Na reta final dos preparativos para o Carnaval 2025, o Camisa Verde e Branco une legado e emoção em seu desfile. Em entrevista ao CARNAVELESCO, Jeyson Ferro, mestre de bateria do Trevo da Barra Funda e líder da Furiosa desde 2021, destacou a fusão entre a homenagem ao poeta roqueiro Cazuza e a preservação do DNA rítmico da escola, herdado de gerações.
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Legado da batida
Com passagens anteriores como mestre entre 2008 e 2013, Ferro reforçou a importância da batida característica da agremiação, consolidada na década de 1990 por seu tio Neno. “Essa batida de caixa do Camisa já vem lá de trás, vem com o meu Tio Neno, em 1990. Foi na transição do Divino, ele assumiu a bateria. Se não me engano, já tinha essa batida, que virou a característica da escola. Graças a Deus, quem passou antes e depois de mim vai manter essa identidade, o DNA da casa”, explicou, enfatizando o compromisso com as raízes que definem o som da Furiosa.
Cazuza no coração do enredo
O tributo a Cazuza, um dos maiores ícones da música brasileira, foi destacado por Ferro como um marco emocional. A escolha do tema promete levar à avenida não apenas a história do cantor, mas também a paixão que sua obra inspira na comunidade do samba. Fã declarado do artista, o mestre não escondeu o orgulho de integrar o projeto: “Sou suspeito de falar de Cazuza, porque eu sou fã. Graças a Deus, estou muito feliz por participar desse enredo”.
Com o objetivo de repetir os 40 pontos no quesito bateria – conquista que contribui para colocações de destaque no Grupo Especial –, Ferro ressaltou a disciplina da equipe: “Vamos trabalhar muito, é o nosso objetivo. Temos que nos concentrar para tudo dar certo, fazer a nossa parte na pista. Que Deus vai abençoar”. A afirmação reflete o clima de determinação que permeia os ensaios, mesclando técnica e devoção.
Enquanto finaliza os ajustes, o Camisa Verde e Branco carrega nas costas a responsabilidade de honrar duas histórias: a de Cazuza, eternizado em versos e melodias, e a da própria Furiosa, cuja batida ecoa há décadas como sinônimo de resistência cultural. Na bagagem, a promessa de um desfile que vai além do espetáculo – é um recado de tradição, orgulho e samba no pé.