A equipe do CARNAVALESCO, na série “Eliminatórias”, acompanhou mais uma etapa da disputa de samba-enredo da Beija-Flor para o Carnaval 2025. A parceria de Raymundo Venâncio, Toninho Z10 e Erasmo Vasconcelos foi eliminada da disputa. Veja abaixo como passou cada parceria. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Júnior PQD: A primeira parceria da noite foi dos compositores Júnior PQD, Nando Souza, Robinho Donozo, Nathan Walace, Daniel Colete e Andrezinho da Beija-Flor. A torcida foi numerosa e ajudou a empurrar o samba. Daniel Colete teve uma boa performance no palco e foi um trunfo da parceria. O refrão de meio, embora seja bem curto, passou bem na quadra. O grande destaque da apresentação ficou por conta do refrão principal que animou a torcida “De todos os santos, de todos os sambas/De Ogum padroeiro, irmão de Xangô Eparrey Oyá!/Laíla é o canto do meu Beija-Flor”. O samba ainda pode crescer, principalmente, na primeira parte após a cabeça. Foi uma apresentação valente da parceria.

Parceria de Rodrigo Cavanha: A terceira obra da noite teve a assinatura de Rodrigo Cavanha, Mauro Naval, Gylnei Bueno, Jorge Matias, Alí Gringo e Doguinho. A torcida também marcou presença e cantou principalmente no refrão principal. Pixulé foi o responsável por conduzir o palco e tirou isso de letra, contribuindo muito com a apresentação. Destaque principal foi o refrão de cabeça por toda a interatividade que ele proporcionava entre a torcida e o palco “Rodeia, rodeia/ Não me mexe com a Beija-Flor/ Deixa a gira girar/ Vibra o tambor/Teu filho vai baixar/Laíla renasceu em orixá”. Outra parte de destaque foi o início da segunda parte do samba devido a boa melodia que ele possui “Genioso e tão divino/O dom de ouvir o tom no ar/Regente do seu destino/Maestro da orquestra popular”.

Parceria de Serginho Sumaré: A quarta obra da noite teve a assinatura dos poetas Sérginho Sumaré, Marcelo Guimarães, Rogério da Mata, Neilson Oliveira, Léo Freire e Ademir. A torcida fez a festa com bolas e bandeiras. Um fato que chamou atenção foi a presença dos compositores do samba 2 vibrando com a passagem do samba 54 que estava se apresentando, mostrando que rivalidade ficou de lado e caíram no samba juntos. Gilsinho mandou bem na condução do samba com o seu talento habitual. A cabeça do samba foi um dos destaques, pois foi bem em todas as passadas. Outro destaque foi a chamada para o refrão principal “Os olhos marejados, que saudade/Do canto forte da comunidade/Eu nunca vi igual/O rolo compressor do carnaval”. E o grande destaque ficou para o refrão principal “Ogum PataKori, já fiz o meu orô/E hoje estou aqui, a rua prateou/De todos os santos, de todos os sambas/Eternamente um Beija-Flor. Foi uma boa apresentação do samba 54.

Parceria de Diogo Rosa: O quinto samba da noite teve a assinatura dos compositores Diogo Rosa, Julio Assis, Diego Oliveira, Manolo, Julio Alves e Léo do Piso. A torcida deu um show na quadra, cantando o samba antes de começar a apresentação e quando terminou também. Tinga e Emerson Dias foram bem demais na condução do samba, trunfos importantes da parceria. Foi uma excelente apresentação, com vários momentos de destaques durante a passagem. A cabeça do samba passou muito bem “Ele bradou no alto da pedreira/Corpo menino, alma de orixá/Baixou xangô pra ver a sua cria/Sob a ventania de mamãe oyá”. O refrão do meio foi outro destaque passando com força em todas as passadas. A melodia aplicada no início da segunda parte fez com que o samba não caísse em nenhum momento. Há uma preparação muito bem trabalhada para o refrão de cabeça e foi um ponto de desequilíbrio, a partir do verso “Meu velho, da encruza até a quadra”. O rendimento do refrão principal foi excelente, levantantando a torcida e foi perceptível alguns componentes cantarolando o samba. Foi uma apresentação com muita força do samba 1.

Parceria de Xande de Pilares: O sexto samba da noite teve a autoria dos poetas Xande de Pilares, Igor Leal, Nurynho Almawi, Sormany, Cabeça Vinícius e Felipe Mussili. A torcida marcou presença de forma tímida, mas deu conta do recado. Vitor Cunha com a sua voz potente conduziu bem o samba. O rendimento da obra poderia ter sido melhor, muito por conta da melodia em algumas partes, como por exemplo, na cabeça do samba. Mas se a melodia não pega tanto, há um capricho evidente na letra. Destaque principal da apresentação foi o refrão principal “No meu coração mora um Beija-Flor/Foi essa paixão que me despertou/Voltei pra matar a saudade/É pra comunidade esse canto de amor”. Foi uma apresentação aguerrida, mas sem impacto.

Parceria de Rômulo Massacesi: Oitavo samba na noite de eliminatória, teve a autoria dos poetas Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar, Centeno, Ailson Picanço, Gladiador e Felipe Sena. A torcida também deu um show, cantando bastante. Evandro Malandro e Nino do Milênio valorizaram a bela melodia da obra. O refrão de cabeça foi um dos grandes destaques “Da casa de Ogum, Xangô me guia/Da casa de Ogum, Xango me guia/Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor/Terreiro de Laila meu griô”. No refrão principal foi visível alguns segmentos cantando. A variação melódica “Eu vou seguir sem esquecer essa jornada” é bonita demais. O samba possui soluções melódicas bem bacanas, como por exemplo, “Desce o morro de Oyó/ Benedito e catimbó/o alabá doum”. O refrão do meio também passou bem na quadra. Apresentação de qualidade do samba 5, mas pode ter mais força para as próximas apresentações.

Parceria de Sidney de Pilares: Penúltimo samba da noite teve a autoria dos poetas Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Marcelo Lepiane, Valtinho Botafogo, João Conga e Dr. André Lima. A torcida deu um show de canto e marcou grande presença. Zé Paulo foi bem na condução, interagindo bastante com a torcida. Logo na cabeça do samba fica perceptível a qualidade da obra no bis “Lá vem o filho de Xangô com Iansã/Reviver nesse terreiro/Toda luz do seu afã”. Refrão de meio possui uma melodia gostosa e também passou bem na quadra. Um dos momentos de maior destaque foi na variação melódica “Em oração meu pai/Cortejo, em revogada, Beija Flor”. E a chamada para o refrão principal também foi outro ponto de destaque “Oh mestre/Mesmo proibido olhai por nós/Não estamos sós”. Foi uma apresentação muito boa de um dos principais sambas da disputa e ainda tem margem para crescer nas próximas apresentações.

Parceria de Kirraizinho: Último samba da noite foi assinado pelos compositores Kirraizinho, Dr. Rogério, Ronaldo Nunes, Clay Ridolfi, Miguel Dibo e Ramon via 13. A torcida também compareceu em grande público e deu outro show. Charles Silva e Pitty tiveram excelente desempenho. Aliás, o palco do samba 23 foi absurdo, ainda contou com Tem-Tem Jr e Igor Vianna. A apresentação foi forte, sendo um dos grandes destaques da noite. O refrão principal passou de forma avassaladora “Obákossôkao, kabesilê/Orum ordenou, tem festa no ayê/Laíla eternamente soberano/No coração do Nilopolitano”. O pré refrão também teve um ótimo desempenho “Quando a saudade apertar/ Lembre que amor não tem fim/ Nós somos um só, você vive em mim”. O refrão do meio também foi outro ponto de destaque para a apresentação de qualidade da obra. O samba 23 fechou a noite com chave de ouro.