A Unidos da Ponte gravou oficialmente o samba-enredo para o disco da Liga-RJ no estúdio em Marechal Hermes. Com o enredo “Antropoceno”, desenvolvido pelos artistas Rodrigues Marques e Guilherme Diniz, a proposta busca uma reflexão sobre a relação entre o ser humano e o planeta Terra,. O intérprete Leonardo Bessa encabeça o carro de som da azul e branco de São João de Meriti para o próximo carnaval. Ele contou o sentimento de gravar a faixa.

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Fotos: Gabriel de Souza/CARNAVALESCO

“A sensação é a melhor possível. A Unidos da Ponte tem um grande samba que irá embalar os nossos corpos no próximo carnaval”.

Ao lado do cantor, sentado na cadeira enquanto a bateria montava os instrumentos, o presidente Tião Pinheiro comentou sobre a nova equipe que a Ponte montou para o carnaval de 2025.

“Carnaval é o grande veículo de todas as possibilidades. Houve uma reestruturação na escola, que fico satisfeito. Sob determinada ótica, eu fico contente quando vejo que um grupo de trabalho realizou um trabalho, que se valorizou e alçou vôo. Estamos trazendo de volta o Leonardo Bessa para o jogo, porque é um grande intérprete, além de que estou muito satisfeito com o trabalho do Darlan. A Ponte trará surpresas importantes”.

Tião também ajudou na escrita do samba-enredo ao lado dos compositores Edu Casa Leme, Totonho, Carlos Kind, Vitor Hugo, Marcelinho Santos, Romeu D’Malandro, Marcos Barberino, Júnior Falcão, Jonas Marques, Téo Dimeriti, Ricardo Simpatia. A música traduz o enredo sobre a conscientização ecológica, com ênfase nas estrofes “É bicho morrendo queimado (ah, meu Deus) / Ipê tombado à ganância em profusão!/ Desmatam a vida, garimpam os sonhos /Maré que deságua em extinção!”.

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Desse modo, o presidente falou sobre a escolha do tema e sobre a recepção da comunidade. “O desafio também encontra-se em falar do que é novo, ou seja, fora da zona de conforto. A comunidade reagiu positivamente, pois nós somos movidos a desafios. Uma instituição da cultura popular pode contar uma história que está sendo discutido dentro da Academia. Isso é muito bacana, porque resulta em uma provocação e em alerta. A curadoria do Museu do Amanhã, por exemplo, que tem uma exposição permanente sobre o antropoceno, ficou entusiasmada e está conversando com os nossos carnavalescos”.

Mestre estreante, mas preparado

Darllan Nascimento é o novo mestre de bateria da Unidos da Ponte, encabeçando a “Ritmo Meritiense”, que recebeu as notas máximas no quesito no carnaval passado; Após ter experiências como diretor no Salgueiro e na Acadêmicos de Vigário Geral, ele pontua qual é o sentimento de comandar, pela primeira vez, uma bateria.

“É uma sensação inenarrável, pois é a minha estreia na Avenida. Eu estou realizando o meu sonho, durmo e sonho com isso”.

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Darllan detalha como será o ritmo do samba. “Nós utilizaremos os próprios elementos da bateria para fazer o musical indígena. Assim que recebi o samba, passei uma semana pensando em como montar a melodia, então estou animado”.

Em 2025, a Unidos da Ponte irá se apresentar na sexta-feira de carnaval, primeiro dia de desfiles da Série Ouro, sendo a quarta escola a cruzar a Marquês de Sapucaí.