O sambista e compositor Paulo Juvêncio de Melo Israel, conhecido como Paulo Onça, faleceu nesta segunda-feira, aos 63 anos, em Manaus. Ele estava internado desde dezembro de 2024, após ser brutalmente agredido durante um acidente de trânsito na capital amazonense. O caso ocorreu no dia 5 de dezembro de 2024, no bairro Praça 14, zona sul de Manaus. Após uma colisão entre veículos, Paulo Onça foi agredido por Adeilson Duque Fonseca, que desferiu socos e chutes na cabeça do sambista, mesmo com ele ainda dentro do carro. A agressão foi registrada por câmeras de segurança e causou traumatismo craniano grave, exigindo cirurgia para retirada de um coágulo. Paulo permaneceu hospitalizado por mais de cinco meses, lutando contra as sequelas das agressões. O agressor, Adeilson Duque Fonseca, se entregou à polícia três dias após o crime e permanece preso. Ele responderá por homicídio.
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Com mais de 45 anos de carreira, Paulo Onça foi uma figura central no samba amazonense e também contribuiu para o carnaval carioca. Compôs para escolas como Grande Rio e Salgueiro, e teve parcerias com artistas renomados como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Leci Brandão e Dudu Nobre. Suas composições somam mais de 130 obras, muitas delas interpretadas por grandes nomes do samba nacional.
A morte de Paulo Onça gerou comoção entre autoridades, artistas e fãs. O governador do Amazonas, Wilson Lima, lamentou a perda, destacando a contribuição do artista para a cultura popular. O prefeito de Manaus, David Almeida, afirmou que “Paulo Onça foi mais do que um sambista: foi a alma do samba de Manaus”. A esposa do sambista, Simone Andrade, emocionou-se ao lembrar da luta do marido durante os meses de internação, dizendo: “Ele foi um guerreiro, mas, infelizmente, a maldade levou o Paulo”.