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A Nobreza Submersa: A Lenda das Princesas no Abre-Alas da Grande Rio

A Grande Rio abriu o seu desfile submerso nas águas marítimas, em uma embarcação conduzida por três sereias.  O navio traz a narrativa alegórica de uma história que tem início em “meia viagem”, pois ela foi engolida pelas águas do mar. Trata-se de uma narrativa muito conhecida nos terreiros da Mina paraense, segundo a qual um navio de guerra turco, que levava para longe das batalhas religiosas as filhas do Sultão, as Princesas Mariana, Herondina e Jarina, desapareceu em uma tempestade. Mas elas não morreram no naufrágio, mas sim atravessaram um redemoinho mágico e se encantaram, aportando, depois, em território brasileiro.

O Abre-Alas da Grande Rio transporta o público para o mundo místico do “Espelho do Encante”, onde as fronteiras entre o real e o imaginário se confundem. O enredo, inspirado em uma história popular dos terreiros de Mina paraense, narra o desaparecimento de um navio turco, carregando as filhas do Sultão, em uma tempestade. Ao contrário do que se imagina, as Princesas não sucumbem às águas, mas são encantadas por um redemoinho mágico e chegam ao Brasil, onde se tornam parte da cultura local. A alegoria, dividida em dois chassis, materializa essa jornada etérea através de uma estrutura flutuante, repleta de espelhos e detalhes encantadores.

O carnavalesco Gabriel Haddad, falou ao CARNAVALESCO como foi a concepção de um afogamento e fundo do mar projetados em uma alegoria.

“É uma alegoria que a gente vai imaginar a Turquia se afundando, a Turquia se encantando junto com as três princesas turcas. Então é um carro com bastante água, tem balões nas alturas para parecer que tudo se afundou junto com as princesas turcas e está tudo atravessando o portal da cantaria”, explicou o carnavalesco.

As componentes que representavam a “Realeza Submersa”, simbolizando a imersão das princesas nas águas encantadas.

“Somos a representação da nobreza marinha, eu não conhecia essa história, aprendi com a escola.Esse carro é deslumbrante, uma verdadeira viagem ao fundo do mar. As três sereias à frente da embarcação criam uma atmosfera mágica, evocando a lenda das ‘Três Maresias’ com muito encanto. As lanternas que se mesclam com águas-vivas tornam tudo mais mais impressionante. Eu já esperava algo grandioso, mas esse carro superou todas as minhas expectativas”, disse a economista, Ana Paula Souza, de 45 anos, que desfila na Grade Rio desde 2012.

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No primeiro chassi, o navio turco aparece como uma entidade luminosa, conduzida por três sereias que remetem à trindade turca e à cultura amazônica. A embarcação, que mais parece uma nave mágica, flutua serenamente, entrelaçada por criaturas marinhas de formas diversas, que evocam bestiários medievais e iluminuras. O segundo chassi segue o tema da magia e do encantamento, com elementos que simulam um palácio submerso, reforçado pelas cúpulas de mosaicos e os hipocampos que dançam nas águas. O trabalho minucioso de adereçaria, coordenado por Zé Paulo Conceição, transforma cada caquinho colado em uma obra de arte, criando uma verdadeira quimera luminosa que fascina a todos na Avenida.

A analista de sistemas,  Vanessa Moraes, está pela primeira vez no abre-alas e viu a energia paraense na alegoria.

“Eu acho que o carro está com uma energia muito grande do Pará, a gente vai abrir o desfile com a navegação das princesas turcas para poder contar toda a história da Pororoca.É onde começa a viagem das três princesas que conduziram esse navio. É como se estivéssemos dentro de um palácio submerso um conto de fadas aquático. A riqueza nos detalhes, com o trabalho manual de colagem de cada caquinho, mostra o quanto foi feito com dedicação. Fiquei sem palavras ao ver a fantasia, me surpreendeu de uma maneira linda!”, disse Vanessa, de 42 anos.

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“Esse carro está impressionante, não só pelo capricho no trabalho manual, mas também pelos movimentos que remetem ao fundo do mar. A alegoria transmite perfeitamente a mistura entre o mágico e o real, e me sinto honrada por representar a nobreza turca que se encantou e se perdeu nas profundezas das águas. Cada detalhe foi pensado para nos transportar para esse universo do encantamento e a beleza se misturam de forma única”, contou a professora Lia Silva, de 33 anos, que desfila há 5 anos pela escola.

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A alegoria misturou elementos culturais da Turquia e da Amazônia, representando a travessia das princesas em uma embarcação mágica. O carro apresentou criaturas marinhas e palácios submersos, criando um enredo visual que celebra o folclore e a mitologia. A narrativa é transportada de forma encantadora, desafiando o tempo e o espaço.

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