A noite de domingo em Oswaldo Cruz foi de “Eliminatórias” e a equipe do CARNAVALESCO esteve presente. Esta foi a primeira etapa com os sambas-enredos classificados após a etapa por chaves. Dez parcerias se apresentaram, oito se mantiveram na competição. Tião Sapê e Mauro Diniz e suas parcerias de composição não se classificaram. A escola, em 2025, homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento com o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”. Confira a análise das apresentações que continuam.

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Parceria de Luiz Carlos Máximo: A primeira parceria a subir no palco foi a dos compositores Luiz Carlos Máximo, Manu da Cuíca, Buchecha, Belle Lopes, Ximeninho, Régis e Heitor César. O samba interpretado por Marquinho Art’Samba e Nêgo tem um refrão principal com potencial de contagiar o público com o verso “Tá que tá caindo flor”. A composição apostou em repetições como o verso “Voai por nós, minha águia” e “Ora ye ye, avacanoê” no segundo refrão que podem facilitar o canto. A torcida veio bastante animada, mas a quadra não acompanhou a animação.

Parceria de Valtinho Botafogo: Cantado por pelo intérprete Zé Paulo Sierra, Valtinho Botafogo, Os Gêmeos, Madalena, Rodrigo Guerra, Lico Monteiro, Orlando Ambrosio e Marcelo Lepiane foi o segundo a se apresentar. Com uma melodia boa de ouvir, o samba empolgou parte da quadra. A entrada da cabeça da música “Lá vou eu, cantar a liberdade” foi bem cantada. Além disso, um dos pontos altos são os versos “Eu, caçador de mim”, intercalado com o Lalaia de “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, que leva ao refrão principal.

Parceria de Samir Trindade: Samir Trindade, Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira fizeram a composição que primeiro se destacou esta noite. A parceria interpretada por Tinga tem seu ponto na ponte que leva ao refrão principal, que também é de grande qualidade. De “Dorme a maldade após o temporal” até “Onde Candeia é chama/ Brilha Milton Nascimento” o samba ganha força e prepara para o refrão “Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/Iyá chamou Oxalá preto rei pra sambar/Anjo negro é o Sol que a Portela cantar/Anjo negro é o Sol na minha Portela”. Esta composição de fato animou a quadra.

Parceria de Cecília Cruz: Igor Vianna defendeu o samba de Cecília Cruz, Cláudio Cruz, Luciano Fogaça, Binho Gomes, Osmar Fernandes e Julio Pagé. A parceria contou com uma torcida muito animada e com versos envolventes e de impacto. Um destaque é o refrão principal que fez o público cantar (“Em busca de um sonho a águia voou”). Outra parte para se elogiar pela força é a seguinte: “Verso mudo no cansaço/Subverte a tirania/Vem chegando a alvorada/Fim da estrada pra agonia”.

Parceria de Vinicius Ferreira: O sétimo samba-enredo a ser defendido na quadra da Portela foi o de Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Wanderley Monteiro, Jefferson Oliveira, Bira, Hélio Porto & André do Posto7, cantado por Wander Pires. A composição cresceu e empolgou a quadra se tornando um dos destaques da noite. A segunda parte da música ficou bom bonita, valendo menção ao trecho “O sol no altar da manhã/ É de Oxalufã nosso celeiro”. Além do mais, os dois refrões foram muito entoados.

Parceria de Jorge do Batuke: Jorge do Batuke, Neizinho do Cavaco, Feijão, Marcio Carvalho, Araguaci e Claudio Russo tiveram sua composição cantada por Pitty de Menezes e se mostrou o terceiro destaque deste domingo na azul e branco. O refrão principal pegou na comunidade e se apresentou bem marcante. Ainda mais convidativo ao canto é o refrão do meio com “La êh! É barro asfalto e comunhão/ La êh! A caravana popular”. As referências a obra de Milton Nascimento foram bem feitas e de forma criativa.

Parceria de Celso Lopes: O penúltimo samba enredo a se apresentar foi a parceria de Celso Lopes, Charlles André, Marcos Laureano, Roberto Fármaco, Gadinele, Serginho Pavuna e Soninha Jurado. Quem defendeu a composição foi Nino do Milênio. Apesar do refrão atraente com esse “Vai na ginga, Tabajara, toca Milton Nascimento”, o samba não empolgou tanto a quadra. Um dos pontos baixos da composição nesta exibição foi a segunda parte, que se mostrou longa e cansativa, mesmo que tenha uma sutil mudança melódica.

Parceria de Toninho Geraes: Fechando a noite, Toninho Geraes, Eli Penteado, Alexandre Fernandes, Víctor do Chapéu, Paulo César Feital, Juca e Juninho Luang tiveram seu samba entoado por Emerson Dias e Bruno Ribas. A torcida estava muito animada, mas não levantou tanto o público. Vale destacar que o refrão principal é bem bonito, com um jogo de palavras com o homenageado (“O meu samba é oratório/ Que Sebastião clareia/ Mil tons genais, e os/ Tambores gerais/ Na escola candeia”). A canção retrata bem Milton Nascimento e pode crescer nas próximas fases eliminatórias.