Em uma decisão ousada, a Acadêmicos do Grande Rio acaba de anunciar ao CARNAVALESCO que todas as suas alas no Carnaval de 2025 serão compostas exclusivamente por integrantes da comunidade. A medida tem como objetivo fortalecer a uniformidade e a sintonia na Avenida, garantindo que todos os participantes estejam preparados para representar a agremiação. A diretoria da escola destaca a importância dos ensaios para que cada integrante esteja alinhado com o espírito e a proposta do desfile. Segundo o diretor de carnaval, Thiago Monteiro, o comprometimento da comunidade é essencial, já que não basta apenas decorar o samba.

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Foto: Ewerton Pereira/Divulgação Grande Rio

“Cada enredo tem um espírito e uma forma de se expressar. O componente precisa entender o que está contando, conhecer as bossas da bateria e o andamento da escola”, afirma.

Para a Grande Rio, “comunidade” inclui tanto moradores de Duque de Caxias, onde a escola está localizada, quanto pessoas que, apesar de residirem longe, dedicam-se a frequentar os ensaios regulares. Há componentes que vêm de locais distantes, como Teresópolis, Petrópolis, para estarem presentes toda semana, o que, para a escola, representa o verdadeiro espírito de pertencimento.

“A pessoa que sai de Barra da Tijuca ou de outra cidade para estar aqui, terça-feira e domingo, é nossa comunidade”, comenta o presidente Milton Perácio, enfatizando que o treinamento intensivo resulta em uma escola homogênea e preparada para evoluir em perfeita sintonia na Avenida.

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“O carnaval é uma competição muito acirrada. E, em função dessa competição, a gente precisa que o nosso componente entenda o que a gente pretende passar na Avenida. Não basta a pessoa decorar o samba e achar que está pronta para o desfile. Cada enredo tem um mote, um espírito, uma forma de se expressar, o componente tem que entender o que efetivamente está contando, conhecer as bossas da bateria, os movimentos que a escola faz, conhecer o andamento da escola, a dinâmica de desfile, e isso tudo você só adquire através de ensaios”, explica Perácio que junto com o diretor de carnaval deixa uma notícia triste para alguns; não há mais vagas para desfilar na agremiação, no ano que vem.

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“Hoje estamos com a Grande Rio completa, mas há filas de espera, porque, como eu já falei, a gente precisa ter frequência nos ensaios. E não raro acontece de pessoas que, lamentavelmente, por um motivo ou outro, não conseguem acompanhar o ritmo de ensaios e acabam ficando pelo meio do caminho durante o processo de ensaios, durante o processo de pré-carnaval. E as filas de espera são contempladas. Essas pessoas da fila de espera ensaiam com a gente, mas a gente é muito claro dizendo que precisa aguardar as vagas surgirem”, explica Monteiro.

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Com um número limitado de vagas para o desfile, a escola adotou um critério rigoroso, exigindo frequência e participação nos ensaios como requisito para quem deseja integrar o time oficial.

“Hoje temos filas de espera, e aqueles que conseguem manter a frequência e aderem ao nosso ritmo são gradualmente inseridos”, explica. Para os que estão aguardando uma vaga, a escola reforça que a dedicação aos ensaios é indispensável.

“A busca pela vitória exige foco e seriedade. Com nove quesitos rigorosamente avaliados, a Grande Rio mantém uma abordagem voltada ao treinamento completo dos componentes. A integração de todos os elementos garante que cada componente não seja apenas um ‘brincante’, mas um ‘desfilante’ comprometido em contar a história da escola com precisão. Ele tem um personagem a interpretar, e isso só se adquire com os ensaios”, conclui Thiago Monteiro, reforçando que a união e a disciplina dos componentes são o diferencial da escola para fazer um bom desfile na Sapucaí.

Em 2025, a Grande Rio irá apresentar o enredo “Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora e será a terceira agremiação a desfilar, na terça-feira de carnaval.