Por Juliana Cardoso
A Unidos do Porto da Pedra retratou em suas alas e alegorias toda a trajetória do ator Antônio Pitanga, que atuou em mais de 50 longas e mais de 30 novelas. Além da carreira do baiano, a escola também falou das amizades e amores que o artista cultivou durante sua vida. Entre as alas, havia uma sobre a Mangueira, escola de coração do Antônio. As baianas ainda representaram Maria Escolástica, mãe de santo, conselheira e amiga de Pitanga.
A ala “O Rio do Mestre Cartola e da Mangueira” teve sua fantasia inspirada no traje da comissão de frente da verde e rosa de 1977, quando o grandioso Mestre Cartola apresentou a agremiação a Antônio. Desde este dia, a Mangueira se tornou um dos maiores amores do ator.
Os integrantes 18ª ala vestiam uma fiel representação da roupa usada por Cartola: um terno rosa com gravata borboleta verde. Os óculos escuros que sempre eram utilizados pelo mestre também foram reproduzidos. Os desfilantes estavam animados por encenar uma parte da história da agremiação do Grupo Especial na Avenida.
“A Mangueira é uma escola tradicional e que possui um belo histórico no samba carioca. Gosto muito desta agremiação e estou muito feliz em poder fazer parte disso. O Antônio é um homem muito importante no cenário artístico, pois ele carrega a representatividade do negro nesse meio. Ele representa nosso país”, afirmou Marcela Ferreira, componente da escola.
Já as baianas, caracterizadas como “Mãe Menininha do Gantois”, vestiram fantasia totalmente branca, com pequenos detalhes prateados. Nos ombros, elas carregaram um cinturão de flores e búzios, elementos que também foram colocados na cabeça da fantasia.
Para a baiana Inajara de Assis é uma honra, como negra e espírita, representar a mãe de um terreiro na Porto da Pedra. Ela, que está há 10 anos na escola, diz que já foi funcionária da agremiação, ritmista e diretora de ala.
A vermelha e branca foi a quarta a escola a desfilar na Marquês de Sapucaí.