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De olho nos quesitos: o tradicionalismo no julgamento dos casais e comissões de frente

Desde que Laíla introduziu o casal de mestre-sala e porta-bandeira atrás da comissão de frente no desfile das escolas de samba em 2002, ambos quesitos sofreram uma grande transformação seja no aspecto da grandiosidade das apresentações seja no critério de julgamento. A série “De olho nos quesitos” traz as principais justificativas e critérios de julgamento dos primeiros quesitos a passar na avenida em um desfile.

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jurados liesa
Foto: Divulgação/Rio Carnaval

Certamente, o quesito que mais sofreu transformações ao longo dos anos foi comissão de frente. Há 40 anos atrás bastavam os baluartes e velhas-guarda para saudar o público e o quesito estava apresentado. Hoje em dia as comissões são verdadeiros miniespetáculos que buscam resumir o enredo da escola, muitas vezes com uso de tecnologia e elaboradas coreografias.

Segundo o manual do julgador, publicado pela Liesa para os desfiles de 2025, o quesito comissão de frente segue subdividido através dos sub quesitos concepção/indumentária e apresentação/realização. A concepção julga a criatividade, mensagem transmitida, impacto e figurino adequado. A apresentação observa sincronismo, criatividade coreográfica, interação com elementos cênicos e cumprimento da função de saudar o público. Os julgadores devem penalizar queda ou perda de partes da indumentária além de danos a figurinos, adereços ou elementos cenográficos.

Em relação às justificativas mais recentes os polêmicos tripés das comissões são campeões de citações pelos julgadores. Muitas vezes as alegorias que deveriam servir para engrandecer a apresentação acabam se tornando obsoletas na apresentação e quando isso acontece os jurados descontam pontos das escolas. Outra situação bastante apontada nas justificativas é quando algum integrante da comissão perde parte da indumentária diante da cabine de julgamento.

Julgadores de casal são mais tradicionalistas

O quesito mestre-sala e porta-bandeira segue parâmetros de julgamento semelhantes a comissão de frente. Nos tempos de hoje praticamente todos os casais contam com coreógrafos tal e qual as comissões. Alguns dos profissionais assinam ambos quesitos ou pelo menos participam da elaboração das coreografias dos casais.

O julgador precisa estar atento obviamente à dança do casal, onde o mestre-sala precisa cortejar e proteger a parceira e a porta-bandeira deve apresentar o pavilhão sempre desfraldado. Além disso, o casal deve se apresentar com entrosamento, graça e leveza na conexão com o samba da escola. A indumentária da dupla também é avaliada. Quedas ou perda de qualquer peça do figurino e tropeços ou falhas nos movimentos devem ser penalizados.

Os julgadores de casal são o grupo mais tradicionalista do júri do Grupo Especial. Não são raros os casos de casais consagrados que acabaram punidos nas notas por arriscarem na apresentação e desagradarem os julgadores. As justificativas mais recorrentes nos últimos carnavais apontam para falhas na execução da dança, como desentrosamento entre a dupla, movimentos bruscos ou excessivamente rápidos. A beleza e elegância do figurino também são pontuadas nas justificativas. Saias muito curtas da porta-bandeira ou figurinos muito simplórios perdem pontos. Além do já citado excesso de ousadia em algumas apresentações. Sempre que algo tira o protagonismo do casal ou desvia a atenção o casal tem sido penalizado.

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