Há um quarto de século à frente de carros de som, Carlos Jr. se consolidou como uma das vozes mais marcantes do carnaval paulistano. Com uma trajetória de dedicação e aperfeiçoamento constante, o intérprete celebra sua história com gratidão e reconhecimento pelo caminho percorrido.
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“Eu fico lisonjeado, porque na verdade eu participo pouco de redes sociais, de comentários, porque eu prefiro sempre estar reservado e concentrado em mim mesmo para não entrar em competição e essas coisas. Mas eu sei que nesses 25 anos a gente sempre teve a exigência de estar lá entre os tops. Eu sempre trabalho muito, vou buscando meus recursos, meus professores, meus fonoaudiólogos, meus otorrinos, tem muita gente que me ajuda para acontecer isso aqui e não é muito fácil. Mas é o que Deus me deu, portanto, eu agradeço, sou grato por estar tendo essa oportunidade. Espero que eu possa cantar durante mais 25 anos”, celebra.
Além da celebração de sua trajetória, Carlos Jr. também comentou sobre as mudanças no regulamento e no julgamento do carnaval de São Paulo, um tema que gera debates todos os anos. Para ele, a falta de estabilidade nas regras pode impactar a essência do desfile das escolas de samba.
“Todos os anos se fala que o regulamento vai mudar, mas quando chega uma semana antes do carnaval eles resolvem não mudar mais. É complicado e eu trabalho mais com o ouvido, eu não sou didático, às vezes eles dizem coisas que eu não sei nem o que estão falando e aí eu procuro sempre alguém que entende para me direcionar. Esse ano, por exemplo, caiu muita coisa que estava no critério e não estará mais. Portanto, estamos bem à vontade esse ano para poder cantar. E eu acredito que daqui a pouco eles vão começar a engrossar para a gente. Com tudo isso, eu acho que muita gente vai perder, porque conforme essa situação de critério vai mudando, você vai engessando o carnaval. O quesito fantasia foi engessado, o quesito evolução foi engessado, o quesito harmonia foi engessado, o samba-enredo também vai ser engessado. O carnaval vai ficando uma coisa cada vez mais dura, mais conservadora e menos diversão. Eu espero que eles não mexam tanto assim, espero que eles deixem algumas partes para podermos nos divertir”, afirma.
Enquanto as mudanças seguem sendo discutidas, Carlos Jr. continua fazendo história na Rosas de Ouro, levando sua voz potente e emocionante à Avenida com a mesma paixão de sempre.
