Por Gabriel de Souza e Matheus Morais
Após um dia bastante chuvoso, a Tijuca realizou seu primeiro ensaio de rua, na noite da última quinta-feira, na Via D1, perto de sua quadra no Santo Cristo. Se preparando para levar a Sapucaí o enredo “Logun-Edé – Santo menino que velho respeita”, do carnavalesco Edson Pereira, a escola será a primeira a desfilar na segunda de carnaval, dia 03 de março. A escola do Borel contou com a presenca da rainha Lexa à frente da “Pura Cadência”. O intérprete Ito Melodia comandou o carro de som da Azul e Amarelo e reforçou a importância do samba-enredo de 2025, em especial após o desempenho no desfile do Dia Nacional do Samba, no último fim de semana, como um momento dr buscar fortalecer os quesitos e segmentos da ecola do Borel.
* Seja o primeiro a saber as notícias do carnaval! Clique aqui e siga o CARNAVALESCO no WhatsApp
“A importância do nosso samba é 100%, principalmente, depois do minidesfile que nós fizemos na Cidade de Samba, quando demos a cara e mostramos o que a Tijuca pretende e o que quer. Foi um desfile realmente com muita garra, muita emoção, a escola cantando muito. Aqui é mais uma prova para gente fortificar mais ainda o canto da escola, a bateria e o carro de som. A gente quer a perfeição. A gente já tinha a ideia do que poderia acontecer quando começamos o ensaio na quadra, e, na Cidade do Samba, foi a prova de que a Tijuca estava preparada e que escolheu um samba maravilhoso. Muito feliz que tudo está acontecendo, a energia está muito forte”, disse o cantor.
Fernando Costa, diretor de carnaval do Pavão, sublinhou o canto no último fim de semana como um dos pontos altos e que busca manter o mesmo padrão nos ensaios. “O canto da escola sempre foi forte e nós demonstramos isso no minidesfile. Os nossos 300 componentes cantaram e evoluíram bem”, afirmou Costa.
Condutores do pavilhão tijucano, Matheus André e Lucinha Nobre marcaram presença na abertura da temporada de ensaios de rua, em uma data muito especial, sendo aniversário da porta-bandeira, que destacou a importância do treino para a agremiação.
“O ensaio de rua é o momento no qual trabalhamos a construção e testamos quais movimentos iremos levar à Avenida. É o momento de se conectar com a comunidade e entender o que funciona. Nós tentamos dar a atmosfera como se estivéssemos no desfile”, garantiu.
Lucinha tambem descreveu como esse momemto marca a ela e a escola, em um reencontro, onde ela veio conectada com Logun-Edé em um figurino inspirado no pavão. “É uma quinta-feira e meu aniversário. Eu e Logun-Edé já estamos íntimos. Nós estamos nos conectando com a comunidade. Estou muito feliz de estar aqui. É um momento de recomeço com a escola, de encontro com si mesma. A ideia é estar conectando com o santo e o símbolo da escola”.
Matheus André citou a busca pelo aperfeiçoamento da dança do casal em vista do proximo carnaval. “Nós temos que melhorar tudo. Melhorar sempre até o desfile”.
Mestre Casagrande, comandante da “Pura Cadência”, explicou algumas bossas que a bateria vai levar para a Avenida no ano que vem. Ele citou que já vem buscando tocar para o santo.
“Na rua a gente consegue ensaiar com quase a totalidade da bateria. Começamos a ensaiar a velocidade do samba agora, ajustando algumas coisas do carro de som, as bossas, que a gente está fazendo, e ainda temos mais duas bossas para colocar em prática. O nosso desafio maior é fazer com que nossos tambores toquem para o santo, Logun-Edé. A gente está muito preocupado com isso. Vamos fazer as duas batidas para o santo, que é o ijexá e o aguerê dentro dos instrumentos que a gente tem característica da cultura de bateria do Rio de Janeiro”, explicou o mestre de bateria.