No último domingo, a Portela foi palco da apresentação dos sambas semifinalistas na última eliminatória de sambas-enredo para o carnaval de 2026. Com o enredo “O Mistério do Príncipe de Bará: A Oração do Negrinho e a Ressurreição de sua Coroa sob o Céu Aberto do Rio Grande”, a azul e branca de Madureira irá escolher o seu hino do próximo carnaval na sexta-feira próxima, 26 de setembro. Os sambas classificados para a final serão anunciados na segunda-feira, 22 de setembro. O CARNAVALESCO apresenta a seguir a análise das apresentações.

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Parceria de Mattos: O samba da parceria de Mattos, Wagner Alves, Naldo, Paulo Formigão, Anna Moura, Rogério Lobo e Araguaci foi o primeiro a se apresentar neste domingo. Com Bruno Ribas e Tem-Tem Jr. nos microfones principais e com ótimos desempenhos, a obra foi recebida de forma tímida pela quadra, o que resultou em uma apresentação correta, mas regular no que se refere à explosão na quadra.

Parceria de Daiane Molet: De autoria de Daiane Molet, Anderson Xilico, Chico Professor, Fagner Presidente, Fred Feijó, Maninho Veiga e Marcele Salles, o segundo samba a se apresentar contou com Renan Ludwig como intérprete principal e realizou uma apresentação animada. Desde a primeira passada, ainda sem bateria, o samba se mostrou como um forte candidato a uma vaga na final. O refrão de cabeça “Majestade Da Minha Vida, Traz Axé E Vai Na Ginga, Façanha Com Seu Manto Branco E Azul, Batuqueira Bota A Cara Na Avenida, É Gente Preta Do Rio Grande Do Sul” apresenta uma certa familiaridade com a escola, o que causava um levante do samba na quadra, aliado ao excelente desempenho dos cantores no palco. Em suma, o samba passou muito bem.

Parceria de Toninho Geraes: O samba de Toninho Geraes, Eli Penteado, Paulo César Feital, Alexandre Fernandes, Victor do Chapéu, Juca e Juninho Luang foi interpretado por Tinga, que iniciou a apresentação de forma aguerrida, deixando nítido que o samba estava apto para a briga da classificação para a final. Foi o primeiro samba que levantou membros da escola, como velha-guarda e baianas, que cantaram com ânimo. Foi uma forte e boa apresentação. Está no páreo!

Parceria de Noca da Portela: A parceria de Noca da Portela, Samir Trindade, Brian Ramos, JP Figueira, Leandro Custódio, Marcão da Gráfica e Ricardo Castanheira trouxe Wantuir como voz principal. Antes da apresentação se iniciar, a torcida já entoava o refrão do samba, que desde a primeira passada foi um estouro no público. Nos momentos em que o samba ficava apenas com a torcida, o canto foi em alto e bom tom. O refrão “Nosso Príncipe É Negro, E Sua Gente Macumbeira, Guia Meu Povo, Luz De Madureira, Rezo Pra Voltar, Babá Sentinela, Oranian Ensinou O Que É Portela (Sou Portela)” dava uma explosão no canto da torcida a cada passada. Mais um fortíssimo candidato.

Parceria de Luiz Carlos Máximo: O samba da parceria de Luiz Carlos Máximo, Manu da Cuíca, Buchecha, Belle Lopes, Ximeninho, Regis e Heitor César foi recebido de forma contida pela quadra. O refrão “Chegou Minha Águia Batuqueira, Gaúcha, Sim, Senhor, Negritude Não Tem Fronteira, É Nação De Mil Bandeiras Que A Portela Incorporou” funcionou bem, mas em vista dos sambas que já haviam se apresentado, a obra fica alguns passos atrás para chegar à final.

Parceria de Mariene de Castro: A obra de Mariene de Castro, Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Laura Romero, Binho Teixeira e Salgado foi conduzida por Freddy Vianna. E antes da apresentação começar, a torcida já cantava o samba. O trecho “Canta Nação Ijexá, Toque De Jejê Nagô, Bará Adê, Bará Adê, Na Encruza Do Tambor, Herança De Oyó E Cabinda, Onde Assentei Meu Axé, Exú Janala Fun Malé” tem uma melodia interessante e que rendeu em quadra. O samba empolgou, mesmo que de maneira sutil, mas fez uma bela apresentação.

Parceria de Cecília Cruz: A parceria de Cecília Cruz, Claudio Cruz, Luciano Fogaça, Fabinho Gomes, Gêmeos, Osmar Fernandes e Julio Pagé animou os componentes da escola desde o início da apresentação. Quando o palco jogou o canto apenas para o público, a resposta foi à altura e impactante. Em suma, foi uma ótima apresentação, colocando a obra como uma forte candidata à briga.

Parceria de Valtinho Botafogo: O samba de Valtinho Botafogo, Raphael Gravino, Gabriel Simões, Braga, Cacau Oliveira, Miguel Cunha e Dona Madalena foi defendido por Zé Paulo. Sendo muito bem recebido na quadra pelos presentes, o refrão “Aê Oni Bará, Aê Babá Lodê, A Portela Reunida Carregada No Dendê, Sob O Céu Do Rio Grande Tem Reza Pra Abençoar, O Príncipe Herdeiro Da Coroa De Bará” levantou o público todas as vezes que foi cantado. Foi uma boa apresentação. Pela recepção da quadra, mais o desempenho no palco, a obra é uma boa aposta.

Parceria de Rafael Gigante: A obra de Rafael Gigante, Wanderley Monteiro, Vinicius Ferreira, Jefferson Oliveira, Bira, Hélio Porto e Neyzinho do Cavaco teve Wander Pires como voz principal. O último samba a se apresentar na noite também começou a ser cantado antes dos cantores iniciarem no palco. Em suma, a quadra se mostrou simpática ao receber a obra. O refrão “Sou Portela De Bará, Águia De Exú, Meu Samba É Raiz, Batuque Do Sul, A História De Custódio Nos Ensina, O Brasil É Mais Preto Que Se Imagina” tem uma potência relevante. Se classificado, fará bonito.