A Imperatriz Leopoldinense realizou, na última sexta-feira, mais uma eliminatória de sambas-enredo visando o Carnaval de 2026. O enredo intitulado “Camaleônico” fará uma homenagem ao artista Ney Matogrosso. A noite foi embalada pela apresentação de oito sambas concorrentes, dos quais seis avançaram para a próxima fase.
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A comunidade de Ramos marcou presença em peso na quadra, assim como a presidenta Cátia Drumond e o vice-presidente João Drumond, ambos acompanhando atentamente as apresentações e cantando os sambas concorrentes. É evidente que os segmentos da escola estão bastante envolvidos com a disputa. Vale destacar também que o clima coletivo se tornou ainda mais perceptível com a ausência de camisetas personalizadas por samba, transmitindo a ideia de que os compositores estão unidos em prol da escola, e não apenas de suas próprias obras. Confira abaixo a análise do CARNAVALESCO sobre os sambas classificados para as quartas de final:
Parceria de Renan Gêmeo: Com Tem-Tem Jr. e Pixulé à frente do samba, intérpretes da União da Ilha e do Paraíso do Tuiuti, respectivamente, a parceria de Renan Gêmeo, Marcelo Adnet, Raphael Richard, Sandro Compositor, Silvio Mesquita e Rodrigo Gêmeo foi a segunda a se apresentar. A quadra recebeu o samba de maneira tímida, mas o refrão “Quero ouvir a voz da alma brasileira / Cantar pro dia nascer feliz / Eternizar mais uma estrela no pavilhão da Imperatriz” levantou o público, que cantou esse trecho com entusiasmo. Em suma, uma boa apresentação.
Parceria de Jeferson Lima: A obra de Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Chico de Belém, Mirandinha Sambista, Alfredo Junior e Tuninho Professor contou com Wander Pires, da Viradouro, no palco. Com toda a sua experiência, o intérprete conduziu o samba de forma segura, garantindo boa recepção da obra pelos presentes. Em todos os setores da quadra havia pessoas cantando do início ao fim, embaladas pela melodia. O refrão “Não há pecado, amor, vem se acabar! / Bicho pega, bicho come, requebra homem com H / Sua verdade, eu sei: a liberdade é a lei! / Doce veneno pra se lambuzar” foi o ponto alto, levantando e sacudindo a quadra.
Parceria de Gabriel Coelho: O samba de Gabriel Coelho, Alexandre Moreira, Guilherme Macedo, Chicão, Antônio Crescente e Bernardo Nobre teve Nêgo, da Botafogo Samba Clube, e Igor Vianna, da Mocidade Independente, como vozes principais, além do apoio vocal de Thati Carvalho, do carro de som da Imperatriz. A obra agitou todos os pontos da quadra. As baianas se levantaram para rodar durante o refrão “Vem meu amor / Vamos viver a vida / Bota pra ferver / Que o dia vai nascer feliz na Leopoldina”, que incendiou o ambiente de maneira muito potente. É evidente que esse samba já conquistou parte significativa da comunidade.
Parceria de Me Leva: Com Tinga, intérprete da Vila Isabel, à frente, a obra de Me Leva, Thiago Meiners, Miguel da Imperatriz, Daniel Paixão, Herval Neto e Jorge Arthur passou de forma correta pela eliminatória. A quadra recebeu o samba de maneira tímida, e a ausência de um refrão mais forte não ajudou na interação com o público. Ainda assim, a apresentação foi bem executada no palco. O trecho “Não Existe Pecado Abaixo Da Linha do Equador / Seu Juízo Rasgado, Você Libertário, Riacho do Amor” que antecede o refrão causou uma boa impressão e o público presente contribuiu.
Parceria de Hélio Porto: O samba de Hélio Porto, Aldir Senna, Orlando Ambrósio, Miguel Dibo, Marcelo Vianna e Wilson Mineiro foi defendido por Igor Sorriso e Charles Silva, ambos intérpretes do Salgueiro. Sendo a penúltima apresentação da noite, foi recebido de forma calorosa pela quadra. De maneira orgânica, a comunidade demonstrou interesse pela obra. A cabeça do samba, com o trecho “Camaleônico, icônico, transformação / Face da fera selvagem / Quebra de qualquer padrão”, manteve a energia em todas as repetições. A obra se sustentou bem, com uma apresentação consistente e sempre para cima.
Parceria de Luizinho das Camisas: Sob a voz de Rafael Tinguinha, o samba da parceria de Luizinho das Camisas, Chacal do Sax, Mateus Pranto, Tamyres Ayres, Camila Lúcio e Martins foi o último a se apresentar. Apesar da recepção mais discreta da quadra, a apresentação foi animada e performática, incluindo Matheus Pranto caracterizado como Ney Matogrosso. O refrão “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come / Ô menina, eu sou é homem, sou é homem com H / Faz um carnaval comigo, remexe os quadris / Nesse palco iluminado sou Imperatriz” funcionou e deu destaque à obra.