A Estação Primeira de Mangueira esteve no Estúdio Century, na Barra Olímpica, no dia 7 de outubro, para gravar o samba-enredo para o Carnaval 2026. Diversos integrantes da escola participaram da sessão, e o CARNAVALESCO conversou com alguns deles durante a gravação. A Mangueira levará para a Marquês de Sapucaí, em 2026, o enredo “Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra”, desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

Diego Carrilho e Jonas Reis, de 19 e 25 anos, ritmistas da bateria “Tem Que Respeitar Meu Tamborim”, celebraram a oportunidade de participar da gravação. Diego destacou a busca da escola pela excelência no produto final, enquanto Jonas ressaltou a emoção, o espírito familiar da bateria, especialmente com os mestres Rodrigo Explosão e Taranta Neto, e a potência do samba escolhido para 2026.

mangagravasamba26 3
Diego Carrilho, ritmista da Mangueira

“É o segundo ano que estou gravando e é uma honra poder participar desse samba, do hino que vamos levar para a Sapucaí. Acho que todo ano tentamos fazer o melhor, tanto a bateria quanto a escola, escolhendo o melhor samba possível. Agora é trabalhar: já temos as bossas, não sei se virão mais, mas vamos levar o melhor para a Sapucaí, fazer nosso trabalho e tentar garantir os 40 pontos”, afirmou Diego, que integra a bateria desde 2022.

mangagravasamba26 2
Jonas Reis, da ‘Tem Que Respeitar Meu Tamborim’

“Gravar o samba é sempre uma emoção. A gente se prepara, sabe que são muitos ensaios, embarca nas ideias malucas dos mestres, mas no final sempre dá certo. O samba é muito bom, fala sobre Mestre Sacaca, que eu particularmente não conhecia, mas passei a ler, passei a entender… é um samba perfeito, um enredo muito bom. Acho que vai dar muito certo na avenida”, declarou Jonas, ritmista da Mangueira desde 2014.

Thiago Almeida, violonista de sete cordas e cavaquinista da agremiação há 15 anos, diz se sentir como uma criança ao participar da gravação. Ele também ressaltou a importância do momento para sua trajetória musical e elogiou a melodia da obra escolhida pela Estação Primeira.

mangagravasamba26 1
Thiago Almeida, violonista de sete cordas e cavaquinista

“Sinto aquela coisa de moleque tocando desde novinho. Esse sentimento de perpetuar a gravação do samba, registrar meu instrumento, o cavaquinho, e a voz do Dowglas… Como músico, isso é maravilhoso. Fico feliz por ajudar no trabalho da Mangueira, de alguma forma, gravando o samba, eu já havia gravado também na disputa. Gravei vários, mas dizia aos amigos compositores que havia um samba do Pedro Terra que, para mim, era o melhor em melodia. Essa obra, para mim, era o samba que a Mangueira tinha que escolher”, disse o músico, de 39 anos.

Cria da Mangueira do Amanhã, o cantor Leandro Santos, de 42 anos, participou mais uma vez como integrante do coro oficial da agremiação. Ele chegou confiante e emocionado com o trabalho, destacando o encontro cultural entre Mangueira e Amapá que marca o enredo.

mangagravasamba26 4
Cria da Mangueira do Amanhã, o cantor Leandro Santos

“Cada ano é uma emoção diferente. O samba é lindo, estamos muito entregues à letra e à harmonia, e é sempre uma satisfação e um privilégio fazer parte do coro da nossa escola. Estamos invocando o Mestre Sacaca para participar junto com a gente e trazendo a cultura do Amapá, realizando um encontro de culturas. Estamos reverenciando um preto velho, um curandeiro do Amapá, junto com Tia Fé, Benedita de Oliveira, que também estará representada pela Estação Primeira no nosso carnaval”, afirmou o cantor.