O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Estação Primeira de Mangueira, Matheus e Cintya, chega ao Carnaval 2026 com energia renovada, aprendizado na bagagem e grandes expectativas. Depois de um desfile intenso em 2025, o casal “Furacão” aposta em uma temporada de superação, emoção e entrega total à Verde e Rosa.

Para Matheus, o último desfile foi de muita entrega e consciência do dever cumprido. “Foi muita dança, muito furacão e, acima de tudo, Mangueira entendendo que a gente fez o melhor. A despontuação não estava na nossa dança, esteve na fantasia, na bandeira. E a gente entender que o nosso trabalho foi entregue, como a maioria, na pontuação, entregue, foi muito bem feito”, afirmou o mestre-sala.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Cintya reforça o sentimento de evolução e maturidade conquistado no último ciclo. “A gente encerra com o aprendizado de que cada carnaval é um carnaval, cada samba é um samba. Esse carnaval que passou é o aprendizado para todos nós”, refletiu a porta-bandeira.

Novo ciclo, novas parcerias e o mesmo amor pela dança

Com o olhar voltado para o futuro, o casal iniciou 2026 com uma importante novidade: a chegada da coreógrafa Ana Paula Lessa, responsável por trabalhos consagrados e nota máxima em três carnavais consecutivos.

“A gente contratou a Ana Paula Lessa, tricampeã do carnaval, trabalhou comigo por três anos consecutivos com nota máxima. Uma mulher que tem um entendimento profundo da dança. E a Mangueira confiou esse máximo a ela”, contou Matheus.

Mesmo com a nova orientação, o mestre-sala garante que a essência do casal continuará a mesma. “O casal furacão não vai perder a característica de entender que a dança é mais importante do que qualquer nota. A dança é o mais importante pela identidade da Mangueira. E a gente está pronto para qualquer samba que vier”.

Emoção e enredo como combustível

O casal se mostra confiante de que o enredo sobre o mestre Sacaca, que também dialoga com o marabaixo do Amapá, será um aliado fundamental na busca pela nota máxima.

“A Mangueira é emocionada. Em quesito emoção, a Mangueira sempre é 10. E homenagear a Mangueira também é 10. O casal furacão tem isso como pé de coelho, pontapé inicial e talismã para a gente chegar à nota máxima”, afirmou Matheus.

Cintya reforça que o samba traz elementos que inspiram diretamente a performance do casal. “Que seja um samba que realmente fale do mestre Sacaca, que empolgue, que feche a avenida com a alegria que a Mangueira tem. Esse enredo fala muito do marabaixo também”, destacou.

Do Amapá para a avenida: o marabaixo inspira a dança

A pesquisa e o aprofundamento cultural têm sido pilares do trabalho de Matheus e Cintya. Para 2026, o casal embarcou em uma imersão no Amapá para conhecer de perto o marabaixo, manifestação que mistura fé, ritmo e ancestralidade.

“Nós fomos fazer uma imersão no Amapá. Conhecemos a dança típica de lá, o marabaixo, e podem aguardar que vai ter um pouquinho, sim. A gente não vai fazer muito, mas um pouquinho vai ter tanto na quadra quanto na avenida, surpresa”, adiantou Cintya.

Fantasia e emoção garantidas

Cintya também revelou detalhes sobre a fantasia que o casal apresentará no desfile da Verde e Rosa. “Vocês podem aguardar uma roupa linda, emocionante. É uma fantasia que vai encantar todos. Encantou o casal, encantou nossa presidenta Guanayra Firmino, e vem muito trabalho pela frente”.

Cabine espelhada: desafio ou oportunidade?

Com a implementação da cabine espelhada na avaliação do quesito, Matheus e Cintya enxergam a novidade com naturalidade e confiança.

“Repertório é o mais importante para gente. Entendemos que tem repertório para dançar tanto na espelhada como na normal. Isso não é um desafio, é algo a mais para a nossa dança. Estamos muito felizes com essa mudança e com o poder de transformar isso em trabalho”, afirmou Matheus.

Para Cintya, a inovação reforça a capacidade e o talento dos casais de todas as escolas. “Vai tirar todos nós da zona de conforto. A vida toda a gente sempre dançou de um lado só, e agora a cabine dupla veio para mostrar que temos capacidade, não só o casal da Mangueira, mas todos os casais das agremiações coirmãs. Podem aguardar uma linda apresentação”.