e samba pra sentir prazer” na primeira, além dos próprios refrões, sempre mantendo o nível de energia.
Ao CARNAVALESCO, o intérprete comentou sobre sua estreia e sobre a chegada da Mocidade para ensaiar em uma das principais vias de Bangu. Ele destacou que a comunidade abraçou a mudança e se mostrou confiante para os próximos treinos.

“O coração está tranquilo e feliz. É o nosso primeiro ensaio de rua. Estou aqui só vendo como está. É a primeira vez aqui na Ministro e, para os que estavam torcendo contra, estamos aqui. Nossa escola é gigante, e isso me dá muita felicidade. A escola está em peso, em massa, e ainda tem muita gente para chegar — e é só o primeiro ensaio. Tenho certeza que, daqui para frente, vai ser só melhor”, disse.
Evolução

Com o canto forte e vibrante, os componentes da Mocidade mostraram leveza, alegria e muita entrega neste primeiro ensaio. Alas coreografadas, como a dos leques antes do tripé 1 e outra mais ao início da apresentação, se destacaram sem comprometer o rendimento da agremiação. A Mocidade assumiu a Avenida Ministro Ary Franco com muita propriedade, marcando a pista em sua estreia na via.
Outros Destaques

A bateria “Não Existe Mais Quente”, de mestre Dudu, fez uma grande apresentação, mostrando algumas das bossas e desenhos preparados para o samba da Verde e Branco. A rainha de bateria, Fabíola de Andrade, não esteve presente neste primeiro treino. Ao CARNAVALESCO, mestre Dudu também comentou sobre a mudança do local dos ensaios, pouco antes do início da apresentação da escola.
“Muito feliz. A Mocidade acertou. Hoje é o pontapé inicial, com uma rua que atende à nossa técnica. A Guilherme, infelizmente, é muito apertada. Lá não conseguíamos fazer um ensaio digno para a nossa comunidade. Hoje é o marco zero de tudo”, declarou.










