O carnavalesco João Vitor Araújo conversou com o CARNAVALESCO sobre o momento em que vive na Beija-Flor. O artista é, pelo segundo ano consecutivo, o responsável pelo desfile da escola de Nilópolis. Após gabaritar o quesitos Fantasias em 2024 ele prepara a homenagem para Laíla, um dos maiores sambistas da história do carnaval.
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Durante o bate-papo, João Vitor falou do enredo de 2025 da Deusa da Passarela, contou o que está projetando para o conjunto de fantasias, que já recebeu muitos elogios nas fotos divulgadas pela escola, e revelou detalhes das alegorias para o desfile do ano que vem. Veja abaixo a entrevista completa.
O que representa para você desenvolver esse desfile em homenagem ao Laíla?
“Falar sobre o Laíla é falar um pouco sobre todos os profissionais do carnaval. É sempre bom lembrar que o nosso homenageado atuou em praticamente todas os setores de uma escola de samba. Para mim está sendo um desafio imenso. Um enredo muito bem pensado, muito bem pesquisado para que tudo fique a altura deste grande sambista que sempre foi tão exigente e rigoroso com tudo. Acho que de certa forma todos nós estamos sendo laureados com este enredo. Muito bom fazer parte deste momento em que a Beija-Flor faz justiça a este homem que tanto fez para o carnaval e para a escola”.
Você vem de gabaritar o quesito Fantasias em 2024. O que o nilopolitano pode esperar do seu conjunto de fantasias para 2025?
“Olha, sou suspeito em falar sobre o nosso projeto. Quem me conhece sabe que não sou de ficar elogiando o que faço. Gosto mais de sentir a reação daqueles que trabalham comigo e de pessoas ligadas a escola. Depois de ouvir a opinião de pessoas super importantes que viram o projeto, acho que temos mais um conjunto a altura da nossa escola. Às vezes ouço muitos pedidos para que as fantasias sejam leves e frescas. Faço o possível para que não sejam tão grandes, pesadas e quentes, mas o público, o júri estão sempre esperando coisas grandiosas. Eu fico ali no meio tentando agradar todas as partes. Mas sempre ciente de que é difícil demais atender a todos”.
Em cima das fantasias, o que você pode falar delas em leituras, uso de materiais e a exuberância que o nilopolitano gosta?
“Vocês estiveram no barracão e observaram a quantidade de materiais diferentes que utilizamos na confecção de nossas fantasias. Tudo feito com muita pesquisa e na dosagem certa para que tudo aquilo reluza feito ouro na avenida. Sem extravagância no uso de tecidos absurdamente caros, aviamentos e pedrarias igualmente caros. A pesquisa e o cuidado na hora de pensar e usar materiais mais em conta e alternativos, deve ser sempre minuciosa e com bom gosto. Tenho sorte de ter excelentes profissionais dentro da escola que me ajudam a executar este trabalho de forma brilhante”.
E o conjunto de alegorias o que você está projetando para 2025?
“Temos um excelente conjunto alegórico. Como eu disse acima sobre as fantasias, não elogio e me apaixono pelo meu projeto de cara. Prefiro sentir a reação das pessoas.
Vale lembrar que no último carnaval quase gabaritamos, se não fosse o problema na alegoria de número quatro que teve sua lateral arrastada na grade quando virou no setor 1. Tivemos uma escultura danificada. Com o descarte, ficamos 1 décimo de gabaritar o quesito. As alegorias estão sendo preparadas com muito esmero e atenção para que nada fuja do nosso planejamento (tecnicamente falando). Essa parte é sempre discutida (no melhor sentido) entre mim, nossa projetista, nosso ferreiro, nosso diretor de carnaval e nosso diretor de barracão e financeiro, para que tudo saia da forma planejada”.