A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a semifinal de samba-enredo da Grande Rio para o Carnaval 2025. Foram seis obras e nesta quarta-feira, às 19h, vão ser anunciados os sambas finalistas. A decisão é no sábado. * OUÇA OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Marcio André: O primeiro samba da noite foi assinado pelos compositores Marcio André, Denilson Sodré, Dinho Artigrili, Marco Moreno e Lico Monteiro. Wantuir foi o responsável por comandar o palco. A parceria optou por colocar força no palco e isso era notório na apresentação. O refrão de meio foi o grande destaque da apresentação “Ela é Jurema! A mãe da cura!/Quando a flecha acerta o alvo/Incorpora a criatura”. Na melodia da obra, vale destacar novamente “Pelo Banzeiro no barco do meu grão Pará/O verso flutua”. Embora, a equipe de cantores tenha feito um ótimo trabalho de palco, o samba não contagiou os segmentos da escola.

Parceria da “Bole Bole” (veio da seletiva paraense): O segundo samba da noite foi assinado pelos compositores Vetinho, Felipe Silva e Danilo Vetinho. A torcida marcou presença e fez até ritual. O intérprete Bruno Costa cantou demais e foi uma das principais atrações da apresentação da parceria. O refrão principal foi um dos destaques “Onirê, chama Averê, ê donindá/ Onirê, chama Averê, ê donindá/As turcas soberanas na trincheira/ Vem na lua cheia, carimbolear. A variação melódica que chamou atenção foi “Eu sou a Jurema, de cocar de pena e mara”. Logo depois vem uma parte que foi fundamental para a boa apresentação “Ela é arara do ararauê, ela é arara do arareuá/Dona Mariana é a cantadeira/Da conta vermelha ela é da linha do mar”. Apresentação valente e vibrante da parceria.

Parceria de Dere: O terceiro samba da noite foi assinado pelos compositores Dere, Licinho Santos, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro e Eduardo Queiroz. Poucos torcedores foram acompanhar a apresentação da parceria. Tem-Tem Jr obteve êxito na condução do palco. O ponto alto da obra é a melodia, com algumas variações melódicas como por exemplo “Ê curimbó, é batuque na encantaria”. A chamada para o refrão principal, talvez, seja a parte de maior explosão “Ererê erê areá/ Olha que jambu na cuia faz tremer o grão- Pará!”. Novamente, a ressalva fica por conta da cabeça do samba que fica aquém, comparando com o restante da obra. O refrão principal tem como principal destaque o final “Sou Grande Rio pororocas parawaras”.

Parceria de Elias Biilico: O quarto samba da noite de eliminatória, foi assinado pelos poetas Elias Bililico, Xande de Pilares, Manfredini Henrique, Edinho Games e Sergio Daniel. A torcida marcou presença e mostrou o samba na ponta da língua. Vitor Cunha, Nino do Milênio e Thiago Britto foram bem demais na condução do samba. Aliás, o Vitor Cunha tem cantado bastante nas eliminatórias. Foi uma apresentação forte da parceria, já começando pela cabeça do samba “Mistério… meu canto baila no ar/ O oriente ao luar e poesia/ Revela a saga das princesas/ Mariana, Herondina e Jarina”. Outra parte de destaque foi o falso refrão “È marajó… jureme… jurema/ Tem gente que vira bicho, magia do rio mar/ Ê marajó… jureme. Jurema/ Fundamento de caboclo, pena e maraca”. Outra parte que teve um ótimo rendimento foi o ótimo falso refrão de cabeça”. O refrão de meio “Chama averequete também chamou atenção quando ao rendimento positivo. A melodia é redonda e a letra é bem condizente com a proposta do enredo. Bela apresentação da parceria.

Parceria da ‘Deixa Falar’ (veio da seletiva paraense): O penúltimo samba da noite foi assinado pelos compositores Mestre Damasceno, Ailson Picanço, Davison Jaime, Tay Coelho e Marcelo Moraes. A torcida foi um show a parte e cantou a pleno pulmões durante toda a apresentação. Foi possivel notar adeptos cariocas na torcida. O intérprete Fábio Moreno deu um show na condução do samba. O palco estava forte e ainda contou com Charles Silva e Dodo Ananias. A apresentação começou de forma arrebatadora, arrepiando muita gente que estava assistindo. O refrão principal teve um rendimento excelente “É força de caboclo, vodum e orixá!/ Meu povo faz a curva como faz na gira!/Chama Jarina, Herondina e Mariana/ Grande Rio firma o samba no tambor de mina”. A melodia excelente chama atenção em toda a obra, tanto na primeira parte quando na segunda parte do samba. O refrão de meio também teve um rendimento gigante “Se a Boiúna se agita… É banzeiro! Banzeiro!/ Quatro contas, um cocar!/Salve a arara cantadeira!/Borboleta a espreita/E a Onça do Grão-Pará”. A cabeça do samba é caprichada tanto em letra quando em melodia “A mina é cocoriô!/Feitiçaria Parauara/A mesma lua da Turquia/Na travessia foi encantada”. A variação melódica “E foi assim…/Suas espadas tem as ervas da Jurema” chama bastante atenção. Uma parte que oferece um balanço gostoso “Na curimba de babaçuê/Tem falange de ajuremados”. Foi uma apresentação de “gala” da “Deixa Falar”, sendo a melhor da noite. Foi possível notar os camarotes “pulsando” junto com o palco.

Parceria de Diogo Nogueira: O último samba da noite foi assinado pelos compositores Diogo Nogueira, Myngau, Inácio Rios, Federal e Igor Leal. A torcida como de costume fez uma linda festa, com bastante curimbó. Igor Vianna cantou demais e conduziu com maestria o palco. A parceria se apresentou de forma segura e potente. O refrão de meio obteve um ótimo resultado na quadra, sendo um dos destaques durante a apresentação. Uma parte que chama atenção quanto a melodia da obra é no final da segunda já preparando para o refrão de cabeça “Chamengando está me chamando/O povo mandou me chamar/Pororocas parawaras, é de parailá/É parailô….. é de parailá”. O refrão principal foi outra parte que passou bem na quadra. A parceria se apresentou bem mais uma vez na disputa da Grande Rio.