Para celebrar o início do PodCARNAVALESCO SP, a equipe do CARNAVALESCO recebeu a presidente campeã do carnaval, Angelina Basílio, que comanda a Rosas de Ouro desde 2003. No programa, ela conversou sobre diversos assuntos, entre eles o campeonato de 2025. A mandatária da Roseira falou bastante sobre os sinais que recebeu para ter a certeza do título, o crescimento do samba, o fim do jejum após 15 anos, o projeto “Sou Roseira” e outros fatos que culminaram no troféu da agremiação.

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Foto: Fábio Martins/CARNAVALESCO

Volta por cima

A gestora contou que sofreu perseguição da própria família antes do carnaval e teve que ler coisas desnecessárias, mas, apesar disso, tinha certeza do título da Roseira. Angelina também declarou que escolas de samba devem seguir uma linha, sem ficar trocando de presidentes.

“Eu tenho primos na Brasilândia e tive que ler comentários: ‘Esse ano ela derruba a escola’. Eu tinha certeza de que a Rosas de Ouro seria campeã, porque o tempo no espiritual é diferente, e no tempo da escola de samba você precisa perseverar. Não adianta ficar trocando de presidente, tem que seguir uma linha”, disse.

Sinais para o campeonato

Angelina ainda diz que, às vezes, não acredita no título. Em certos momentos, ela acorda e se pergunta se realmente é campeã do carnaval, até pelo tempo sem vencer, visto que a agremiação carrega em seu pavilhão oito estrelas.

“Essa vitória… eu ainda acordo e falo: ‘Você ainda foi campeã, Angelina?’, e depois durmo de novo. Foram longos 15 anos com carnavais belíssimos. A Rosas de Ouro não tem medo de ousar em enredo. Depois de todo esse tempo, não é fácil. Por isso, você deve ficar ligada nos sinais. A mulher tem muita intuição, e é por isso que dá certo em escola de samba”, declarou.

Céu azul e rosa: A emoção do carnaval

Ainda falando em sinais, a presidente comentou sobre o dia do ensaio técnico, em que o céu ficou nas cores da escola justamente na hora de entrar na pista, além do crescimento do samba-enredo desde a sua escolha na final.

“Um sinal lindo foi no ensaio técnico, quando o céu ficou azul e rosa, após as 19h. Outra coisa foi quando o samba-enredo ganhou. Ele tomou forma e a comunidade abraçou. Foi até tema de casamento agora”, contou.

Pé atrás com o enredo, mas depois virou apego

Em um momento de descontração do podcast, Angelina contou que não gostava do tema, mas que foi convencida pelo enredista Roberto Vilaronga. Ele teve que incluir elementos de memórias afetivas para convencer a gestora a aceitar o enredo.

“Eu não gostava desse enredo no começo, mas depois veio o Fábio Ricardo e o Roberto Vilaronga. Fazia tempo que não tínhamos um enredista, e eu falei para ele: ‘Me convença’. Ele brinca até hoje, dizendo que nós iríamos contar a história dos jogos. Eu falei que precisava me remeter a uma lembrança afetiva. O último carro teve peão, bolinha de gude, Luigi, Mário, cubo mágico, batalha naval, Banco Imobiliário… Eles me convenceram”, comentou.

Projeto ‘Sou Roseira’

Outro fato que contribuiu para o título foi o projeto “Sou Roseira”, no qual, pagando um valor pequeno, o participante ganhava carteirinha e camiseta, mas havia ensaios específicos visando uma melhor performance da escola na avenida.

“A gente teve um projeto maravilhoso chamado ‘Sou Roseira’. Eles tinham que assinar ponto e ensaiar de fato. Deu certo, e começaram a cantar muito forte. Eles pagaram 70 reais para ter a carteirinha, que é linda, e a camiseta, que é uma coisa ilusória, mas tinham que ensaiar”, completou.