Em uma noite muito emocionante, o Tuiuti realizou seu primeiro ensaio de rua, em São Cristóvão, com um grande engajamento de sua comunidade, que se destacou pelo canto forte, e pelo conjunto da performance da bateria “Super Som”, comandada por mestre Marcão, em parceria com o carro de som liderado por Pixulé. O ensaio contou com a presença do mestre-sala Raphael, que não ensaiou devido a questão de saúde, mas que acompanhou cada momento. A agremiação levará para a avenida o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”, do carnavalesco Jack Vasconcelos, sendo a segunda escola a desfilar na inédita terça-feira de carnaval.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Rodrigo Soares, um dos diretores da comissão de carnaval da agremiação, estava com uma boa expectativa para o primeiro ensaio da Azul e Amarelo de São Cristóvão, e para a temporada dos ensaios de rua como um todo, destacando a maturação que a escola teve trabalhando com o samba para o próximo carnaval e como o foco será treinar a evolução ao longo dos ensaios.

Vídeo: veja arrancada e ala a ala do Tuiuti no primeiro ensaio de rua para o Carnaval 2025

“A escola se preparou, sendo a primeira a lançar o samba, a gente vem com esse tempo todo de maturação, trabalho de quadra, com a bateria e carro de som. Hoje é conseguir colocar o contingente na rua e começar a trabalhar a parte de evolução. A expectativa é grande, a comunidade está abraçando muito esse projeto do Tuiuti 2025. É uma comissão formada de novo esse ano, e eu volto com uma bagagem do meu passado na escola, mas o que acho é que a gente precisa que o componente acredite na escola, nessa retomada, e esse enredo tem tudo a ver para esse momento”.

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Rodrigo Soares, um dos diretores da comissão de carnaval da agremiação

Destacando o que esperava para o ensaio, Rodrigo também comentou sobre o andamento do barracão e como o projeto da agremiação corre dentro do tempo, com algumas partes já adiantadas.

“Espero que o pessoal tire a poeira, bata a camisa, e que a gente comece bem, no sentido de o componente estar alegre. A escola sabendo o que ela quer, o trabalho que precisa desenvolver para alcançar resultado. O barracão está aquela correria, tem bastante coisa adiantada, principalmente, de fantasia. A parte de carros já está toda na madeira. Estamos bem adiantado com o projeto da escola”.

De frente para o tradicional Colégio Pedro II, o intérprete Pixulé iniciou os trabalhos com uma introdução realizada em parceria com a bateria, e com a voz de Bel Barbosa, que entoou os primeiros versos do samba. O cantor levou a obra tranquilamente, com o auxílio do carro de som.

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Intérprete Pixulé

“É o primeiro ensaio, a partir de hoje, a porrada começa a cantar e as expectativas são as melhores possíveis. Fizemos uma introdução diferente, uma parada legal que envolve a bateria. Uma novidade muito bacana, que foi elaborada por nós, da ala musical, não só pelo Pixulé, porque uma andorinha não faz verão sozinha. Nós trouxemos essa introdução e a bateria abraçou e a escola gostou. Espero a comunidade cantando, porque o samba é um boom, é muito esperado, não só no minidesfile, mas no ensaio técnico e no desfile oficial”.

Em decorrência do rompimento no tendão de aquiles, o mestre-sala Raphael Rodrigues, ainda em processo de recuperação, acompanhou o ensaio da escola, assim como Dandara Ventapane, primeira porta-bandeira da agremiação. O segundo casal da escola, Leonardo Thomé e Rebeca Tito, participaram do posto durante o ensaio. O CARNAVALESCO também conversou com Dandara e Raphael sobre o que eles esperam desta temporada de ensaios de rua. Dandara afirmou que será um ano com uma motivação a mais de superação para o casal.

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“Quando a gente vem para a rua, a primeira coisa que a gente repara, e hoje foi a primeira vez que eu assisti o ensaio de rua do Tuiuti, é o canto da comunidade, a força, e foi muito bom, foi uma energia a mais para mim, de assistir por um outro olhar, como a escola se apresenta. A rua é o termômetro, a energia da escola, é agora que a gente começa a fazer o samba crescer, o canto, a evolução. Vai ser um ano de preparação intensa, todo ano é intensa, mas um ano com uma superação a mais, mas que a gente está muito motivado”.

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Dandara falou também sobre a recuperação de Raphael e a previsão de retorno do ensaio do casal em vista do próximo carnaval, também fazendo um balanço do que eles buscam manter e do que buscam melhorar em vista do próximo carnaval.

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Porta-bandeira Dandara Ventapane

“A gente volta a ensaiar essa semana, primeiro internamente, entendendo como está o processo dele, está fazendo um acompanhamento muito forte, a gente vai aliar a dança junto com essa recuperação dele que tem sido incrível em tudo que eu venho acompanhando. Estamos muito ansiosos para essa semana que a gente retoma, fizemos algumas reuniões remotas, eu fiquei ensaiando um pouco sozinha, preparando já o que a gente vai colocar em prática agora. Já estávamos muito com o intuito de ter uma coreografia com bastante fluxo de dança, e isso é o que a gente procura manter, se apropriar ainda mais desses elementos. Faltam alguns pequenos detalhes assim de ajuste em relação a isso e principalmente trazer mais ainda o significado do bailado do casal, que a gente vem buscando desde o último ano”.

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Mestre Marcão, comandante da “Super Som”, destacou como o trabalho realizado ao longo dos meses ajuda nos ensaios de rua, mas mesmo assim, há algumas questões que só podem ser vistas no momento em que se vai para a rua.

“Foi o primeiro ensaio de rua, mas a gente já vem trabalhando há longos meses. É tudo mais fácil o modo de criar, de fazer as coisas, porque a gente vê a dinâmica mesmo lá fora. Algumas coisas que dá, tem outras coisas que não dá, hoje mesmo a gente já estava debatendo a respeito disso, do que foi bom, o que foi ruim, e o que a gente pode melhorar. Algumas coisas mínimas que a gente vai trocar, porque estamos no tempo”.

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Mestre Marcão

Marcão também comentou o que vem preparando de bossas, e como está sendo o processo de criação das mesmas, baseadas em cima da melodia do samba.

“Muita gente pensa que o nosso enredo é África, a gente passa na África, passa na Bahia. Estamos vendo na bateria o que podemos fazer com esse enredo, o que a gente pode não fazer. Tem umas partes que a gente vai bem fazendo bossa, uma melodia que fica maneira. No refrão do meio a gente está fazendo um reggae, que eu já tinha essa ideia lá atrás. O outro lado a gente faz tipo um Congo. Gosto de trabalhar muito em cima de melodia, porque ela te dá um caminho”.

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