Estreante como autora de samba-enredo, Anitta assina a obra oficial que representará a Unidos da Tijuca na Marquês de Sapucaí no próximo Carnaval. Ao lado de renomados compositores do mundo carnavalesco, a artista mergulhou no universo das tradições afro-brasileiras para falar sobre Logun Edé. O orixá é filho de Oxum e Oxóssi e está associado à prosperidade, beleza, fartura e ao encanto. A parceria foi composta com a participação de Estevão Ciavatta, Feyjão, Miguel PG, Fred Camacho e Diego Nicolau, resultou em um dos sambas mais elogiados da safra e ganhou o coração da comunidade tijucana.
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Para a passista e estudante de fisioterapia, Letícia Loureiro, de 23 anos, a excelência do hino e a visibilidade da artista vão ajudar e muito no desfile da Amarelo Ouro e Azul Pavão.
“Acho que deu muito certo. É o melhor samba desde 2003. Há uns 20 anos que a Tijuca não tinha um sambão desse. Acredito que foi muito bom para a escola em questão de visibilidade, lógico, e ela também é uma ótima compositora. Sou apaixonada nela. Ela se juntou com ótimos compositores que já fazem um ótimo trabalho na escola há muitos anos. Eu adorei”, opinou a passista.
E a cantora do pop brasileiro não é a única estreante na Tijuca. Encantados pelo samba e enredo, filhos do Orixá também decidiram participar do desfile. É o caso do profissional de marketing, Bruno Fernandes, de 36 anos. Ele destaca que a entidade é pouco conhecida, mas pode ajudar a Tijuca no caminho da prosperidade, rumo ao título.
“Logun Edé é um orixá muito incompreendido. Ele é o último dos orixás e as pessoas ainda não entendem. A Tijuca vai poder contar sobre esse orixá, que é um orixá da prosperidade e alegria. Daí, vamos conseguir colocar a Tijuca num caminho de prosperidade. Vai ser um marco, porque é a cara da Tijuca. É o Odu, é cumprir seu destino e propósito”, confiante, afirmou o componente.
Já Rodrigo Santana, de 39 anos, participou de todas as disputas de samba e decidiu se inscrever em uma das alas após ficar encantado pelo hino. Para ele, a força tijucana somada à visibilidade de Anitta ajuda a mostrar a força do candomblé e na compreensão de Logun Edé.
“Esse samba me envolveu bastante. É a fé do povo. Logun Edé é um orixá que muita gente não conhece. Trazer quem é o orixá certamente fortalece a fé da população. É uma revolução para a religião, porque a religião precisa de pessoas que venham trazer e mostrar que o candomblé não é só uma coisa de esquina ou do passado. É algo que se renovou e cresce”, afirmou Rodrigo.
Com a força do orixá, a Unidos da Tijuca vai abrir a noite de desfiles na segunda-feira de Carnaval.