A Unidos de Vila Isabel realizou, na última sexta-feira, a semifinal de sua disputa de samba para o Carnaval 2026. Com o enredo “Macumbebê, Samborembá. Sonhei que um sambista sonhou a África”, assinado pelo enredista Vinícius Natal e pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad, a escola de Martinho levou três sambas para a final, com a eliminação da parceria de Cláudio Mattos. A safra de sambas da azul e branca pode ser considerada uma das melhores da pré-temporada, com destaque para a parceria de André Diniz, que incendiou a quadra da 28 de Setembro. Veja abaixo a análise do CARNAVALESCO.
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Parceria de Moacyr Luz: Abrindo a noite, a parceria de Moacyr Luz, Gustavo Clarão, Inácio Rios, Márcio André Filho, João Martins, Dani Baga e Igor Federal teve Bruno Ribas à frente do microfone principal. A performance do intérprete, junto com os cantores de apoio, já colocou a semifinal em alto nível. Embora a obra tenha sido pouco cantada, de forma geral, pela comunidade na quadra, o samba explodiu nos versos que antecedem o refrão: “Macumbembê, Samborembá / ‘Sonho de um sonho’, seu moço / A luz que vem de Dakar / Macumbembê, Samborembá / Samba é macumba / E macumba é samba”.
Parceria de André Diniz: A numerosa torcida da parceria de André Diniz e Evandro Bocão abriu os caminhos defumando a quadra da Vila Isabel com incenso. Logo na primeira passada, bastou Wander Pires cantar o pré-refrão “De todos os tons, a Vila negra é…” para que torcedores, ritmistas e comunidade entoassem em coro incendiário o refrão: “Oraiêiê Oxum, Kabecilê Xangô / Meus sonhos e tambores, tintas e prazeres pra você, Heitor”. Mesmo após o fim da apresentação, a quadra continuou cantando a obra com força, ecoando o som negro da Vila Isabel e reforçando o favoritismo do samba na etapa final da disputa.
Parceria de PC Feital: A parceria de PC Feital, Gustavinho Oliveira, Thales Nunes, Danilo Garcia, Gabriel Simões, Hugo Oliveira, Telmo Augusto e Washington Motta fechou a noite. Rafael Pinguinha deu um show no comando do microfone. Mesmo com a quadra mais vazia, a performance do cantor levantou o público. O trecho: “Sou Vila, ‘Nossa Escola de Samba é madeira’ / Do Morro do Pau da Bandeira / Aos palcos do Senegal” despertou na comunidade o orgulho de ser Vila Isabel. O sentimento fez o refrão seguinte ser cantado com ainda mais pertencimento: “Toca macumba, aqui é Casa de Bamba / Toca macumba, é o Povo do Samba a cantar / É Heitor o sonho que eu sonhei / Em Vila Isabel é lei: jamais deixar de sonhar”.