A equipe do CARNAVALESCO, através da série “Eliminatórias”, acompanhou a primeira etapa da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval 2025. Abaixo, você pode acompanhar como passaram as parcerias. A próxima fase é no dia 6 de setembro. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES

Parceria de Jefinho Rodrigues: O primeiro samba da noite teve a assinatura dos poetas Jefinho Rodrigues, Samir Trindade, Ribeirinho, Jonas Marques, Dr Castilho, Fábio Bueno, Domingos PS e Igor Leal. A torcida marcou presença e cantou durante toda a apresentação. Wander Pires conduziu bem demais o palco e foi um dos trunfos para que a exibição fosse ótima. O refrão principal foi o grande destaque, pois nas seis passadas ele teve um rendimento muito bom: “Egbé Iyá Nassô Padre Miguel // Congá de cangerê// O povo pediu meu boi vermelho chegou// Ninguém derruba filho de Xangô”. A palavra Xangô é usada de uma forma bem inteligente logo na cabeça do samba também. Quanto a melodia, a palavra “Xangô” tem um papel importante também na cabeça do samba. Na primeira do samba tem uma virada melódica de destaque “E chegaram a Salvador… Okê Okê”. Outra parte de destaque na apresentação foi quando dá uma acelerada na melodia da segunda parte que antecede a chamada para o refrão de cabeça: “Na casa branca terreiro de preto// Engenho velho ancestral// Meu Refúgio, meu segredo// A sombra de um bambuzal”. A obra teve um ótimo rendimento nessa noite.

Parceria de Chacal do Sax: O segundo samba da noite foi de autoria de Chacal do Sax, Júlio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Cláudio Russo. A torcida marcou grande presença e se manteve bastante animada até o fim. O Intérprete Tinga obteve o êxito habitual junto com o forte palco, sendo um dos trunfos da parceria para uma grande apresentação. O refrão de cabeça foi uma explosão na quadra “Awurê Obá Kaô! Awuré Obá Kaô! // Vila vintém é terra de macumbeiro// No meu Egbé, governado por mulher//Iyá Nassô é Rainha do Candomblé”. Na segunda do samba eles souberam explorar muito bem a linda melodia. O refrão do meio teve um rendimento excelente na quadra. A cabeça do samba também passou muito bem, já mostrando a força da obra logo de cara. Uma apresentação forte da parceria.

Parceria de Jaci Campo Grande: O terceiro samba da noite teve a autoria dos compositores Jaci Campo Grande, Laio Lopes, Rogerinho, Alex Cruz, Dr Marcelo, Elian Dias, Pablo Paixão e Aurélio Brito. A torcida compareceu de forma tímida comparada com as parcerias anteriores. Pixulé com toda a sua simpatia mandou bem na condução do samba. A cabeça do samba foi um destaque da apresentação, evidenciando a beleza na letra “Agô, matriarca gera a verve// Da retinta epiderme, a força Yorubá// Nagô resplandece na cabeça// O adê da realeza atrai a princesa Iyá”. Logo depois tem uma variação melódica que chama atenção “Sopra a fúria em Oyó, griva o barco pelo enfuno”. Os refrãos poderiam ter funcionado mais. O maior senão da apresentação foi o “buraco” que ficou antes de chegar no refrão principal, pois o palco ficava um bom tempo sem cantar antes de chegar no refrão principal.

Parceria de Marquinho Sorriso: Penúltimo samba da noite teve a assinatura dos compositores Marquinho Bombeiro, Eli Penteado, Ricardo Simpatia, Flavinho Avellar, Jorginho Almir Chega Junto, Marcelo Vai-Vai e Bruno Andrade. A torcida compareceu reduzida, mas nada que comprometesse a apresentação. O palco sentiu muito a falta de Marquinho Art samba mas souberam defender bem a obra. O refrão principal foi o maior destaque da parceria “Kaô Kabecilê Xangô! Laó Obánixé Kaô// Sou voi vermelho da Vila vintém// Bato cabeça nesse altar// Hoje o meu tambor vai ecoar”. Já o refrão de meio não funcionou bem na quadra e pode crescer na próxima apresentação. A obra tem uma letra trabalhada, mas vai precisar de mais força na próxima apresentação para ir mais além na competição.

Parceria de Thiago Vaz: O último samba da noite foi dos compositores Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrósio, Renan Diniz, Miguel Dibo e Cabeça do Ajax. A torcida deu um show, marcando grande presença e cantando bastante o samba todo. Igor Sorriso e todo o palco foram bem demais na condução do samba. A obra tem bastante riqueza poética e isso já fica evidente logo na cabeça do samba. Um momento importante do samba é parte que antecede o refrão de meio “É a semente que a fé germinou, Iyá Adetá// O fruto que o axé cultivou, Iyá Akalá// Yiá Nassô ê babá Assika// Yiá Nassô, ê babá assika”. O refrão de meio passou muito bem e se destaca pela levada que tem. Já o refrão principal conta com palavras chaves como “Legado e Família” que ajudam a causar um efeito, além de ter funcionado bastante. Foi mais uma apresentação forte, fechando a noite no Boi Vermelho.