No último sábado, 6 de setembro, a Viradouro realizou mais uma etapa de sua disputa de samba rumo ao Carnaval 2026. A Vermelha e Branca de Niterói levará para a Avenida o enredo “Pra cima, Ciça”, em homenagem ao icônico mestre de bateria, que hoje comanda justamente a Furacão Vermelho e Branco. O anúncio do samba eliminado neste sábado será feito ao longo da próxima semana.

* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp

viradouro eliminatoria0609

Parceria de Deco: Abrindo a noite, a parceria de Deco, Samir Trindade, Victor Rangel, Fabrício Sena, Deiny Leite, Felipe Sena, Ricardo Castanheira, Jeiffer, Robson Moratelli e João Figueira foi comandada por Gilsinho no palco da Viradouro. A obra passou muito bem, demonstrando a cadência característica do samba da parceria durante toda a apresentação. O destaque ficou para o refrão principal: “Vento ventou, sopro de Oyá/Vermelho e branco furacão dessa avenida/Eu sou o samba, mestre, a te exaltar/Malandragem receba flores em vida” que teve boa adesão do público, com parte da quadra cantando com força. A segunda do samba também se destacou, com uma boa melodia e referências interessantes à história de Ciça, como nos versos “O maestro do morro/Na cadência as paixões/Mexe as peças do jogo/Gênio das invenções”.

Parceria de Claudio Russo: Com a força de Tinga no microfone principal, acompanhado de Dudu Nobre, a obra de Claudio Russo, Dudu Nobre, Anderson Lemos, Lequinho, Junior Fionda, Totonho, Fadico, Manolo, André Braga e Júlio Alves foi a segunda a se apresentar. Com uma passagem segura, o samba teve seus pontos altos nos refrões, em especial o segundo “Repique chama a convenção/Que o mestre faz na contramão revolução/Partida em caixa alta/É no girá é no girê/Traz carijó e Jurerê/Pro coração que leva a cruz de malta” que contou com forte participação da torcida. Outro momento marcante foi a subida a partir de “Vou bater macumba”, que animou a quadra até o refrão final.

Parceria de Cláudio Mattos: Em grande noite, Pitty de Menezes levantou o público da quadra da Viradouro ao comandar a apresentação do samba de Cláudio Mattos, Renan Gêmeo, Rodrigo Gêmeo, Lucas Neves, Rodrigo Rolla, Ronaldo Maiatto, Bertolo, Silvio Mesquita, Marcelo Adnet e Thiago Meiners, o terceiro da noite. A obra se destacou por sua potência melódica e pela letra repleta de referências ao homenageado. O ponto alto foi a segunda parte do samba, evidenciada em versos como “Peça perfeita pra me completar” até “O nome de Moacyr é legado do mestre caveira”, muito bem cantados pelo público.

Parceria de Lucas Macedo: Lucas Macedo, Diego Nicolau, Jefferson Oliveira, Vinicius Ferreira, Richard Valença, Miguel Dibo, Orlando Ambrósio, Hélio Porto, Aldir Senna e Wilson Mineira assinam a quarta obra da noite. Com Zé Paulo Sierra no microfone principal, firme e suave, o grupo contou ainda com Charles Silva, Rafael Tinguinha, Igor Pitta e Diego Nicolau como apoios. O samba passou com tranquilidade e animou bastante a torcida, com destaque para o refrão principal “Repinique de André/Seu Hélio na marcação/Na caixa de guerra, Louro/Swinga a terceira, Jorjão/Tem Marçal no tamborim, bateria que enfeitiça/Quem convida é a Viradouro do mestre Ciça!”. O pequeno bis “Hoje a furacão prova seu amor/Eternamente professor!” também chamou a atenção por remeter ao estilo de samba-exaltação da Estácio, onde Ciça iniciou sua trajetória.

Parceria de Mocotó: A obra de Mocotó, PC Portugal, Arlindinho Cruz, J. Lambreta, André Quintanilha, Rodrigo Deja, Ronilson Fernandes, Renato Pacote, Reinaldo Guimarães e Bira Fernandes foi defendida por Emerson Dias e Wandinho Pires como vozes principais. A apresentação foi animada, com melodia envolvente e bem cantada pela torcida. Trechos da segunda parte chamaram a atenção, como “De tantas escolas toque de orixá/Seja no afoxé, adarrum, ijexá/Então sai da frente/Que lá vem chegando o bonde do caveira”, valorizados pela boa construção melódica.

Parceria de Thiago Carvalhal: Encerrando a noite na quadra da Vermelha e Branca, a parceria de Thiago Carvalhal, Bebeto Maneiro, Ludson Areia, Babby do Cavaco, Carlinhos Viradouro, Vinícios Moro, Pablo Adame e Rodrigo Neves contou com Nêgo como voz principal. Com letra repleta de referências a sambas ligados a mestre Ciça, incluindo citações ao Estácio, a obra teve andamento mais calmo em comparação às anteriores. Os refrões foram o ponto alto, especialmente o que antecede o principal, com a subida em “Hoje a saudade apertou, eu voltei pra flores em vida eu te entregar/Tudo que eu pedi a Deus vai se realizar/(Pra cima, Ciça)”, cuja melodia atrativa conquistou a quadra.