Faleceu nesta sexta-feira, aos 83 anos, a carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, uma das maiores referências da história do carnaval carioca. Ela estava internada no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.

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Foto: Reprodução de internet

Maria Augusta marcou gerações com seu talento e sensibilidade na criação de desfiles memoráveis, sobretudo nas escolas de samba Salgueiro e União da Ilha do Governador. Figura central na transformação estética do carnaval a partir dos anos 1970, ela é considerada uma das mulheres pioneiras a ocupar com protagonismo a função de carnavalesca nas grandes escolas de samba do Rio.

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A trajetória artística ganhou força quando ela ingressou na Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluna de Fernando Pamplona. Sob sua mentoria, Maria Augusta foi inserida no universo do carnaval carioca, atuando ao lado de nomes como Arlindo Rodrigues, Rosa Magalhães e Joãosinho Trinta.

Ela passou pelo Salgueiro, União da Ilha, Tuiuti, Tradição e Beija-Flor. Foi autora de desfiles históricos, como “Eneida, amor e fantasia” (Salgueiro 1973), “Domingo” e “O Amanhã” (1977 e 1978 na Ilha) e “Uni-duni-tê, a Beija-flor escolheu: é você” (Beija-Flor em 1993).

Além de carnavalesca, Maria Augusta também atuou como comentarista em diversos veículos de mídia e, nos últimos anos, era jurada do prêmio Estandarte de Ouro.

Em 2025, foi homenageada pela escola mirim Aprendizes do Salgueiro com o enredo “Uni-duni-tê, o Aprendizes escolheu você”, celebrando seu legado com o mesmo carinho com que a artista formou gerações de foliões e artistas.

Maria Augusta deixa um legado de criatividade e amor pelo carnaval. Sua trajetória é marcada pela originalidade e pela paixão pela cultura brasileira.