Por Naomi Prado e fotos de Fábio Martins
A Imperatriz da Pauliceia fez um desfile empolgante, tendo como destaques a bateria, a comissão de frente e a ala musical. As alas desfilaram de maneira alegre, porém, ao final tiveram que apertar o passo para o encerramento. Com o enredo “Eu queria que essa fantasia fosse eterna”, assinado por uma comissão composta por Deuseni, Robson, Isabel e Fran, a Imperatriz da Pauliceia foi a segunda escola a desfilar pelo Grupo de Acesso 2, encerrando seu desfile com 49 minutos.
* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp
Comissão de Frente
O grupo, coreografado por Diego Ferraz, teve como personagem principal o folião. Os demais bailarinos representaram baianas, passista masculino, passista feminina, velha-guarda masculina, velha-guarda feminina, porta-bandeira, mestre-sala, diretores de harmonia e a própria Comissão de Frente. O intuito da comissão foi mostrar como é o início do componente dentro de uma escola de samba: o encantamento do folião ao entrar em uma quadra de escola de samba para ver os segmentos e, por fim, a alegria dele ao poder fazer parte daquilo também.
A quadra foi representada por uma espécie de portal. Além de toda celebração, a comissão realizou passos característicos do quesito, mesclando com encenações tradicionais dentro de uma escola de samba, como, por exemplo, passistas sambando e a velha-guarda ensinando o folião a cumprimentar o pavilhão.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O casal Ronaldo e Leila, representando a Flor e o Beija-Flor, realizou, em sua apresentação ao módulo, uma coreografia tradicional do quesito, optando por não inserir coreografias em cima do samba-enredo. Foi apresentado sincronismo.
Enredo
A Pauliceia levou ao Anhembi um enredo lúdico que contou sobre o acolhimento que a cultura do carnaval proporciona aos foliões e componentes. Com o título de enredo “Eu queria que essa fantasia fosse eterna”, alas foram denominadas como “Dom de Carnavalesco” e “O Templo da Diversidade”, pois, dentro da proposta do enredo, o carnaval revela o dom das pessoas, além de ser um ambiente de inclusão.
Alegorias
O carro abre-alas representou “É festa na casa do povo”, com uma coroa representando o símbolo da escola ao centro do carro alegórico. Os destaques fizeram coreografias na parte inferior da alegoria, vestidos de malandros e cabrochas.
Chamada de “Virei cria de terreiro”, a segunda alegoria trouxe a escultura de um casal de mestre-sala e porta-bandeira segurando o pavilhão da Pauliceia.
Fantasias
A ala das baianas desfilou com um saiote em tons de azul, com uma coruja roxa ao centro da parte superior, representando o mascote da Imperatriz. A ala quatro, “O Templo da Diversidade”, foi destaque por suas cores vibrantes e seu acabamento.
Harmonia
A parte musical da agremiação desfilou em perfeito entrosamento, fazendo com que os componentes pudessem aproveitar mais o samba-enredo. A ala musical, dirigida por Tiganá, cantou em harmonia, dando mais possibilidades para o intérprete oficial realizar cacos. O canto da escola foi regular.
Samba-Enredo
A obra, composta por Márcio Alexandre, teve um desenvolvimento proveitoso durante o desfile. O samba é de fácil canto. A melodia trouxe mais animação ao público, tendo em vista que a letra é simples. A execução da parte musical da escola sobre o samba foi precisa e coesa.
Evolução
A agremiação desfilou compacta, de maneira leve e dançante. O ponto de atenção foi no final do desfile, quando os componentes mudaram o andamento e aceleraram o passo para o encerramento.
Outros Destaques
A bateria de mestra Rafa também foi destaque, juntamente com a rainha da bateria e do carnaval, Arie. Os componentes realizaram coreografias que animaram o público presente e bossas que exaltaram o samba-enredo.
A ala de passistas aproveitou o bom andamento e, vestida de dourado, desfilou sambando, mostrando boa evolução.
A Imperatriz da Pauliceia superou as expectativas de quem assistiu ao seu único ensaio técnico. Trouxeram canto e movimentação corporal.