Em conversa com o CARNAVALESCO, a presidente da Unidos de Padre Miguel, Lara Mara, falou sobre o novo momento da vermelha e branca, celebrando a chegada das novas musas Mari Mola e Lorena Maria, o carinho do público após o rebaixamento e o fortalecimento do projeto UPM Social, voltado à comunidade da Vila Vintém. Ela relembrou como surgiu a aproximação com Lorena Maria, que se tornou uma das figuras mais queridas da escola.

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Foto: Carolina Freitas/CARNAVALESCO

“A Lorena chegou quando a UPM estava lutando contra o rebaixamento. Ela foi uma das influenciadoras que falou pela escola e acabou se tornando uma amiga em comum. Assim que nos conhecemos, fiz o convite para que ela se tornasse uma de nossas musas. Acho ela uma mulher maravilhosa, que veio para somar na nossa agremiação”.

Ela também destacou a importância da chegada de Mari Mola, um nome de peso no mundo do samba.

“A Mari é um ícone do samba, outra mulher maravilhosa com quem sempre tivemos uma troca muito boa. Vi uma oportunidade de trazê-la para a UPM, e ela se sentiu em casa também. Estou muito feliz em passar a faixa para elas e espero que estejam felizes na UPM”.

O impacto do rebaixamento da agremiação para a Série Ouro acabou refletindo de forma contrária ao esperado: o público demonstrou ainda mais carinho, e a UPM saiu desse episódio fortalecida. A presidente comentou sobre o sentimento de ver o Boi Vermelho recebendo tanto apoio de diversas comunidades, que até hoje aclamam o samba de 2025.

“Fico muito feliz com tudo isso. É aí que vemos que, independentemente de qualquer coisa, a UPM já ultrapassou qualquer grupo. Não vai ser uma categoria que vai dizer o que a nossa escola é. Já superei essa questão do rebaixamento. Bola pra frente. Vamos fazer um bom carnaval. Já coloquei na minha cabeça que não faço carnaval para grupo, faço carnaval para sambista. Seja na Série Ouro ou no Grupo Especial, a UPM nunca vai abaixar a qualidade. Acho que é isso que importa”.

Com o samba definido e o Carnaval 2026 a caminho, Lara prometeu que o desfile seguirá o padrão grandioso da escola.

“Podem esperar o que já é de costume: grandiosidade! Acho que o público vai gostar. Viemos de um enredo afro, que tem muito a cara da UPM, e agora estamos vindo com uma estética indígena. Eu, particularmente, gosto bastante. Tem tudo para dar certo”.

Além do desfile, a líder também destacou o impacto do UPM Social, projeto comunitário que oferece serviços como fisioterapia, atendimento psicológico, aulas de luta, escolinha de dança afro, entre outras atividades.

“Tenho muito que agradecer a todo mundo que faz parte do UPM Social. Neste momento, estamos trabalhando para fundar o Instituto UPM. Fico muito feliz com o que esse projeto traz para a Vila Vintém”.

Para ela, esse trabalho vai muito além do samba. “Vejo isso como uma missão, porque, na minha opinião, a escola de samba vai além do samba. Ela tem que ser um suporte para a comunidade, tanto sociocultural quanto de valores, abrindo portas e oportunidades. Para mim, uma escola de samba sem comunidade não é escola de samba. Tenho isso como essencial”.

Encerrando, Lara destacou o orgulho da comunidade com os novos patamares alcançados pela agremiação.

“Acho que a comunidade busca a valorização da Unidos e quer nos ver crescer cada vez mais. A Vila Vintém tem acompanhado esse crescimento com muito carinho”.