Segunda agremiação do Grupo Especial a desfilar na Sapucaí neste domingo, 19 de fevereiro, a Acadêmicos do Grande Rio apresentou o enredo “Zeca, O Pagode Onde É Que É? Andei Descalço, Carroça E Trem, Procurando Por Xerém, Pra Te Ver, Pra Te Abraçar, Pra Beber E Batucar”.
Homenageando Zeca Pagodinho, a escola contou sua trajetória retratando diversos aspectos que definem a essência do artista. Zeca deu início à sua carreira cantando em rodas de samba de bairros suburbanos, e segue residindo em Duque de Caxias, cidade da escola de samba, até a atualidade.
Conhecido por sua humildade e espírito boêmio, Zeca construiu uma relação de proximidade com a comunidade, que evidencia o fato de se identificar com os ideais do cantor.
Na quarta alegoria da escola, intitulada “Diz que fui por aí: retratos da vida da gente”, o sentimento citado anteriormente pôde ser sentido pelo público do Sambódromo. Enaltecendo o “Zeca way of life”, a obra expressava o dia a dia do subúrbio.
Barracas de salgados, botequins e bailes funk eram alguns dos cenários visualizados no carro. Além disso, todos os componentes representavam personagens comuns para quem visita a Baixada Fluminense, como vendedores ambulantes.
“Estou aqui vendendo brigadeiros”, contou Clara Corrêa, de 67 anos, sobre sua função na alegoria. “Esse carro ficou um verdadeiro espetáculo. É simplesmente a cara do Zeca”, complementou.
Luís Azevedo, de 50 anos, definiu a alegoria de forma sucinta: “Nada menos que genial”. Animado para ser um dos destaques do carro, Luís também deu detalhes sobre o seu personagem. “A minha fantasia é de funk, uma das manifestações culturais mais presentes no Rio de Janeiro”, comentou.