A Unidos do Viradouro encerrou, na noite do último domingo, a temporada de ensaios de rua, na Avenida Ernani do Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, rumo ao carnaval de 2025. A Vermelha e Branca realizou mais uma apresentação dentro do “Padrão Viradouro”, com a força de seus quesitos, mantendo o alto nível do início ao fim do treino, e a organização característica da escola. Desde os primeiros ensaios de rua na Amaral, a Viradouro mostrou performances de alto nível, apresentando desempenhos crescentes até o último treino na rua. Em 2025, a Viradouro será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval e levará para a avenida o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon.
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“O ensaio de hoje foi do jeito que eu queria, crescente, a escola chega no seu último ensaio da Amaral no ápices dos ensaios. O ensaio, ao meu ver, foi tecnicamente perfeito, com muita paixão, muita garra, muito canto, muita vibração, os quesitos foram muito bem defendidos. A escola, hoje, está numa fase e num nível de trabalho de excelência, de performance, a gente vem realmente realizando ensaios muito fortes. Hoje, foi o melhor deles, no momento certo, e agora é fazer dois ensaios na Marquês de Sapucaí. Repito, dois ensaios. Não virou desfile, não. Vamos ensaiar duas vezes e aí sim, buscar o nosso melhor no dia do desfile. Mas, podem esperar ensaios de excelência e que a gente consiga fazer grandes performances na avenida também, emocionar o público e proporcionar à nossa comunidade noites agradáveis e de muita festa e muito amor”, avaliou o diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil.
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“A escola já vinha se preparando muito bem pra defender pontos na avenida. Esse ano com uma mudança no conceito, no julgamento, deixando de ser um comparativo. Se a gente já tinha um olhar interno, esse ano passa a ser 200%. Eu acredito que se a gente mantiver o que a gente vem fazendo nos últimos anos, principalmente o que a gente vem fazendo neste ano, por exemplo, com enredo e samba melhores que o do último carnaval, com o que eu sei que a gente vai apresentar de carros e roupas. O que eu acredito é que com o potencial que a escola tem de conjunto, competitivo, eu acredito que a gente tenhamuito mais êxito nesse novo modelo, como eu falei, onde a nossa nota independe da nota da outra. Eu acredito que a escola tem boas chances, novamente, de buscar o seu lugar ao sol”, completou Marcelinho.
Comissão de Frente
Comandada pelos gabaritados coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, a comissão de frente da Unidos do Viradouro brindou o público, mais uma vez, com uma bela e bem trabalhada apresentação. Os componentes realizavam uma forte, marcada e sincronizada dança. Em suas mãos, eles carregavam em ramos de folhas que ao tocarem no chão soltavam faíscas. Um dos componentes representava o homenageado do enredo, Malunguinho, e fez uma bela interpretação. A coreografia gera uma enorme expectativa para o que será apresentado no desfile oficial.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
O experiente casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos do Viradouro, Julinho Nascimento e Rute Alves, deu mais um show na Avenida Ernani do Amaral Peixoto. O bailado da dupla, a cada ensaio mais entrosado e preciso, conseguiu encantar a todo o público presente. A coreografia mescla elementos da dança tradicional com referências à letra do samba-enredo da escola, sempre com muita pertinência, como no trecho “Trago a força da Jurema/ Não mexe comigo não”. Era de impressionar os fortes giros realizados pela porta-bandeira Rute, acompanhados de movimentos fortes e muito técnicos do mestre-sala Julinho.
Harmonia e samba
A combinação entre o samba-enredo da Viradouro, o carro de som comandado por Wander Pires, a bateria “Furacão Vermelho e Branco” e o canto da comunidade viradourense tem mostrado, a cada ensaio, um entrosamento que beira a perfeição, contribuindo para o desempenho brilhante da parte musical da escola. Em termos de canto, a comunidade da Vermelha e Branca provou, mais uma vez, estar com o samba na ponta da língua, tendo uma intensidade constante no canto do início ao fim do ensaio de rua.
Essa força da comunidade se soma ao carro de som comandado com maestria pelo intérprete Wander Pires e à bateria “Furacão Vermelha e Branco”, de mestre Ciça. A se destacar, ainda, a bela introdução ao samba feita pelo carro de som, com pontos de Malunguinho.
O samba-enredo, de autoria de Paulo César Feital, Inácio Rios, Márcio André Filho, Vaguinho, Chanel, Igor Federal e Vitor Lajas, tem comprovado o acerto da escola na escolha. A obra, uma das melhores da safra de 2025, tem conduzido com excelência os ensaios de rua da Viradouro. De destaque, o refrão principal “A chave do cativeiro// Virado no Exu Trunqueiro// Viradouro é catimbó// Viradouro é catimbó// Eu tenho corpo fechado// Fechado tenho meu corpo// Porque nunca ando só”, que tem sido o momento de maiorexplosão do canto da comunidade.
Evolução
Dentro do “Padrão Viradouro” de qualidade, a organização e fluidez da evolução dos componentes da escola nos ensaios e desfiles tem sido uma das características da Vermelha e Branca nos últimos anos. E isso se mostrou mais uma vez no último ensaio de rua da escola, com os componentes desfilando de forma compacta, mas sem perder a empolgação e a leveza. A escola demonstra estar pronta para se apresentar nos ensaios técnicos e no desfile oficial.
Outros Destaques
A bateria “Furacão Vermelho e Branco”, comandada por mestre Ciça, mostrou, mais uma vez, estar em alto nível e deu um show na Amaral Peixoto. As bossas executadas contribuíram muito para o bom desempenho do canto da escola. A rainha de bateria, Erika Januza, marcou presença e foi ovacionada pelo público presente. No final do ensaio, foi possível observar a emoção da atriz com o carinho recebido pelo público ao longo do treino da Viradouro.