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Especial Barracões SP: Mocidade Alegre traz herança da África islâmica para contar a relação do brasileiro com seus objetos de fé

Bolsa de mandinga é o fio condutor do enredo da Morada do Samba, que mostra como o item se tornou símbolo do sincretismo religioso saindo da África até chegar ao Brasil

Do terço católico ao colar de contas, muitas pessoas carregam consigo um objeto religioso. Mesmo entre aqueles que são pouco devotos, a ideia de portar algum amuleto traz a sensação de proteção e transmite confiança para superar desafios. Mas de onde surgiu essa relação do povo brasileiro com tais itens? Foi ao conversar com o carnavalesco Caio Araújo, da bicampeã Mocidade Alegre, que o CARNVALESCO conheceu a história do enredo “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”.

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“Partindo de um objeto específico, que é a bolsa de mandinga, nós falaremos um pouco da formação do povo brasileiro e como ele constrói essa relação com os seus objetos de devoção, com seus amuletos, com aquela fé que carregamos no pescoço. Nosso enredo vai traçar uma linha histórica para entendermos de onde veio essa nossa relação tão íntima com esses objetos e porque essa relação que temos tem com esses objetos é tão sincrética. Às vezes nós temos um terço na nossa carteira, mas não é porque vamos realmente rezar o rosário e sim porque acreditamos que ele vai nos proteger de algum mal, de alguma coisa que possa acontecer. A narrativa do nosso enredo procura traçar esse início da relação e o desenvolvimento dela, principalmente dentro do nosso território”, declarou o carnavalesco.

Da união de ideias para o enredo, surge a bolsa de mandinga

Para definir o enredo da Mocidade Alegre, Caio Araújo e o enredista Leonardo Antan enfrentaram o desafio proposto pela direção da escola de unir duas diferentes propostas. Foi através das pesquisas para cumprir essa missão que surgiu a bolsa de mandinga, fio condutor da narrativa.

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“Quando começaram as conversas para o enredo de 2025 eu estava começando a trabalhar com o Leonardo Antan, nós estávamos no início do desenvolvimento dessa relação. O Léo trouxe uma ideia para a Mocidade e tinha outra que era da diretoria, mas que eram completamente opostas. Lançaram um desafio para nós de unir essas duas ideias, e assim fomos pesquisando. Nós chegamos até esse objeto, a bolsa de mandinga, que eram bolsas de couro que os malês usavam penduradas no pescoço e dentro delas continham escritos do Alcorão. A partir disso vai começar essa viagem que vai terminar no patuá, que conhecemos aqui no Brasil. A bolsa de mandinga é o objeto ancestral que vai culminar no desenvolvimento do patuá brasileiro, que só tem aqui do jeito que ele é produzido. Só que nós tínhamos também na nossa cabeça que queríamos um enredo com essa cara da Mocidade, que tivesse o DNA da escola. Estávamos já nessa questão de é uma tentativa de tri, a Mocidade está correndo atrás desse terceiro tricampeonato, daí veio também a ideia de fazer um aceno para o último tricampeonato que era o enredo sobre a fé, desenvolvido pelo Sidney França. Foram várias pequenas coincidências que foram se alinhando para chegarmos no desenvolvimento desse enredo. Quando chegamos na bolsa de mandinga e entendemos de onde vinha esse ditado popular nós falamos: ‘é esse o nosso enredo’. Nosso enredo está nessa relação dos povos mandinga com a bolsa de mandinga e com como isso vai culminar na relação do povo brasileiro com seus amuletos, e partir disso nós desenvolvemos a história até chegar na própria Mocidade Alegre”, explicou Caio.

Sincretismo influenciado pela África islâmica: a história que se perdeu

As principais referências do imaginário popular atualmente sobre os muçulmanos estão associadas ao Oriente Médio. No entanto, durante o período colonial, africanos escravizados de diferentes regiões da terra-mãe foram trazidos ao Brasil, incluindo grupos étnicos de tradição islâmica. A influência cultural desses povos ajudou a moldar a relação do povo brasileiro com os objetos religiosos, o que chamou a atenção de Caio Araújo durante suas pesquisas para a construção do enredo.

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“Eu não imaginava que o Brasil tinha uma relação tão estreita com o islamismo e como ele uma um fator muito importante em como trabalhamos o nosso sincretismo, acho que a primeira grande surpresa do enredo foi essa. Também descobrimos que o processo de sincretismo religioso não começa aqui no Brasil e sim lá no continente africano. Ele já começa a se desenvolver de diferentes maneiras e de acordo com cada cultura e com cada região, mas o embrião do sincretismo religioso que acontece aqui no Brasil já estava acontecendo no continente africano. Além disso, descobrir como uma história tão vasta e de tantos séculos acaba tendo relação com o que vivemos hoje em dia no cotidiano da comunidade da Mocidade Alegre. Como uma história que começa tão distante vai ter uma relação com uma característica que faz parte do DNA do que conhecemos como escola de samba. Acho que esses foram os pontos que mais me chamaram a atenção dentro do nosso enredo quando estávamos nessa etapa da pesquisa”, afirmou.

O desenvolvimento cultural brasileiro ao longo dos séculos, centrado principalmente nas tradições europeias e cristãs, levou ao apagamento das tradições dos povos africanos trazidos ao país. Enquanto as religiões de matriz africana conseguiram resistir e até conquistaram visibilidade nos tempos modernos, as influências dos povos de origem islâmica se tornaram praticamente desconhecidas pela população.

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“Acho que a contribuição deles foi muito grande principalmente ali no território da Bahia. Muitos dos escravizados que vieram durante a diáspora tinham origem dessa África muçulmana. Os malês habitavam uma região na África extremamente próspera tanto financeiramente quanto culturalmente e grande parte das pessoas que desenvolveram o Império do Mali foram escravizados e vieram para a Bahia, assim temos essa contribuição muito grande. Ocorreu a Revolta dos Malês, que tem uma relação muito grande com a religião islâmica. Acho que os processos de apagamento histórico, com o Brasil planificando a cultura africana e tornando ela só um estereótipo, foi deixando essa herança islâmica muito escondida. Acho importante termos esses momentos que trazem essas questões à tona para entendermos um pouco de como nós nos construímos enquanto país e o porquê de sermos tão diversos, do porquê de a nossa cultura ser tão rica. É interessante vermos que essa cultura continua nos surpreendendo ainda hoje no século XXI. Em 2025 nós ainda conseguimos encontrar questões interessantes que não são tão populares dentro da nossa cultura”, observou.

A marginalização da história islâmica no Brasil é tão elevada que inevitavelmente leva a confusões em relação às reais origens de objetos religiosos como o patuá, oriundo da tradição cultural das bolsas de mandinga.

“Eu nem imaginava que o patuá tinha uma origem islâmica. Para mim o patuá tinha uma questão mais ligada à cultura iorubá, aos orixás, mas não, ele tem origem islâmica, que são essas bolsas de mandinga. Depois que você descobre e começa a ver ilustrações da época, até nas ilustrações de Debret que é mais popular, você vê várias pessoas escravizadas usando as bolsas de mandinga no pescoço e é uma coisa que passava super batida por mim quando eu estava tendo contato com essas ilustrações, não era algo que me chamava atenção. Depois eu pesquisava, ia vendo e dizia: ‘isso daqui esteve presente o tempo todo e só não prestamos atenção’”, disse o carnavalesco.

Mocidade Alegre na Avenida, da bolsa de mandinga à terça com o terço na mão

O enredo da Mocidade é dividido em cinco setores. A narrativa vai do surgimento da bolsa de mandinga, relatando sua transformação por diferentes culturas, chegando ao desenvolvimento das associações entre símbolos cristãos e as crenças originais dos povos africanos. O desfile também mostrará como Salvador se tornou uma verdadeira capital brasileira do sincretismo religioso, com diferentes crenças convivendo em proximidade, respeito e compartilhando esses objetos de culto. A modernidade, que permitiu a liberdade de expressar o orgulho do que se acredita, levou ao fortalecimento de manifestações como as das escolas de samba, encontrando na Mocidade Alegre um exemplo de comunidade fortemente ligada às suas crenças religiosas. Caio Araújo confirmou que haverá referência à clássica cena da presidente da escola, Solange Cruz, que no dia da apuração carrega consigo diversos terços enquanto ouve ao lado de Mestre Sombra, seu marido, a leitura das notas.

“Vai ter sim, tem que ter, acho que isso é parte de como a Mocidade construiu a sua relação com esses amuletos. A Mocidade sempre foi uma escola de religiosidade muito forte. A religiosidade é levada muito a sério aqui dentro da Mocidade Alegre e não só perto do carnaval, é um negócio que acontece ao longo do ano todo mesmo. A escola é cuidada com muito carinho da parte espiritual e religiosa, e eu acho que esse símbolo da Solange com os terços só transformou isso tudo numa relação ainda mais íntima e mais sincrética dentro do carnaval da Mocidade. Hoje em dia não é mais só a Solange que fica com o terço na mão na apuração, na quadra tem várias pessoas já com o seu tercinho. O terço virou um símbolo do que é essa religiosidade e essa devoção que a Mocidade tem, então não poderíamos deixar de falar sobre isso. É uma parte importante do nosso enredo, ele aparece em alguns momentos. Ali vai aparecer esse terço da Mocidade Alegre. Não o terço cristão católico, mas é o terço da nossa escola, que carrega muito mais significado, que carrega muito mais ‘fés’ diferentes, no plural mesmo”, garantiu.

Primeiro setor: a criação da bolsa de mandinga

“O nosso primeiro capítulo, que é o nosso primeiro setor, vai falar da criação da bolsa de mandinga dentro do Império do Mali. É uma África muçulmana, não é uma África que estamos acostumados a ver no carnaval, acho que temos umas novidades bem legais nesse setor. Também vamos falar que a diversidade cultural africana começa a influenciar as variações da bolsa de mandinga ainda lá no território africano. Falamos do contato das bolsas de mandinga com Daomé, por exemplo. Enquanto no Mali eles colocavam trechos do Alcorão dentro das bolsas de mandinga, em Daomé, como a religião matriz ali do território era o vodum, eles colocavam pedaços de ossos, colocavam conchas, colocavam fios de cabelo. Dentro do próprio continente africano essa diversidade já vai se manifestando, e o nosso primeiro setor fala um pouco dessa transformação da bolsa de mandinga dentro do próprio território africano”.

Segundo setor: a invasão europeia e os símbolos cristãos

“Para o nosso segundo setor nós vamos para a invasão europeia no continente africano e como eles começam a impor os dogmas e os símbolos cristãos dentro das diferentes culturas africanas, é onde começa o processo de sincretismo dentro do nosso enredo. Ao mesmo tempo em que eles condenavam esses amuletos africanos, eles também levavam amuletos de proteção. O católico acredita que o crucifixo é um objeto que vai protegê-lo, que vai colocar ele em contato com o divino, o escapulário também. Quando esses objetos chegam lá na África eles não vão ser lidos de acordo com a cultura branca pelos povos africanos, eles vão ser lidos de acordo com a própria cultura, aí é onde começa o sincretismo religioso. Nesse setor, por exemplo, nós exploramos muito a relação dos povos africanos com Nossa Senhora do Rosário, que é uma coisa que vai culminar aqui no Brasil no sentido de termos a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos na Bahia, assim como tem no Rio de Janeiro, aqui em São Paulo. A primeira irmandade preta que surgiu em São Paulo foi sobre Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Nós ficamos na curiosidade de entender o porquê dessa relação com Nossa Senhora do Rosário ser tão íntima. Fomos pesquisando e chegamos nos textos que falavam que a barreira da cor da pele foi imposta pelo homem branco, não pelo homem preto. Quando eles olhavam para Nossa Senhora, eles viam uma deusa-mãe assim como vemos em várias culturas africanas, carregando um colar de contas. Eles relacionaram esse colar de contas com Opelé Ifá, que era um colar que eles usavam para proteção em algumas culturas, principalmente no Congo, que é a cultura que mais influenciou visualmente o nosso setor. Nós começamos a falar desse sincretismo que surge a partir do olhar baseado no que você carrega como cultura para o outro. Ao olhar para uma santa católica, eles não viam uma santa católica. Eles viam algo que também pertencia à cultura deles. Nós temos umas soluções bem legais nesse setor de como que foi essa criação desse cristianismo preto que começa lá na África, que não é só daqui do Brasil. Nós vamos falar um pouco sobre as cruzes do Congo, vamos falar um pouquinho sobre o Opelé Ifá, como o Rosário se transforma em Opelé Ifá e todas essas questões de uma vivência que em um primeiro momento foi pautada em muita violência, a imposição do dogma cristão, mas que mesmo dentro dessa violência toda os povos africanos, as culturas africanas, conseguiram olhar para essas religiões com um olhar de afeto, com um olhar de amor e que é o que temos que fazer porque eles já reconheceram naqueles símbolos coisas que já carregavam dentro deles”.

Terceiro setor: as baianas e seus balangandãs

“Nós chegamos depois no Brasil, com esse sincretismo já iniciado, focando o nosso desfile na Bahia. Vamos desenvolver essa relação de como começa a aparecer essa diversidade grande de amuletos e de objetos de devoção nas ruas baianas. Vamos falar dos inquices, que eram esculturas de madeira que eles carregavam, que protegiam eles do mal. Vamos falar de como começa a surgir a ideia dos balangandãs, que também está muito intimamente ligada aos escravos muçulmanos e como essa relação foi se construindo de maneira sincrética dentro da Bahia. Quando temos uma penca de balangandãs, temos a romã, que é um símbolo de fertilidade para as religiões muçulmanas, temos paramentas de orixás, vamos ter o crucifixo, a pomba do Espírito Santo, vários elementos que dialogam com diversas religiões. A partir daí temos o símbolo dessa baiana brasileira que carrega todas as fés. O setor fala um pouquinho da construção dessa fé sincrética do brasileiro até entregarmos a penca de balangandãs como um símbolo máximo desse sincretismo religioso dentro da Bahia e como objeto de devoção que, além de carregar esse símbolo de fé, de tudo que você acredita, ele também carregava esse símbolo do poderio financeiro que começa a surgir dentro do sistema escravocrata com alguns escravos de ganho. Esses escravos de ganho em grande parte eram malês. Os ourives que faziam os balangandãs eram malês porque eles tiveram a oportunidade de continuar exercendo seu ofício dentro do sistema escravocrata. O sistema escravocrata sempre procurava tirar o melhor de quem chegava aqui, então não era todo mundo que era mandado para a fazenda. Eles conseguiam pegar esses escravos que tinham um desenvolvimento muito grande de algum artesanato, de algum objeto artístico e aproveitavam isso aqui também. Assim que surge a estética dos balangandãs”.

Quarto setor: o orgulho da crença

“Depois que a gente passa pelos balangandãs vamos para o nosso quarto setor. Aparecem as guias de orixá, que começam a estar presentes nas ruas não mais com medo, mas são exibidas com orgulho, independentemente de termos uma religião que oprimisse eles e que fizesse eles esconderem isso embaixo da roupa. Chega o momento em que isso vem para fora da roupa, chega de esconder! Nós vamos assumir a nossa fé, não vamos mais maquiá-la de nenhuma maneira! O nosso quarto setor fala justamente desse orgulho que se tem quando você consegue expressar o seu amor, o seu respeito e usar as suas guias de proteção dos orixás”.

Quinto setor: a relação da comunidade com seus amuletos

“A partir do momento em que vamos ver que temos todo esse cenário de diversidade religiosa construída e mostrada com orgulho, nós começamos a partir para a própria Mocidade Alegre, que é onde o sambista tem uma relação muito forte com esses amuletos, com esses símbolos de proteção. Quem nunca conheceu uma passista que bordava uma figa dentro da própria fantasia? Quem não tem a sua mandinga para fazer no dia do desfile? Quem não carrega um patuá? Quem não faz a sua oração antes do dia do desfile? Aqui no caso da Mocidade Alegre nós temos o símbolo do terço, a Solange popularizou isso no carnaval por meio dos dias de apuração, e agora o terço vira um símbolo para a comunidade inteira da Mocidade Alegre e um símbolo ecumênico também. Acho que o terço da Mocidade Alegre não é esse terço cristão, ele já é um terço que tem um pezinho no terreiro, e nós exploramos essa relação da Mocidade com o terço. Nós chegamos na figura dos patuás, de quem é que protege a Mocidade Alegre. Colocamos os nossos baluartes que já foram embora, que já fizeram a passagem, como os patuás que protegem a nossa escola de onde quer que eles estejam. São eles que estão protegendo o caminho da Mocidade Alegre. Eles pavimentaram o caminho, ensinaram qual era esse caminho e agora estão cuidando e nos protegendo para que esse caminho continue sendo trilhado da maneira correta. A grande celebração no final é feita com uma baiana da escola de samba, que é essa baiana que carrega todas as fés no pescoço. Essa baiana que tem o pé na igreja, tem o pé no terreiro, que descobrimos que ela tem o pé numa mesquita também. Encerramos o desfile com essa baiana, como esse símbolo maior da nossa relação com esses amuletos e de como eles são importantes no nosso dia a dia, como eles são importantes na história da nossa escola”.

Comunidade: o grande trunfo na busca pelo histórico ‘tri-tricampeonato’

Além da Mocidade Alegre (1971-73 e 2012-14), as escolas de samba Nenê de Vila Matilde (1958-60 e 1968-70), Camisa Verde e Branco (1974-76 e 1989-91) e Vai-Vai (1986-88 e 1998-2000) foram tricampeãs de forma consecutiva em duas oportunidades. A Morada do Samba, porém, será a primeira agremiação que terá a oportunidade de conseguir tal feito pela terceira vez em sua história. Para alcançar a marca inédita, a escola do Limão aposta em uma estética diferente dos últimos anos, mas para Caio Araújo o grande trunfo será o comprometimento da comunidade.

“Sabemos que são 14 escolas e todas elas estão se preparando para serem campeãs. Eu acho que no carnaval de São Paulo ninguém mais está preocupado só em desfilar, todas elas estão preocupadas em fazer um grande espetáculo Nós temos certeza disso, que todo mundo vai vir para fazer um grande carnaval e estamos nos preocupando também em fazer um grande carnaval. Acho que o grande trunfo da Mocidade vai ser sempre a comunidade dela. Acho que a paixão dessa comunidade, o comprometimento dela, o quanto eles dão o sangue e o suor pela escola, é um grande diferencial da Mocidade Alegre. Acho que as pessoas podem esperar uma Mocidade Alegre visualmente muito diferente dos últimos carnavais, vai ser um desfile surpreendente também nesse sentido, mas eu acho que o nosso trunfo é a nossa comunidade, e vendo os ensaios que estamos fazendo na quadra e os ensaios de rua eu tenho certeza de que o destaque do nosso desfile vai ser a atuação da nossa comunidade. Eu cheguei esse ano aqui na Mocidade e a primeira coisa que me impressionou foi ver o comprometimento da comunidade e do quanto eles abraçam esse pavilhão. O que eles precisarem fazer para no dia do desfile, para irem para cima e para tornar esse tri possível eles vão fazer. É uma sensação muito boa você saber que por trás de tudo isso, na linha de frente, está essa comunidade indo para cima no nosso desfile”, concluiu.

Mensagem do carnavalesco Caio Araújo para a comunidade da Mocidade Alegre

“Eu só quero agradecer em primeiro lugar por todo o carinho e toda a generosidade da comunidade comigo nesse primeiro ano. Já me senti em casa desde a primeira semana que eu estava aqui e eu quero só pedir para que eles continuem fazendo o que eles já estão fazendo nos nossos ensaios. Que eles deem o sangue, que eles deem o suor, que defendam esse pavilhão com o amor que eu sei que eles carregam no peito por essa escola. Se eles fizerem isso eu tenho certeza de que virá um grande resultado para nós nesse carnaval”.

Ficha Técnica
Enredo: “Quem não pode com mandinga não carrega patuá”
Alegorias: 4 carros + 2 tripés
Componentes: 1700
Alas: 17
Diretor de barracão: Mestre Sombra
Diretor de ateliê: Fabson Rodrigues

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