A Beija-Flor de Nilópolis desconstruiu a fantasia histórica em seu abre-alas nesta segunda-feira, no segundo dia de desfile do Grupo Especial, ao recontar a história do Brasil com uma visão dos povos oprimidos. A escola refez o quadro ‘Independência ou morte!’, de Pedro Américo, e contou a história do país sem a fantasia de que todos são iguais.

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Os carros da Azul e Branca eram dourados, com estátuas de indígenas e negros. Um dos carros carregam os dizeres “Brava Gente” com um dragão em sua frente. Os componentes estavam fantasiados de guerreiros indígenas e africanos, portando lanças em suas mãos.

“Houve um apagamento desses heróis na história do Brasil, ate porque, a independência foi totalmente militar e a beijar-flor vem mostrando isso na avenida”, disse Renato, chefe de cozinha, orgulhoso por desfilar pela primeira vez na escola.

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A Beija-Flor trouxe em seu enredo uma crítica ao apagamento da história dos povos negros e indígenas no Brasil. A escola mostra esses povos como verdadeiros heróis no dia de 2 de julho e cantou pelo reconhecimento dessa história na avenida.

Maicon Martins desfila na escola há quinze anos e relatou que fazer parte do abre alas é mais do que desfilar, é representar a própria história. “Minha família é constituída de pretos e indígenas. São pessoas apagadas da história do país, sendo que são os heróis que não foram mostrados”.

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“Os verdadeiros heróis são indígenas e negros”, relata Isabela Clementino, enfermeira e apaixonada pela Beija-Flor desde os quinze anos. A escola deu voz aos excluídos em seu desfile desta segunda.