Faleceu nesta quinta-feira, José Francisco de Oliveira Neto, o mestre-sala Chiquinho, que conquistou seis títulos na Imperatriz e dançou com a mãe Maria Helena. Ele estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte, devido uma infecção bacteriana. Na verde, branco e dourado da Zona da Leopoldina, sua maior paixão, Chiquinho atualmente ocupava o posto de “jóia da coroa”, maior honraria destinada aos baluartes da agremiação. Ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.

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José Francisco de Oliveira Neto, mais conhecido como Chiquinho, foi um dos mestres-salas mais talentosos e inovadores da história do carnaval carioca. Nascido em 2 de novembro de 1963, ele cresceu no ambiente do samba e cedo mostrou aptidão para o papel de mestre-sala, função que exige habilidade, leveza e carisma para conduzir a porta-bandeira em plena harmonia na avenida.

Sua trajetória ficou marcada por sua atuação na Imperatriz Leopoldinense, onde formou uma lendária parceria com sua mãe, Maria Helena, porta-bandeira da escola. Juntos, conquistaram seis títulos de campeões e inúmeros prêmios, incluindo dois Estandarte de Ouro.

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Foto: Reprodução/Redes sociais

Chiquinho destacou-se por suas inovações na dança, sendo o primeiro mestre-sala a incorporar passos que rompiam com o tradicionalismo, como o famoso “moonwalk”, que emprestou das coreografias de Michael Jackson. Essa ousadia e estilo único encantaram os jurados e o público. Sua habilidade de aliar técnica com uma postura cênica impecável o consolidou como um dos maiores representantes da dança do mestre-sala, elevando o patamar da dança carnavalesca e influenciando gerações futuras de mestres-salas.

Chiquinho iniciou sua trajetória no carnaval bailando na União da Ilha em 1981, no ano seguinte já iniciou a parceria histórica com a mãe Maria Helena na Imperatriz. Eles venceram juntos os carnavais de 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. A dupla deixou a escola após o desfile de 2005. Chiquinho ainda dançou pela Alegria da Zona Sul em 2006 e 2007.

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Foto: Reprodução/Arquivo Liesa

O mestre-sala continuou a contribuir para o carnaval mesmo após deixar a dança. Ele passou a atuar como professor e mentor para jovens talentos, compartilhando seu vasto conhecimento e ajudando a manter viva a tradição da dança de mestre-sala e porta-bandeira. Em seus últimos anos, também desfilava como destaque em carros alegóricos, sempre preservando o charme e a elegância que o tornaram uma figura icônica.

Nota pesar da Imperatriz

“O G.R.E.S Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de toda sua diretoria e segmentos, lamenta profundamente o falecimento de José Francisco de Oliveira Neto, conhecido pelo grande público e mídia como Chiquinho, nosso eterno e respeitado mestre-sala.

Ao lado de sua mãe, a inesquecível porta-bandeira Maria Helena, Chiquinho fez história na Marquês de Sapucaí, e em seis dos nove títulos de nossa agremiação, defendeu o pavilhão da Rainha de Ramos com maestria, elegância e imponência, sendo inspiração para tantas gerações de mestres-salas do Carnaval.

Na verde, branco e dourado da Zona da Leopoldina, sua maior paixão, Chiquinho atualmente ocupava o posto de “jóia da coroa”, maior honraria destinada aos baluartes da agremiação. E isso muito nos orgulha.

Chiquinho nunca será esquecido, e o mesmo merece todas as homenagens e reverências por sua colaboração à maior manifestação cultural do nosso país.

Fica registrada aqui a nossa gratidão e os sentimentos aos familiares, amigos e fãs.

Descanse em paz”.