Por Juan Tavares
O Acadêmicos do Engenho da Rainha começou com o pé direito o desfile na Intendente. A escola deu um verdadeiro show com sua comissão de frente, que trouxe os componentes, homens e mulheres, em trajes dourados e brancos, em referência e homenagem à Orixá Oxum. O problema, no entanto, se deu pelo buraco deixado entre a comissão e a primeira ala. Depois disso, a agremiação entregou ao público e aos jurados muita beleza, alegoria e animação. A musa Iàffa de Paula, trajada de Oxum, além de sambar, dançou lindamente, semelhantemente à Orixá que representou na avenida. A indumentária foi um mero acessório se comparado à entrega que ela fez. Um dos tripés emperrou e prejudicou o andamento da escola durante poucos minutos, enquanto os responsáveis pelo carro tentavam empurrá-lo rapidamente para não atrasar tanto o desfile.

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Comissão de Frente
A comissão de frente estava belíssima, com mulheres representando mães de santo com vestes brancas, enquanto uma integrante estava vestindo dourado e dançando como a Orixá Oxum.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O primeiro casal composto por Léo Chocolatt e Joyce Santos foi extremamente simpático e contagiou o público com seus passos e sintonia. A fantasia de ambos estava lindíssima. Em nenhum momento houve algum tipo de erro, como, por exemplo, tropeço, enrolar de bandeira ou quedas leves ou bruscas.
Harmonia
A escola manteve-se bem; porém, se não tivesse que correr no início e no fim para não estourar o tempo, com certeza seria mais proveitoso para todos que estavam na Intendente. Os carros alegóricos, que também homenageavam a Orixá Oxum, além de lindos, passaram muito bem na avenida. As demais alas cantavam bastante animadas, em sintonia espiritual com a mãe da água doce. Nenhum empecilho atrapalhou a beleza nem o gás e a energia dos filhos de “Mamãe Oxum”.
Evolução
Um pequeno buraco se formou entre a comissão de frente e a primeira ala, o que fez com que a beleza perdesse um pouco de seu valor. Além disso, a afobação também contribuiu para que a agremiação corresse contra o tempo para não se atrasar. A ala das baianas esteve linda enquanto coreografava e girava com suas saias brancas, com detalhes dourados e babados verdes. Os puxadores também animaram a plateia e a escola. Um problema na roda do tripé em frente ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira atrapalhou o rendimento e o fluir da escola. Contudo, o intérprete Thiago Britto e a bateria
levaram a escola a cantar forte.
Samba
O enredo “Ijexá”, dos compositores João Vidal, Jurandir Terra, Juca, Gabriel Marcus, Su Alves, Barunga e Rodrigo Jacopetti, interpretado por Thiago Britto, emocionou a todos, sobretudo no trecho: “Oro mi maió, oro mi maió yabado oyeyeo é brado no terreiro… acalanto de mainha pra coroar o engenho da rainha”.
Outros destaques
A rainha de bateria Emelyn Bastos reinou perfeitamente à frente da bateria “Orquestra de Ouro”, sambando como se não houvesse amanhã. A passista Monalyza entregou beleza, simpatia e samba na ponta do pé durante o desfile.