A Vila Isabel chegou à Marquês de Sapucaí com um abre-alas que prometeu arrepiar o público e transformar a avenida em um grande parque de diversões. Sob o comando do carnavalesco Paulo Barros, o carro “Embarque nesse trem da ilusão” trouxe a adrenalina e o mistério de um trem fantasma, misturando medo e diversão em uma viagem carnavalesca pelo imaginário popular.
O carro, que impressionou pela grandiosidade e pelos detalhes assustadores, contou com elementos que remeteram ao universo dos filmes de terror e dos parques de diversões. Caveiras, esqueletos e fantasmas tomaram conta da estrutura, criando uma atmosfera que brinca com o medo, mas sem perder a essência alegre e festiva do carnaval.
A adrenalina do trem fantasma na avenida
Tainara Santos, de 18 anos, uma das destaques da escola, descreveu a sensação de desfilar no carro como única. “Ele passa um medo, mas ao mesmo tempo é incrível ver todo mundo se divertindo. O carnaval é isso: você começa assustando, mas no final todo mundo está sorrindo e brincando”, disse. Para ela, as caveiras e os esqueletos presentes no carro são os elementos que mais chamam a atenção. “Elas são divinas, mas dão medo. É como se fossem os restos de um fantasma, algo que ficou para trás”, completou.
Célia Viana, cabeleireira de 55 anos, também destacou a emoção de desfilar no carro. “É uma adrenalina muito grande. Eu não tenho medo de assombração aqui, porque é Carnaval, é outro nível. Em casa, nem pensar!”, brincou. Para ela, o carro conseguiu traduzir a sensação de um trem fantasma de forma impactante. “É emocionante, dá um friozinho na barriga”, afirmou.
O significado das caveiras e a transformação do medo em alegria
Rosely de Paula, de 55 anos, destacou que o carro é especial não apenas para os desfilantes, mas para toda a escola. “Ele vai deixar a avenida com muita energia. É o resultado de meses de ensaios e dedicação”, disse. Para ela, as caveiras e os elementos assustadores representam a essência do enredo. “É como se fosse um parque de diversões, mas com a magia do Carnaval. O Paulo Barros sempre surpreende, e esse ano não foi diferente”, completou.
Roberta Nogueira e Marcelo Sandrini, coreógrafos do abre-alas, explicaram que o desafio foi transformar pessoas comuns em artistas capazes de transmitir a emoção do enredo. “A gente pega donas de casa, mecânicos, pessoas que não são do mundo artístico, e as transforma em estrelas. É isso que faz o Carnaval ser tão especial”, disse Roberta. Marcelo complementou: “O carro não é para assustar, é para divertir. É uma grande festa, como deve ser o Carnaval”.
O abre-alas da Vila Isabel mostrou que o carnaval é, acima de tudo, uma festa que une medo, alegria e fantasia. Com um carro que mistura o susto do trem fantasma com a diversão de um parque de diversões, a escola de Noel conseguiu traduzir em cores, movimentos e emoções ao estilo Paulo Barros.