Segunda escola a realizar as gravações para o audiovisual e faixa do álbum 2025,a Dom Bosco de Itaquera contou com a extrema felicidade dos seus integrantes no coral. Não podia ser diferente, já que a agremiação irá para a avenida com o enredo “O Circo Místico das Ilusões”, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Gouveia. Além do coro, há de se destacar a introdução do samba-enredo feita por duas mulheres antes de o intérprete Rodrigo Xará colocar o seu grito de guerra dentro da obra. O CARNAVALESCO acompanhou de perto e conversou com pessoas que estavam na linha de frente da gravação da escola.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

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Ouvir a faixa e ensaiar melhor

Antes de entrar no estúdio, o intérprete Rodrigo Xará exaltou a importância da gravação ao vivo. Para o cantor, o produto valoriza e a busca dos sambas-enredos será maior, além de sair da bolha dos sambistas. “Eu acho que é legal, é um produto que a gente tem que trabalhar cada vez mais para sair do nosso universo, para as pessoas de fora começarem a ver o nosso carnaval, consumirem mais esse produto carnaval, e acho que a parte ao vivo proporciona muito isso. O ao vivo traz bastante isso e acho que é importante. A estrutura está impecável e então vamos fazer um trabalho bem bacana. Tenho certeza que a galera vai gostar”, disse.

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Ainda sobre a gravação ao vivo, Xará ponderou que a intenção é fazer com que a comunidade da Dom Bosco cante melhor o samba-enredo ao escutar a faixa, pois desta forma os componentes vão ter um desempenho satisfatório nos ensaios rumo a avenida. “A gente trabalha de uma maneira diferente para que a comunidade entenda como vai ser o samba e a largada. Nós vamos gravar da mesma forma que o samba vai para a avenida. De algo diferente a gente tem um cântico cigano de teatro, mas a gente procura deixar para a galera fixar mais fácil, já deixar do jeitinho no CD para todo mundo ouvir e ensaiar melhor”, explicou.

O cantor exaltou o trabalho que tem feito com a ‘Bateria Gloriosa’, comandada por mestre Bola, e contou que dentro da agremiação de Itaquera é tudo feito em equipe. “O mestre Bola é meu amigo pessoal e a nossa ‘Bateria Gloriosa’ é sensacional. A gente não faz nada sozinho, tudo é conversado na Dom Bosco, não tem nada que o Xará faz, ou o Bola faz, ou alguém faz. Toda a parte musical a gente conversa. A escola que escolheu esse samba e isso acho que facilita quando a agremiação já direciona”, concluiu.

Importante para a Dom Bosco, bateria ensaiada e samba fácil

Seguindo a linha do intérprete, o mestre Bola também exalta a iniciativa da Liga-SP, servindo para divulgar ainda mais o carnaval paulistano e também para a Dom Bosco, que irá disputar o Acesso 1 pela segunda vez. “Eu acho muito boa a iniciativa da Liga-SP. Com certeza vai dar mais visibilidade para o carnaval de São Paulo. Para nós da Dom Bosco também, que apesar do bom resultado nesse ano, estamos chegando agora no Acesso 1”, declarou.

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Para a gravação, o experiente mestre do carnaval paulistano conta que realizou um ensaio para o trabalho ficar fácil de executar. Já com tudo feito, Bola elogiou o samba-enredo e o coral, que, de acordo com ele, é fácil de cantar. “Fizemos um ensaio especial. A gente chega aqui para não ficar demorando muito, gravar tudo direitinho e fazer tudo correto. Mas deu certo. É um samba muito bom, que foi feito pelos mesmos compositores dos outros anos. Tem uma melodia que a escola gosta e dá para se divertir bastante, tanto a bateria, como quem está cantando. O coral deu um show, a letra é fácil e vamos seguindo”, completou.

Canto fluindo e comunidade engajada

Após a gravação, o diretor de carnaval Carlos Shakila não escondeu a felicidade pelo fato da escola estar participando desse projeto, pois a Dom Bosco é uma escola jovem e está caminhando de forma correta rumo às posições maiores. O dirigente descreveu como uma ‘experiência única’ realizar o audiovisual. “Sem dúvidas uma experiência única. É a primeira vez da Dom Bosco aqui nesse formato muito bom, uma gravação ótima, escola comprometida e isso é o que vale. O povo fez questão de vir, a escola conseguiu entregar um bom canto, fazer uma gravação de primeira, o que é legal demais. Mostra que está bem organizada. Esse ano está valendo muito a pena, a gente vem de um terceiro lugar que foi maravilhoso da pista e todos estão continuando com a vibe lá em cima. Hoje provou que nosso canto está caminhando bem e isso vale muito”, afirmou.

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Exaltando o samba-enredo para 2025, Shakila revelou que a agremiação realizou ensaios para marcar espaços de acordo com o que encontraria no no estúdio. “É bem engraçado porque nós escolhemos o samba há alguns meses e o pessoal gostou e comprou a ideia. Na quarta-feira nós fizemos um mini ensaio para marcar palco, marcar espaço e para o pessoal entender onde cada um ia ficar. Só que a nossa escola gosta do jogo, a nossa escola gosta de vir para apresentação. Isso é maravilhoso, fica muito mais fácil para gente que gerencia e dirige o trabalho, porque não precisa exigir muito. O povo gosta dessa loucura boa”, declarou.

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Apesar de ser um dos bairros com maior número de população, Itaquera fica um tanto distante da Zona Norte de São Paulo, onde se concentra o Anhembi e a região central da cidade, que se localiza na Fábrica do Samba. Apesar disso, a comunidade da Dom Bosco não se intimida com a distância. O diretor Carlos Shakila explicou toda a logística. “Na verdade, Itaquera é perto. Vocês que estão longe da gente. Brincadeiras à parte, tem gente da nossa escola que vem de Barueri, Jabaquara, fora nosso grande público que é da Zona Leste. Para nós é o costume. A logística é boa, porque em uma sexta-feira a gente sai de lá 20h30, tranquilo mesmo, não é a mesma coisa se fosse para a pista. Se lá em uma sexta-feira no Anhembi a gente fosse a primeira escola, teria que chegar muitas horas antes, mas para nós foi bem tranquilo, deu super certo”, finalizou.