A União do Parque Acari foi a segunda escola a se apresentar neste sábado na Marquês de Sapucaí. A agremiação apresentou o enredo “Cordas de Prata – O Retrato Musical do Povo”, sobre o violão, na tentativa de conquistar a tão sonhada ascensão ao Grupo Especial. A terceira e última alegoria da Acari, nomeada “Cordas de Prata”, exibia um grande violão prateado, em torno do qual vieram destaques e fotografias de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Beth Carvalho e Paulinho da Viola.
“Esse carro representa a corda de prata, a Velha-Guarda, toda essa importância deles na composição da escola. Na frente, Moacyr Luz, o compositor do samba, com os amigos dele. A gente vai completar com a Velha-Guarda e, em cima, o destaque Júnior Bispo. Teve também as meninas”, disse o diretor da alegoria Richard de Oliveira Jesus, de 18 anos.
“As fotos desses artistas representam a nossa história, de como surgiu o samba. Muita gente gosta de samba, mas não sabe como começou o samba nem a música popular brasileira. Foi a origem de tudo. É muito bom homenagear não só esses artistas, os músicos, como também a Velha Guarda, que são os que entendem bem melhor do que a gente tudo o que já aconteceu durante todos esses anos de samba na Avenida”, declarou a designer de joias Thauany Miranda, de 34 anos, que desfila há dois anos pela União do Parque Acari. Apaixonada pelo mundo do samba, Thauany cresceu frequentando a quadra da Unidos do Amarelinho e da Favo de Acari, que se uniram para formar a atual agremiação.
Em 2025, a União do Parque Acari decidiu homenagear o mais tradicional dos instrumentos de corda, o violão, cuja influência é incontornável na história da música popular brasileira.
“O meu pai era violonista. O violão, para a música, é tudo. Vários compositores, cantores, tocavam violão. Paulinho da Viola é hors concours. O nome já diz: Paulinho da Viola. Dentre outros que tocam violão até hoje. Eu vou desfilar na Sapucaí pela minha comunidade. E pelo meu pai, o Seu Humberto, o Vascão, lá de Acari, que, graças a Deus, ainda é vivo”, compartilhou Washington Peixoto, conhecido como O Amoroso, de 54 anos, integrante da Velha Guarda. Washington está há cinco anos na escola.
“O violão tem muita importância para a música. Violão faz tudo na escola, em qualquer lugar. Violão faz qualquer tipo de música, qualquer movimento”, explicou a dona de casa Rita de Cássia, de 52 anos, que desfila há dois anos pela Acari.