A dançarina e rainha de bateria do Paraíso do Tuiuti Mayara Lima deu início às atividades do projeto social da escola mirim Netinhos do Tuiuti para o ciclo do Carnaval 2026. A primeira aula marcou o lançamento da nova turma do projeto Educação em Ação, que oferece oficinas gratuitas de samba no pé para crianças e adolescentes de sete a 17 anos no Morro do Tuiuti.
Criada na escola mirim e hoje símbolo da comunidade, Mayara destacou o orgulho de retornar ao seu território agora como educadora: “Meu objetivo é trabalhar o samba desde cedo na vida dessas crianças, resgatar a essência do samba no pé da nossa comunidade e trazer isso para dentro da nossa quadra. Estou muito feliz em poder contribuir não só como rainha de bateria, mas também como educadora. É algo que me enche de orgulho. Poder transmitir meu conhecimento através da minha arte e da minha cultura, que é tão rica, é uma missão. Toda criança precisa fazer parte desse mundo, dessa magia que é o Carnaval”, afirmou.
Para a rainha, projetos como esse são essenciais visto que Carnaval vai muito além de uma festividade. “O samba tem o poder de mudar vidas — e eu sou prova disso. Vim da escola mirim e o Carnaval transformou a minha história. Quero que essas crianças entendam, desde cedo, que o samba pode ser um pilar de mudança para elas, assim como foi para mim”, completou.
Cumprindo mais uma etapa fundamental em sua caminhada rumo ao Carnaval de 2026, a Unidos de Vila Isabel promoveu, no palco do Teatro Liceu de Artes e Ofícios, a audição interna dos sambas concorrentes ao enredo “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África”. O momento, reservado à diretoria, segmentos e equipe de carnaval, foi marcado por muita emoção, energia positiva e profunda conexão com a proposta artística da escola para o próximo desfile. O evento reuniu 17 parcerias de compositores.
Foto: Divulgação/Vila Isabel
A audição prévia foi descrita pelos organizadores como uma “gira de sonhos, vozes, batuques e esperanças”. Em cada samba, pôde-se perceber a entrega dos autores em traduzir a força poética e simbólica da temática idealizada por Edson Pereira, carnavalesco da agremiação, que homenageia Heitor dos Prazeres e sua visão de África através da arte, da música e da fé.
A diretoria da escola agradeceu às 17 parcerias inscritas e ressaltou a importância da escuta atenta e coletiva neste momento do processo. A escolha do samba que embalará a Vila Isabel em 2026 será definida ao longo das próximas etapas da disputa, que promete ser acirrada e de alto nível.
O sonho da Vila está só começando. E, como dizem os versos que ecoam no bairro de Noel: “Macumbembê, Samborembá”… vem samba forte por aí.
Trocas de comando são sempre momentos delicados para qualquer instituição. No mundo do carnaval, é claro, não seria diferente. Após os desfiles de 2025, tal momento chegou para a Estrela do Terceiro Milênio. Eleito vereador da cidade de São Paulo nas eleições de 2024, Silvio Antonio de Azevedo, popularmente conhecido como Silvão Leite, deixou a carga para Gilberto Rodrigues, o Giba. Para conhecer um pouco mais do novo (ou melhor, do retorno) de Giba ao mais alto cargo da agremiação da Zona Sul, o CARNAVALESCO conversou com o presidente da instituição, que falou um pouco sobre diversos assuntos.
Antes de mais nada, a reportagem queria saber, com mais detalhes, como se deu o retorno de Giba à presidência da Estrela do Terceiro Milênio. Ele não se fez de rogado: “Com a eleição do Silvão para vereador da cidade de São Paulo, ele não poderia continuar como presidente de uma escola. Juntamente com o nosso presidente de honra, Milton Leite, me chamaram para uma conversa e, daquele jeito delicado, em uma conversa muito demorada, eles me disseram que só tinham eu e que a comunidade gostava de mim. Eles me pediram ajuda”, lembrou.
A resposta já é conhecida de todo o mundo do samba: “De imediato, não tive como falar não. Já estava afastado há três anos do carnaval e, para ser bem sincero, na minha cabeça não teria essa volta. Mas… um pedido do Silvão e do nosso presidente de honra eu não tive como negar. Vamos embora para mais um carnaval”, disse.
O retorno de Giba foi anunciado em plena festa de aniversário da escola de samba, no qual Silvão destacou que estava saindo do cargo porque “ não teria como estar próximo da escola do jeito que ele ” por conta da vereança.
Estilos e mudanças
Há um motivo pelo qual Giba é querido pela comunidade da Estrela do Terceiro Milênio: ele já foi presidente da agremiação – mais precisamente, no período entre 2016 e 2022. Gilberto trabalhou na agremiação no antigo Grupo 1 da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), que era o terceiro escalonamento do carnaval paulistano na época, e saiu deixando uma agremiação com o então até acesso inédito ao Grupo Especial. Foram, ainda, três títulos no currículo: além dos conquistados nos primeiros e últimos anos do mandato, outra taça em 2019, no segundo ano do terceiro pelotão da folia de São Paulo com o nome do Grupo de Acesso II.
Se, no primeiro mandato, Giba primeiro recolocar a Estrela do Terceiro Milênio nos trilhos, agora o papel é pelo topo. E, apesar de começar falando que não é necessário mudar algo, ele deixou escapar algo que quer aperfeiçoar: “Eu não vejo uma mudança no estilo como necessidade. Eu vejo um pouco mais em relação à valorização da comunidade: são eles que fazem acontecer tudo. Eu costumo sempre dizer que nós podemos ter a melhor fantasia e carros alegóricos de ouro; mas, se não tiver a comunidade, se não tiver o povo, a gente não chega em lugar nenhum”, comentou.
Giba segue: “Eu acredito que, cada vez mais, a gente tem que valorizar a comunidade. O componente é o povo que faz acontecer. Eu acho que eu preciso melhorar um pouco mais, trazer mais esse povo para mais próximo da escola. As escolas de samba estão perdendo um pouco disso. Você vê as dificuldades, hoje em dia, das escolas trazerem para dentro da sua quadra o povo. Eu acho que a gente tem que acolher mais para ser melhor. São os componentes que fazem acontecer – e, se não tiver eles… eu acho que, se eu trabalhar um pouquinho mais nisso aí, consigo melhorar um pouquinho mais esse contato”, ponderou.
Admiração
Se, ao falar da primeira gestão dele próprio, Giba destacou que pode ser melhor na segunda oportunidade que tem, ele acredita que o antecessor fez um trabalho irrepreensível: “Falar do Silvão é difícil… o Silvão é o coração dessa escola. Ele é o fundador da escola, é uma paixão enorme. É um cara que, se para dar a vida, ele dá pela escola. Tem os seus erros, como eu tenho, como nós temos os nossos erros. Mas eu não vejo nada para melhorar tirar nem tirar nem. É seguir o trabalho, apenas. A A escola chegou no Grupo Especial e se consolidou, com acertos em todos os departamentos – e sabemos o que está no caminho certo”, comentou.
Vale destacar que, assim como Giba neste momento, Silvão teve dois mandatos à frente da Estrela do Terceiro Milênio. Como dito pelo atual mandatário, ele foi um dos fundadores da agremiação e foi o escolhido para ser o primeiro presidente da instituição, em um mandato que começou em 1998 e foi até 2001.
Vida dedicada
Ao ser questionado sobre a sensação de retornar nos braços do povo grajauense, Giba fez questão de relembrar a própria história na instituição do Extremo Sul paulistano: “Cheguei perdido na escola, fui para ajudar e queria o que precisei, não sabia o que fazer Saí empurrando carro, como merendeiro, em 2009, e peguei uma paixão imensa. na presidência”, recorda com orgulho.
Ele fez questão de frisar que sentiu muita sinceridade em relação a cada cumprimento que recebeu ao voltar com o mandatário da instituição: “Em relação a essa volta, fiquei muito feliz, principalmente pelo acolhimento do povo, pela recepção a minha volta. Quando eu cheguei na quadra, quando eu fui anunciado, eu sinto aquele carinho – e verdadeiro. Cada abraço que eu ganha, cada beijo… isso me emociona e me dá mais força para batalhar por esse povo, colocar sob o braço. É rumo ao título, Desfile das Campeãs. Vamos brigar para esse povo, colocar sob o braço. isso”, finalizou.
Para voltar bem
Em 2026, a Estrela do Terceiro Milênio conduziu para a avenida o enredo “Hoje a poesia vem ao nosso encontro: Paulo César Pinheiro, uma viagem pela vida e obra do poeta das canções”, em homenagem ao compositor que está no título da apresentação, em desfile idealizado pelo carnavalesco Murilo Lobo.
O presidente destacou que, a priori, foi reticente em relação à proposta do carnavalesco, mas passou a ser um ferrenho defensor da temática: “Essa confusão é do Murilo! O Murilo gosta dessas confusões. Ele apresentou esse enredo e mais alguns para a gente. De imediato, não me chamou a atenção. Quem era ele? Busquei entender. E, no primeiro livro que eu peguei, nas três primeiras páginas que eu li, eu me encantei. Não é possível que esse cara tem mais de mil e duzentas músicas, compôs não sei com quem. A gente escuta tanta música, eu já chorei com tanta música desse cara e não sabia que era ele. Não quero nem ver o enredo em si, mas vai ser esse aqui.
Em 2026, o Império Serrano vai transformar a Sapucaí em página viva da literatura de Conceição Evaristo. Com o título “Ponciá Evaristo: flor do Mulungu”, o enredo desenvolvido pelo carnavalesco Renato Esteves é mais que uma homenagem: é um mergulho coletivo no conceito de escrevivência, criado pela escritora mineira para nomear sua escrita atravessada por raça, gênero e classe, que, agora, atravessa também o carnaval.
“Foi uma confluência de interesses”, disse Esteves em entrevista ao CARNAVALESCO. “Eu já queria muito falar da Conceição. Dona Conceição é muito especial na minha vida e agora vai ser muito especial para o Império Serrano”, afirmou.
A escolha de homenagear Conceição Evaristo, uma das vozes mais potentes da literatura brasileira contemporânea, nasce, segundo o carnavalesco, de um encontro marcado pela escuta. “No nosso primeiro encontro, ela falou quase seis horas. Ali ela deu o enredo pra gente. Todos os caminhos vieram dessa conversa”, lembrou.
Com delicadeza e reverência, Esteves conduz o desenvolvimento do desfile respeitando um pedido essencial feito pela escritora. “Ela pediu pra gente ler os livros, mas não a biografia. Disse que a biografia dela é de uma mulher preta comum, com todos os sofrimentos que isso carrega — e que a potência dela está nas obras”, revelou.
A escolha evidencia uma das premissas centrais da escrevivência de Conceição Evaristo: é a partir das experiências cotidianas, da oralidade, do corpo e da memória, que se constrói uma escrita que é, ao mesmo tempo, íntima e coletiva. É justamente essa perspectiva que guia o fio narrativo do enredo.
“O Império Serrano é uma escola fundamentada nas mulheres pretas. Já tem a sua própria escrevivência. Então a gente tá se usando desse conceito para desenvolver o desfile e, a partir desse ponto, trazer as vivências da Dona Conceição”, afirmou Esteves.
O desfile será não apenas sobre Conceição, mas com ela, e, também, com o próprio Império, sua história e sua comunidade. Durante o processo de pesquisa, o carnavalesco se viu impactado pela força e atualidade das obras da autora.
“É uma escrita que vai direto ao ponto. São histórias que ou a gente viveu, ou conhece alguém que viveu, ou ouviu alguém contar. Eu me encontrei muito na literatura dela. É literatura, mas também é memória social”, declarou o artista.
Para o Império Serrano, a homenagem vem em forma de afirmação histórica: a cultura negra, as narrativas silenciadas, o corpo feminino e periférico não apenas desfilam, mas escrevem, ou melhor, escrevivem, suas próprias existências no carnaval.
“A gente vai divulgar a cultura, vai divulgar a leitura. É um passo muito importante que o Império está dando, em defesa das bandeiras que ele já levanta desde sempre”, destacou Esteves.
Na avenida, a flor do mulungu — símbolo de resistência e ancestralidade na literatura de Conceição — deve florescer em alas, alegorias e versos. “É uma responsabilidade muito grande falar de Dona Conceição Evaristo. Mas também é um prazer imenso. Eu transformo essa responsabilidade em honra. E eu acho que tinha que ser no Império Serrano”, finalizou.
No desfile de 2026, cada passo será palavra, cada ala será parágrafo, cada batida de tambor será um grito de vida. Uma escrevivência coletiva que atravessa tempos, corpos e saberes — e que fará da Sapucaí um grande livro aberto à luta e à poesia.
O Cordão da Bola Preta, um dos blocos mais tradicionais do Carnaval carioca, agora é oficialmente patrimônio histórico, cultural e imaterial do Estado do Rio. A lei 10.902, de autoria do deputado estadual Vitor Junior (PDT), que reconhece a importância histórica e cultural do bloco, foi sancionada pelo Governo do Estado e publicada no Diário Oficial.
Foto: Divulgação Gov RJ
“Declarar o Cordão da Bola Preta como patrimônio imaterial é preservar nossa memória, valorizar nossas tradições e garantir que essa manifestação cultural siga encantando gerações. Por sua importância histórica, cultural e para a memória do Carnaval, nada mais justo que homenagearmos essa manifestação, que é referência em nosso estado, perpetuando seu legado de luta e resistência que atravessou gerações”, afirma o deputado.
O Cordão da Bola Preta, que hoje arrasta milhares de foliões no Carnaval pelas ruas do Centro do Rio e, em 2025 completa 107 anos, é o mais antigo bloco do Rio de Janeiro e último representante remanescente dos antigos cordões carnavalescos que existiam na cidade, no início do século XX.
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, o CAMP Mangueira realiza uma programação especial voltada aos jovens atendidos pela instituição. Em parceria com a gestora cultural Evelyn Bastos, a iniciativa propõe uma roda de conversa para refletir sobre as vivências, os desafios e as conquistas das mulheres negras, fortalecendo o diálogo sobre identidade, cultura e representatividade.
A programação será concentrada em um único dia — 25 de julho, sexta-feira — e será dividida em dois turnos. Pela manhã, a convidada é Maru2D, cantora e compositora da produtora Nadamal, de Felipe Ret. Mulher preta na cena do rap feminino, Maru compartilhará sua trajetória artística e pessoal, incluindo as experiências como mãe e recém-formada em odontologia.
No turno da tarde, Evelyn Bastos — rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira, diretora cultural da Liesa, conselheira do CAMP Mangueira e presidente da Mangueira do Amanhã — mediará um bate-papo com três mulheres negras de destaque em suas áreas de atuação. São elas: Carolina Morais, historiadora e cofundadora da The African Pride; Thays Braga, médica ginecologista e obstetra; e Bárbara Rachel, professora, ativista e pesquisadora. Thays e Bárbara, inclusive, são nascidas e criadas na comunidade da Mangueira, fortalecendo ainda mais a conexão entre o território e as histórias compartilhadas.
Durante o encontro, as convidadas vão abordar temas como resistência, protagonismo e empoderamento feminino negro, a partir de suas trajetórias e vivências. Para Alessandra Almeida, coordenadora pedagógica do CAMP Mangueira, o evento tem um papel essencial na formação dos jovens.
“Mais do que uma comemoração, este momento é um espaço de escuta, acolhimento e fortalecimento das nossas juventudes, especialmente das meninas negras que se veem refletidas em histórias como as da Evelyn e da Maru”, ressalta.
A programação ainda contará com uma homenagem à artista Preta Gil, com a leitura de um texto de tributo e um minuto de silêncio em reconhecimento ao seu legado de luta, arte e representatividade.
O evento, exclusivo para os jovens da instituição, será realizado na sede do CAMP Mangueira, reafirmando o compromisso da entidade com a formação cidadã e o combate ao racismo estrutural.
Em decisão tomada na plenária desta quarta-feira, na Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), os presidentes ds 12 escolas de samba do Grupo Especial aprovaram uma mudança importante no sistema de julgamento para o Carnaval 2026. A partir do próximo ano, todas as notas atribuídas pelos jurados, inclusive, as ‘tradicionais’ 10, que deverão ser justificadas. A medida busca aumentar a transparência e a responsabilidade no processo de avaliação dos desfiles do Grupo Especial.
Antes da mudança, apenas as notas inferiores a 10 exigiam justificativa escrita por parte dos julgadores. Com o novo regulamento, cada conceito atribuído, mesmo o mais alto, terá que vir acompanhado de uma explicação técnica.
Outra mudança importante diz respeito à composição do corpo de jurados. Em 2026, serão seis avaliadores por quesito, totalizando 54 jurados no total. Posteriormente, em data que ainda será definida, haverá um sorteio para oficializar aqueles 36 que terão as notas abertas na apuração. Dessa maneira, seguirá havendo o descarte da menor nota, com 27 sendo válidas para o somatório final, como aconteceu em 2025. O objetivo é tornar o julgamento mais técnico e equilibrado, diminuindo o impacto de avaliações isoladas que destoem do conjunto. Vale ressaltar que as notas seguem sendo fechadas ao final de cada dia de desfile competitivo, conforme decisão das agremiações.
O Rio Carnaval 2026 acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro, com as seis melhores colocadas voltando para o Sábado das Campeãs, no dia 21 do mesmo mês.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro anunciou nesta quarta-feira um aprimoramento no modelo de julgamento do Rio Carnaval 2026. As principais novidades ficam por conta da alteração no posicionamento de duas cabines, que agora ficarão espelhadas, além da seleção de 54 jurados. A espelhada ficará nos setores 6 e 7 da Sapucaí. As outras cabines vão seguir nos setores 3 e 10. As mudanças foram oficializadas em votação que contou com a presença de presidentes e representantes das 12 escolas de samba.
A alteração no posicionamento das cabines de avaliação ocorre para deixar os desfiles ainda mais fluidos, com as agremiações passando a parar três vezes para apresentar os quesitos, em vez das quatro paradas realizadas anteriormente. Dessa forma, duas das cabines ficarão agora uma em frente à outra (uma no setor par e outra no ímpar). Essa decisão foi embasada em consulta realizada com os profissionais das escolas, durante seminário realizado em maio.
Já o aumento no número de julgadores visa trazer ainda mais transparência à competição. Serão selecionados agora 54 jurados, ou seja, seis por quesito. Posteriormente, em data que ainda será definida, haverá um sorteio para oficializar aqueles 36 que terão as notas abertas na apuração. Dessa maneira, seguirá havendo o descarte da menor nota, com 27 sendo válidas para o somatório final, como aconteceu em 2025.
Vale ressaltar que as notas seguem sendo fechadas ao final de cada dia de desfile competitivo, conforme decisão das agremiações.
O Rio Carnaval 2026 acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro, com as seis melhores colocadas voltando para o Sábado das Campeãs, no dia 21 do mesmo mês.
Para o Carnaval de 2026, a Portela reforça sua representatividade: a cantora Marvvila é a nova musa da Azul e Branco de Oswaldo Cruz e Madureira. Natural de Bento Ribeiro, bairro que integra parte da comunidade portelense, Marvvila é um nome em destaque na música brasileira e passa a integrar oficialmente o quadro de musas da escola.
Dona de uma voz marcante e de sucessos como “A Pagodeira”, “A Cada Beijo” e “Vendaval”, Marvvila possui uma relação de longa data com a escola. Em 2017, ano do último título da Portela, subiu pela primeira vez ao palco da agremiação como cantora, durante a tradicional Feijoada da Família Portelense, ao lado da Velha Guarda Show, ocasião em que interpretou a música “Cantar”, de Teresa Cristina.
Animado com a chegada de uma portelense ao cargo de musa, o presidente Junior Escafura reforça a importância de ter uma cantora como Marvvila representando a escola.
“A Portela é uma escola de compositores, cantores e sambistas. Uma de nossas tradições mais fortes é a Velha Guarda Show, que leva o nome da escola pelo mundo. Por isso, ter uma artista como a Marvvila, da nossa comunidade, sendo musa da escola é valorizar nossa história, fortalecendo a identidade e reafirmando nosso compromisso com todos os portelenses”, declara o presidente Junior Escafura.
A apresentação oficial de Marvvila como musa da escola acontecerá no dia 21 de setembro, durante a semifinal do concurso de samba-enredo, que será realizada na quadra da Portela, localizada na Rua Clara Nunes, 81, Madureira.
A Em Cima da Hora anunciou nesta quarta-feira, a alteração do enredo que levaria para a Marquês de Sapucaí no Carnaval de 2026. A decisão foi comunicada por meio de nota oficial publicada nos canais da agremiação. A escola apresentaria no ano que vem o enredo “Socoa-y-Rema – Onde o altar encontra o mar”, assinado pelo carnavalesco Rodrigo Castro de Almeida.
Foto: Divulgação/Anaiara Gois
De acordo com o posicionamento, a mudança foi tomada após uma “criteriosa análise interna” e, como consequência direta, a disputa de samba-enredo está temporariamente cancelada. A escola ainda não revelou detalhes sobre o novo tema, tampouco o cronograma atualizado da competição entre os compositores.
A diretoria destacou que novas informações serão divulgadas em breve. A Em Cima da Hora, tradicional escola de samba de Cavalcanti, desfila na Série Ouro.
Confira a íntegra do comunicado
“O Grêmio Recreativo Escola de Samba Em Cima da Hora vem, por meio deste, informar que, após criteriosa análise interna, optamos pela troca do enredo para o Carnaval de 2026.
Diante dessa decisão, as disputas de samba estão temporariamente canceladas.
Contamos com a compreensão de todos os compositores, segmentos e apaixonados pela nossa escola.
Informações sobre o novo enredo e o novo calendário de disputa serão divulgadas em breve por nossos canais oficiais.
Seguimos firmes no compromisso de levar à Avenida um carnaval digno da nossa história e da nossa comunidade.
Atenciosamente,
Diretoria do GRES Em Cima da Hora.”