A Colorado do Brás viveu mais um momento marcante em sua preparação para o Carnaval 2026. A escola realizou a gravação oficial de seu samba-enredo, uma obra que mistura misticismo, teatralidade e potência popular, e transformou a Fábrica do Samba em um verdadeiro caldeirão de criatividade. Com um time afinado, formado por Léo do Cavaco, Márcio Bijú, Mestre Acerola de Angola e a dupla de harmonia João Daniel e Luciano Lopes, a gravação reforçou a identidade vibrante da vermelha e branca e o compromisso da escola em evoluir tecnicamente a cada ano.
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Na voz de Léo do Cavaco, o samba mostrou maturidade e crescimento. O cantor destacou a força da obra e a empolgação da comunidade com o refrão principal.
“Como eu imaginava, o samba teve uma grande apresentação novamente. Ele cresceu, continua crescendo. A expectativa está a mil! Acredito que o que vai pegar é o refrão de cabeça: ‘Vem ver, vai ferver o caldeirão’”.

O intérprete também ressaltou o trabalho intenso de preparação realizado com os componentes.
“Estamos trabalhando muito forte com a comunidade. Hoje, não é só o samba-enredo, mas também os quesitos harmonia e evolução, três quesitos que estão interligados. Fazemos ensaios de canto toda semana para chegar bem preparados aos ensaios técnicos e à Avenida”.
Léo destacou ainda a parceria com o diretor musical Márcio Bijú e a ambientação temática que guiou a gravação.

“O Bijú está indo para o segundo ano e quisemos trazer o clima de bruxas para o estúdio. Acredito que acertamos. Ficou bem legal”.
Arranjo equilibrado e clima de mistério
Responsável pela direção musical, Márcio Bijú explicou que o processo de gravação buscou respeitar a essência da obra, sem excessos.

“A gravação veio de forma intuitiva, por causa do samba, que foi muito bem escrito. Procuramos aproveitar isso e trazer o clima de bruxas e mistério que o samba pedia. O Léo está cantando muito bem, o que facilita demais”.
Segundo o diretor, o arranjo contou com músicos de excelência e recursos que intensificaram a atmosfera do enredo.

“As cordas ficaram fáceis de trabalhar, porque temos um time fantástico: Zé, Bruninho, Cicinho e Vitor Alves, do Rio de Janeiro, que fortaleceu ainda mais o grupo. Os teclados ajudaram a compor o clima de mistério. Sem ‘enfeitar o pavão’, deixamos a batucada do Ritmo Responsa fazer o som e viemos para compor. O arranjo é bonito, mas sem exageros”.
Bijú destacou que o mesmo conceito será levado para a Avenida. “Foi feito para a gravação, mas é o que pretendemos levar para a pista também. A ideia é a mesma: valorizar o samba e o intérprete. O Léo está em uma fase excelente. A base é sólida para ele mostrar o talento”.

Ritmo Responsa e o caldeirão da bateria
À frente da bateria, mestre Acerola de Angola descreveu um samba com personalidade própria e capacidade de empolgar a comunidade.
“O refrão é bom demais, muito forte. O que está acontecendo nos nossos ensaios é impressionante o povo já está cantando demais o samba inteiro! Esse trecho ‘Vem ver, vai ferver o caldeirão’ arrepia. É para sentir o caldeirão ferver”.

O mestre também adiantou detalhes técnicos do trabalho da bateria. “É um samba diferente, um enredo fora da curva. Vai ter apagões, nuances de terror e uma bossa que começa na segunda parte e vai até o refrão. Muita coisa que só ouvindo a faixa completa dá para entender o grau de possibilidades e desafios que vamos encarar”.
Com emoção, ele celebrou o ambiente acolhedor da escola. “A Colorado me acolheu como poucas escolas acolheram. A gente fala das bruxas, mas também das mulheres. A escola é maravilhosa. É, sem dúvida, a escola mais feliz do carnaval”.
Harmonia em sintonia e foco no topo
Representando o setor de harmonia, João Daniel e Luciano Lopes reforçaram o entusiasmo da comunidade e a dimensão do projeto.
“É o segundo ano nesse modelo de gravação sensacional. A comunidade abraçou demais o samba! O clipe vai emocionar muita gente”, disse João.

Em sua estreia na função, Luciano Lopes celebrou a experiência. “É uma sensação maravilhosa! A estrutura é muito dinâmica, e a comunidade está empolgada com o tema das bruxas. O canto está forte, o ensaio está gostoso e a energia é incrível”.
João completou com uma meta ousada. “O projeto é ser campeão. Pulamos uns cinco degraus em tudo, fantasias, alegorias, harmonia, o conjunto geral. O povo do carnaval vai se surpreender. É uma mudança de chave: queremos o topo, respeitando as coirmãs, mas buscando o maior carnaval da nossa história”.
Com uma gravação que uniu musicalidade, emoção e identidade, a Colorado do Brás mostra que o “caldeirão” de 2026 está fervendo. Entre o mistério do enredo, a força da comunidade e o refinamento técnico da produção, a vermelha e branca se prepara para entrar na Avenida com um samba de forte presença e espírito competitivo.









